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escreveu nas cartas encÃclicas sobre a caridade
e a esperança. Ele já tinha quase concluÃdo um
primeiro esboço desta carta encÃclica sobre a fé.
Estou-lhe profundamente agradecido e, na fra-
ternidade de Cristo, assumo o seu precioso traba-
lho, limitando-me a acrescentar ao texto qualquer
nova contribuição. De facto, o Sucessor de Pe-
dro, ontem, hoje e amanhã, sempre está chamado
a « confirmar os irmãos » no tesouro incomensu-
rável da fé que Deus dá a cada homem como luz
para o seu caminho.
Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural
por Ele infundida, reconhecemos que um gran-
de Amor nos foi oferecido, que uma Palavra
estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Pala-
vra que é Jesus Cristo â Palavra encarnada âÂÂ,
o EspÃrito Santo transforma-nos, ilumina o ca-
minho do futuro e faz crescer em nós as asas da
esperança para o percorrermos com alegria. Fé,
esperança e caridade constituem, numa interliga-
ção admirável, o dinamismo da vida cristã rumo
à plena comunhão com Deus. Mas, como é este
caminho que a fé desvenda diante de nós? Don-
de provém a sua luz, tão poderosa que permite
iluminar o caminho duma vida bem sucedida e
fecunda, cheia de fruto?