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Emília D'Oultremont D'Hooghvorst
(1818-1878)

 

EMÍLIA D’OULTREMONT D’HOOGHVORST nasceu a 11 de Outubro de 1818, em Wégimont (Lieja, Bélgica), numa família nobre e impregnada dos valores cristãos. A personalidade da jovem desenvolveu-se de forma serena e equilibrada, enriquecida com os seus extraordinários dons humanos e espirituais.

Precisamente durante uma cerimónia num palácio em Roma, ela teve uma inspiração e pronunciou estas palavras: «Mestre, só Tu na minha vida», e pensou em consagrar-se ao Senhor. Diversas foram as propostas de casamento, mas quando conheceu o conde Victor van der Linden, «um jovem de virtude sólida e de piedade excepcional» — como ela mesma dirá — Emília reconheceu que o Senhor a queria conduzir pelo caminho do matrimónio, o qual foi celebrado a 19 de Outubro de 1837. Viveu em plenitude a vida de uma jovem e feliz esposa, mãe de quatro filhos: Adriano, Edmundo, Olímpia e Margarida. A partir daí Emília encontrou nos Padres Jesuítas os guias espirituais, que a compreenderam e orientaram no seu caminho espiritual.

Não passaram dez anos de matrimónio, e o seu esposo faleceu vítima de malária. Emília viveu esta prova com fé e prosseguiu com coragem a sua missão de mãe e educadora; consagrou-se a Deus com o voto de castidade, dedicando-se ainda mais às obras de caridade. Transferiu-se para Paris, a fim de seguir a formação dos seus filhos no Colégio dos Jesuítas.

Quando, a 8 de Dezembro de 1854 o Papa Pio IX proclamava a Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Emília pediu a Maria que lhe inspirasse o que era mais agradável a Deus.

Com algumas jovens de diversas nacionalidades, iniciou no ano seguinte a vida em comum, mas a instituição oficial da nova Congregação de Maria Reparadora ocorreu a 1 de Maio de 1857, dia da vestidura da Madre Maria de Jesus (este era o seu nome religioso) e das suas companheiras, guiadas pelo espírito de Santo Inácio.

Madre Emília Maria de Jesus acompanhou com solicitude a opção dos seus dois filhos de seguirem o caminho matrimonial, e alegrou-se com a decisão das suas filhas de a seguirem na vida religiosa, na mesma Congregação por ela fundada.

O espírito inaciano foi a alma que animou todo o seu zelo apostólico, a tal ponto que tomou decisões arriscadas, como a resposta ao chamado dos Jesuítas para que constituísse uma casa na Índia, após apenas dois anos de fundação, a fim de as religiosas se dedicarem à promoção humana e espiritual das jovens, relegadas a uma situação de inferioridade devido à divisão das castas. Foi o lançamento definitivo de uma expansão por vários países da Europa.

Os últimos anos de Madre Maria de Jesus foram repletos de sofrimentos de diverso género: lutos familiares, preocupação pelos seus filhos, separações e dificuldades no seio da Congregação. Com a saúde muito debilitada, enquanto está para retornar à Bélgica, morreu na casa do filho Adriano, em Florença, no dia 22 de Fevereiro de 1878.

 

Homilia do Santo Padre

 

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