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Marco De Aviano (1631-1699)

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Nasceu em Aviano a 17 de Novembro de 1631 e foi baptizado no mesmo dia, tendo recebido o nome de Carlo Domenico.

Recebeu na sua terra natal a sua formação cultural e espiritual, depois aperfeiçoada no Colégio dos Jesuítas em Gorizia, onde teve a oportunidade de aprofundar a sua cultura clássica e científica, ao mesmo tempo que avançava na sua vida de piedade, ajudado pela Congregação Mariana, em que se tinha inscrito.

A sua vida modificou-se a partir do momento em que, no clima da guerra de Cândia entre a República de Veneza e o Império Otomano, ele se sentiu decidido a dar a sua vida em defesa da fé cristã. Mas o homem põe e Deus dispõe; e Deus dispôs que ele batesse à porta do convento capuchinho de Capodistria, onde recebeu o conselho de voltar à casa paterna.

Deus voltou a marcar presença e Marco sente que pode entrar na Ordem dos Capuchinhos; foi recebido no Noviciado em Setembro de 1648, emitindo em 21 de Novembro do ano seguinte os votos religiosos com o nome de Marco d'Aviano.

Ali viveu num forte compromisso de oração e de vida comum, na humildade e obscuridade, mas animado de zelo e observância da regra e constituições da Ordem. A partir de 1664 dedicou-se à pregação, tendo aí utilizado as suas melhores energias; ficou conhecido em toda a Itália, sobretudo pelas suas pregações de Advento e Quaresma.

Foi Superior do Convento de Belluno em 1672, para em 1674 dirigir a comunidade de Oderzo. A sua fama tornou-se ainda maior quando foi enviado a pregar no mosteiro paduano de São Prodoscimo, onde, para além da força da sua palavra, conseguiu a cura de uma senhora doente havia treze anos, depois da sua bênção. Outros acontecimentos extraordinários apareceram, mas ele não se deixou perturbar pela fama criada à sua volta. Isto valeu-lhe o ter de fazer várias viagens pela Europa, onde se relacionou com grandes personalidades do tempo, todas elas desejosas de conhecer o humilde capuchinho e de receber os seus conselhos.

Aliado aos Imperadores cristãos, chegou a tomar parte em campanhas militares, onde o seu apostolado se tornou muito conhecido. Teve acção preponderante na paz da Europa, promovendo a unidade das potências católicas para a defesa da fé cristã, sempre ameaçada pelo poder otomano.

Teve de interromper a sua actividade apostólica por motivos de saúde, tendo recebido, nessas circunstâncias, a visita da Família Imperial e a Bênção Apostólica que lhe foi enviada através do Núncio Apostólico. Morreu em 13 de Agosto de 1699, assistido pelo Imperador Leopoldo e pela Imperatriz Leonor, apertando nas mãos o crucifixo.

Todos queriam ver os seus restos mortais, pelo que o próprio Imperador mandou que o seu funeral se realizasse apenas no dia 17, no cemitério da Fraternidade, mas não longe do túmulo imperial.

Com uma mensagem de conversão e de fé que a todos dirigia, sentia sempre a necessidade de salvaguardar a identidade cristã da Europa, através do seu apostolado e da sua oração. Por isso lhe chamaram "o médico espiritual da Europa".

 

 



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