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VIAGEM APOSTÓLICA DO SANTO PADRE
À REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA
[15-18 DE NOVEMBRO DE 1980]

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
NA CHEGADA A ROMA

Aeroporto de Fiumicino, Roma
Quarta-feira, 19 de Novembro de 1980

 

Senhor Ministro,
Senhores Cardeais,
Senhores Embaixadores,
Caríssimos Irmãos

1. Retornando a Roma, minha sede episcopal, depois das vivas emoções de uma breve, porém, intensa viagem, rica de encontros e de colóquios, exprimo, antes de tudo, a minha gratidão ao Senhor que me concedeu visitar os queridos irmãos da Alemanha, conversar pessoalmente com eles e com as mais altas Autoridades daquele nobre País.

Deste modo, pude avizinhar-me da alma religiosa e do coração generoso daquele povo, já por mim conhecido, admirando as suas antigas tradições de fé, o seu testemunho de solidariedade humana, a sua vontade de dar sempre mais um genuíno testemunho cristão, e apreciando os seus profundos valores éticos, fundamentais para um autêntico progresso civil.

Foi motivo de grande alegria, poder acolher o convite dos Bispos e das supremas Autoridades da República Federal da Alemanha, para um encontro tão significativo, realizado por ocasião das comemorações do sétimo centenário da morte de Santo Alberto Magno, em cuja honra presidi, em Colónia, onde está sepultado, uma solene Liturgia.

2. Entre os momentos mais significativos, gostaria de recordar o encontro com o mundo da ciência, da cultura e da vida universitária, realizado sob o património e na perspectiva dos ensinamentos do Doctor universalis, Alberto Magno, personalidade excepcional de estudioso, de mestre, de pastor e de pacificador, defensor convicto da distinção entre as ciências humanas, atingíveis com a pura luz da razão, e a teologia, ciência da revelação divina.

Memorável também, sob o aspecto ecuménico, o encontro, em Mogúncia, com os representantes das outras Confissões cristãs. Este inseriu-se no quadro das comemorações do 450° aniversário da Confessio augustana, que constitui, também hoje, um apelo aos cristãos de boa vontade a percorrer com consciência clara a via de busca da verdade e o caminho da união. Gratificante foi também o encontro com a Comunidade hebraica.

Além disso, foram também alegres as horas passadas com os imigrados de várias nações, entre os quais se distinguia um denso grupo de italianos, que cooperam, com a sua presença e com o seu trabalho inteligente, dentro do quadro de uma nova e crescente mentalidade europeia, com o progresso daquele País.

Elementos qualificantes desta peregrinação pastoral foram os encontros, em Fulda, com os seminaristas, o clero, a Conferência Episcopal e as organizações de leigos empenhados no serviço à Igreja e no apostolado. Estes encontros realizaram-se ao lado do túmulo de São Bonifácio, apóstolo e organizador da Igreja entre os povos germânicos, estreitamente ligam dos por meio dele à Sé Apostólica. O seu sepulcro é considerado centro religioso da Alemanha católica; ao seu lado e em reconhecimento dos valores originais e da perenidade da obra daquele grande Bispo e Mártir, reúne-se todo o ano a Conferência Episcopal.

Tenho presente também as grandes multidões, ora exultantes, ora silenciosas e orantes, seja das cidades já nomeadas, seja de Bonn, Osnabrück, Altötting e Munique, que quiseram manifestar devoção ao Sucessor de Pedro, reafirmando a sua comunhão com a Sé Apostólica. De modo especial, permanecem no meu coração todos os doentes que encontrei ao longo do meu itinerário.

3. Concluindo esta viagem, gostaria de dirigir, mais uma vez, uma saudação reconhecida e de bons votos ao povo alemão, com um férvido agradecimento ao Episcopado e às Autoridades civis pelo amável convite e pela sensibilidade com que sustentaram o meu propósito pastoral e seguiram a minha peregrinação.

E agora, dirijo-lhe, Senhor Ministro, o meu sincero e grato apreço, pelas nobres e cordiais palavras com as quais saudou o meu retorno, em nome do Presidente da República e do Governo italiano. A cada um dos presentes exprimo um pensamento respeitoso e reconhecido: aos Senhores Cardeais; às ilustres Personalidades do Estado italiano; ao representante do Presidente da Câmara Municipal de Roma; aos distintos membros do Corpo Diplomático e a quantos me acolheram com saudações de boas-vindas; aos Dirigentes das sociedades aéreas, Lufthansa e Alitalia, aos pilotos, à tripulação, a todos os que se esforçaram pelo sucesso desta viagem.

Elevo,,ainda uma vez, o meu ânimo grato ao Senhor, pela realização deste último serviço pastoral, que, espero, concorra para a paz e para a solidariedade fraterna entre os povos da Europa, e abençoo de coração todos os que estão aqui presentes, a Cidade Eterna e a dilecta Itália.

 



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