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DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
AO SENHOR PROF. GIOVANNI GALASSI
NOVO ENVIADO EXTRAORDINÁRIO E MINISTRO
PLENIPOTENCIÁRIO DE SÃO MARINHO
JUNTO DA SANTA SÉ POR OCASIÃO
A APRESENTAÇÃO DAS CARTAS CREDENCIAIS

Quinta-feira, 27 de Março de 1980

 

Senhor Ministro Plenipotenciário

As nobres expressões, com que Vossa Excelência quis acompanhar a apresentação das Credenciais que O acreditam como Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República de São Marinho junto da Santa Sé, confirmaram-me a profunda simpatia e sincero respeito, que os meus Predecessores sempre demonstraram para com a pequena e gloriosa Comunidade do Monte Titano.

O meu pensamento dirige-se neste momento para os ilustres Capitães-Regentes, que Vossa Excelência representa, e também para cada um dos habitantes da República de São Marinho, a fim de expressar o meu sentido apreço pela intrépida fidelidade, por eles manifestada através dos séculos, a valores fundamentais do convívio civil, tais como o desejo sincero e tenaz da liberdade e da justiça, vividas e defendidas não como bens a possuir egoisticamente, mas, ao contrário, a partilhar numa atitude interior de abertura, de disponibilidade e de respeito para com os outros.

Não posso, portanto, deixar de exprimir a minha cordial estima por todos os Sanmarinhenses nos quais — como disse o meu Predecessor Paulo VI (3 de Julho de 1963) — "a nobre herança de um passado livre e generoso, a índole aberta e honesta, a célebre hospitalidade feita de gentileza e distinção — e sobretudo a fidelidade aos grandes ideais de rectidão, de liberdade e de paz — acrescentam notáveis méritos à pureza da antiga fé católica, recebida do santo fundador da cidade torreada".

Faço pois votos por que a República de São Marinho, às suas belezas naturais e artísticas saiba sempre unir aqueles dotes de laboriosidade e sabedoria, como também de cordial e generosa hospitalidade, de que deu magnífica demonstração durante os tempos tristes e sombrios do segundo conflito mundial oferecendo seguro asilo e desinteressada protecção a tantos refugiados políticos; por que deseje igualmente permanecer sempre ligada às nobres e seculares tradições, que mergulham as raízes da sua fecunda vitalidade espiritual histórica, cultural e politica, na fé cristã, cuja profissão aberta e serena foi e é ainda hoje motivo de legítimo orgulho de quem se regozija em considerar como iniciador e fundador da própria comunidade política um Santo.

E que seja ainda ele, São Marinho, a indicar aos seus filhos o caminho seguro a percorrer nestes tempos difíceis e perigosos: o caminho da honestidade, do respeito pelos valores do espírito e do amor, a fim de que todo o povo da República viva em perfeita serenidade, em fraterna concórdia, continuando a ser para os outros povos um exemplo digno de admiração.

Desejo de coração à República de São Marinho um futuro de prosperidade e paz e, sobretudo, um crescimento dos elementos constitutivos da sua fé e da sua tradição católica, em benefício da sua própria vida civil.

Com estes votos, é-me grato invocar sobre a sua pessoa, Senhor Ministro, e sobre a sua delicada Missão, a abundância das graças divinas e concedo-lhe a implorada Bênção Apostólica, que faço extensiva também a todo o povo de São Marinho e às Autoridades que Vossa Excelência aqui representa.

 

© Copyright 1980 - Libreria Editrice Vaticana

 



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