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 MARIA DO TRÂNSITO DE JESUS SACRAMENTADO

 

(1821-1885)

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Nasceu no dia 15 de Agosto de 1821, na localidade de Santa Leocádia, hoje Carlos Paz, Córdova (Argentina). De família abastada e numerosa (os seus pais tiveram 11 filhos), distinguiu-se desde a mais tenra infância pela sua profunda e inata religiosidade cristã. Baptizada a 10 de Janeiro de 1822, recebeu o nome de Maria do Trânsito Eugénia das Dores Cabanillas, e o sacramento da Confirmação a 4 de Abril de 1836.

Após a primeira educação familiar, Maria dedicou-se ao estudo e, ao mesmo tempo, ao cuidado do seu irmão menor, que então se preparava para o sacerdócio no seminário de Nossa Senhora de Loreto em Córdova, para onde toda a sua família se transferiu definitivamente, quando o pai veio a falecer em 1850. Desde jovem Maria sobressaiu pela sua piedade, sobretudo em relação à Eucaristia, levando a cabo uma intensa actividade de catequista e comprometendo-se nas várias obras de misericórdia, que incluíam a visita aos doentes e a ajuda às pessoas mais pobres das redondezas.

Depois do falecimento da sua mãe, ocorrido em 1858, Maria entrou na Terceira Ordem Franciscana, intensificando a sua vida de oração e de penitência, orientada espiritualmente pelo futuro bispo de Salta, o padre fransciscano Boaventura Rizo Patrón. Contudo, ela aspirava a consagrar-se inteiramente a Deus e assim, em 1859, emitiu o voto de virgindade e começou a projectar a fundação de um instituto que se dedicasse de maneira prioritária à educação cristã da infância mais pobre e abandonada.

Depois de ter tomado conhecimento do interesse que havia nos âmbitos religiosos, em erigir um mosteiro de Carmelitas em Buenos Aires, após dois anos de grandes esforços, Maria viu a realização do seu sonho e entrou nesse mesmo mosteiro em 19 de Março de 1873; contudo, o seu compromisso ascético revelou-se superior às suas forças físicas, levando-a a abandonar a vida de clausura logo no ano seguinte. A Serva de Deus aceitou esta e outras provações com admirável resignação, abandonando-se com profunda abnegação à Providência divina. Ao mesmo tempo, voltou-lhe a ideia de uma fundação  educativa  e  assistencial  que  tivesse como tarefa prioritária o serviço da infância.

A 8 de Dezembro de 1878, tendo obtido a aprovação eclesiástica do seu projecto de fundação e das respectivas constituições, e depois de um intenso retiro espiritual, Maria e um grupo de companheiras de ministério deram vida às Irmãs Terciárias Missionárias Franciscanas da Argentina, emitindo a profissão religiosa conjunta no dia 2 de Fevereiro de 1879; no início do ano seguinte, tiveram a alegria de receber uma resposta afirmativa ao pedido de agregação do nascente instituto à mais vasta Ordem franciscana.

Maria orientava o instituto florescente com sabedoria admirável, mas as suas forças físicas definhavam cada vez mais sob os rigores da vida ascética. A 25 de Agosto de 1885 faleceu santamente, como sempre tinha vivido, deixando como herança exemplos de humildade e de caridade no serviço, sobretudo em favor da infância, dos pobres, dos enfermos, dos marginalizados e inclusivamente das suas irmãs de peregrinação espiritual.

O Papa João Paulo II declarou solenemente a heroicidade das suas virtudes numa cerimónia que teve lugar no dia 28 de Junho de 1999.

 

 



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