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PAPA JOÃO PAULO II

ANGELUS

Domingo, 23 de Agosto de 1981

 

1. "Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Que insondáveis são os Seus juízos e impenetráveis os Seus caminhos! Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi o Seu conselheiro? Ou quem Lhe deu primeiro a Ele, para receber, por sua vez, retribuição? Porque da parte d'Ele, por meio d'Ele e para Ele são todas as coisas. Glória a Ele pelos séculos".

Este hino ressoou ininterruptamente no Coração de Maria durante o tempo da sua vida terrena e perdura de modo incomparável na eternidade que A acolheu mediante mistério da Assunção.

2. No abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus, nos seus insondáveis juízos, fundamenta-se o facto de que Aquela que não só é chamada mas realmente foi "a serva do Senhor", tanto no momento da Anunciação por nós meditada ao recitarmos o Angelus como também no momento da elevação à glória, obtem parte singularíssima no seu Reino. Desta elevação de Maria fala-nos a recente solenidade da Assunção, como também a liturgia de ontem da sua "coroação" na glória: memória da Bem-aventurada Virgem Rainha.

Não se verificou precisamente n'Ela — e sobretudo n'Ela — a verdade segundo a qual "servir" a Deus quer dizer "reinar"?

3. Um tal "reinar" é-nos ensinado por Cristo como programa da vida cristã. A este propósito encontramos esplêndido ensinamento nos documentos do Concílio Vaticano II, em particular na Constituição sobre a Igreja. Ao fixar, portanto, o olhar no mistério da Assunção de Maria e da sua "coroação na glória", aprendemos quotidianamente a servir. Servir a Deus nos nossos irmãos. Exprimir na atitude de serviço a "realeza" da nossa vocação cristã em todos os estados ou profissões, em cada lugar e em cada tempo. Traduzir na realidade da vida diária, mediante esta atitude, o pedido "Venha o vosso reino", que todos os dias elevamos ao Pai na oração do Senhor.

4. Que a nossa prece a Maria seja de novo um brado à Rainha da Paz! Todas as vezes que, como infelizmente acontece também de modo especial nestes dias, aparecem no horizonte da vida da humanidade sinais anunciadores de algum modo da ameaça da guerra nos quais vive cada um dos Países ou Nações, surja tanto mais ardente nos corações de todos os homens de boa vontade o desejo da paz, um desejo capaz de superar a ameaça da guerra e da destruição! E precisamente este desejo se manifesta na oração à Rainha da Paz.


Saudação em língua portuguesa

Para os queridos peregrinos de língua portuguesa vai também a minha saudação cordial, com votos de todo o bem. E abençoo-vos, pedindo a Deus que vos dê as suas graças.

 

© Copyright 1981 - Libreria Editrice Vaticana

 



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