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 UMILE DE BISIGNANO
 (1582 - 1637)

 

 

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Nasceu em Bisignano (Itália), a 26 de Agosto de 1582. Admirável, desde a mais tenra idade, a sua extraordinária piedade:  ia todos os dias à Missa, comungava, rezava e meditava a paixão do Senhor, até durante o trabalho nos campos, tornando-se muito cedo modelo de todas as virtudes.
Aos dezoito anos sentiu a chamada de Deus para a vida religiosa, mas por vários motivos, teve que esperar nove anos para poder realizar os seus santos propósitos, levando entretanto uma vida mais austera e fervorosa.

Aos vinte e sete anos entrou no noviciado dos Frades Menores de Mesuraca, emitindo a profissão em 4 de Setembro de 1610.

Teve, desde jovem, o dom de contínuos arrebatamentos, a ponto de ser chamado "o frade extático", que, a partir de 1613, começaram a ser públicos, e foram para ele a ocasião de uma longa série de provas e humilhações, às quais os superiores o submeteram para se certificarem que elas provinham realmente de Deus e não houvesse engano diabólico. Mas estas provas, felizmente suportadas, aumentaram a sua fama de santidade junto dos irmãos e do povo.

Foi enriquecido com outros dons particulares:  a perscrutação dos corações, a profecia, os milagres e, sobretudo, a ciência infusa. Apesar de ser analfabeto, dava respostas sobre as Sagradas Escrituras e sobre qualquer outro ponto da doutrina católica que faziam admirar insignes teólogos. A este propósoto foi experimentado, por uma assembleia de sacerdotes seculares e regulares, com a proposta de dúvidas e objecções, às quais respondeu de maneira muito satisfatória. Por conseguinte, é fácil compreender a estima de que era universalmente rodeado.

Gozou da confiança dos Sumos Pontífices Gregório XV e Urbano VIII, que o chamaram a Roma e, depois de o terem feito examinar no espírito, beneficiaram das suas orações e conselhos. Permaneceu em Roma bastantes anos, sendo hóspede no Convento de São Francisco em Ripa e, durantes alguns meses, no de Santo Isidoro.

Por volta de 1628 apresentou o pedido para poder ir como missionário para os países dos infiéis, mas tendo recebido dos superiores uma resposta negativa, continuou a iluminar a Itália com a sua santidade. As virtudes com as quais mais se distinguiu são a oração, a obediência e a humildade. Podemos dizer que a sua vida foi um arrebatamento contínuo, uma oração incessante por todo "o género humano". As suas orações eram simples, mas provinham do coração, e pediam a Deus por si próprio e por toda a humanidade. Apesar de ser muito estimado por todos, ele humilhava-se continuamente perante Deus, considerando-se um grande pecador:  enquanto "todas as criaturas louvam e bendizem ao Senhor, eu sou o único que o ofende", disse a Gregório XV, pedindo-lhe um lugar onde pudesse servir o Senhor no recolhimento total.

Faleceu em Bisignano, onde viveu os últimos anos da sua vida, no dia 26 de Novembro de 1637. Os processos canónicos foram iniciados com muito atraso em 1684. Mas o Padre Dionísio de Canossa escreveu a sua vida dez anos antes da sua morte, como o próprio Beato, obrigado pela obediência, lhe contou; e também o Padre Giacomo de Bisignano, a escreveu nove anos depois da sua morte, como lhe foi contada por testemunhas oculares.

As suas virtudes foram declaradas heróicas por Pio VI a 4 de Outubro de 1780; foi beatificado por Leão XIII em 29 de Janeiro de 1882.

 

Homilia do Santo Padre

 

 

 

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