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horizontes espirituais, torna-nos mais sensÃveis
para reconhecer a acção do EspÃrito, faz-nos sair
dos nossos esquemas espirituais limitados. Ao
mesmo tempo, um missionário plenamente de-
votado ao seu trabalho experimenta o prazer de
ser um manancial que transborda e refresca os
outros. Só pode ser missionário quem se sente
bem, procurando o bem do próximo, desejando a
felicidade dos outros. Esta abertura do coração é
fonte de felicidade, porque «a felicidade está mais
em dar do que em receber» (
Act
20, 35). Não se
vive melhor fugindo dos outros, escondendo-se,
negando-se a partilhar, resistindo a dar, fechan-
do-se na comodidade. Isto não é senão um lento
suicÃdio.
273.âA missão no coração do povo não é uma
parte da minha vida, ou um ornamento que
posso pôr de lado; não é um apêndice ou um
momento entre tantos outros da minha vida. Ã
algo que não posso arrancar do meu ser, se não
me quero destruir. Eu
sou uma missão
nesta terra,
e para isso estou neste mundo. Ã preciso con-
siderarmo-nos como que marcados a fogo por
esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, le-
vantar, curar, libertar. Nisto uma pessoa se re-
vela enfermeira no espÃrito, professor no espÃ-
rito, polÃtico no espÃrito..., ou seja, pessoas que
decidiram, no mais Ãntimo de si mesmas, estar
com os outros e ser para os outros. Mas, se uma
pessoa coloca a tarefa dum lado e a vida privada
do outro, tudo se torna cinzento e viverá con-
tinuamente à procura de reconhecimentos ou