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Sára Salkaházi (1899-1944)

Professora, encadernadora, modista, jornalista eram as actividades que desempenhava Sára Schalkház, nascida no dia 11 de Maio de 1899 em Kassa-kosice, na Hungria, quando fez o pedido para entrar no Instituto das Irmãs da Assistência, uma congregação religiosa húngara que actualmente é activa também nos Estados Unidos, no Canadá, no México, em Taiwan e nas Filipinas.

As religiosas da nova Congregação (fundada em 1923 por Margit Schlachta e dedicada a causas caritativas, sociais e em favor das mulheres) estavam relutantes em acolher esta jornalista de sucesso e, inicialmente, enviaram-na para a Casa-Matriz, em Budapeste. Dezasseis anos depois, ela tornou-se a primeira mártir da Congregação. Por esta razão foi elevada às honras dos altares durante a solene Celebração que se realizou no domingo, 17 de Setembro, na Basílica de Santo Estevão em Budapeste (Hungria).

Ao entrar em contacto com as Irmãs da Assistência, Sára sentiu uma forte chamada para se unir a elas. Após uma resistência inicial, parou de fumar com grande dificuldade, e foi admitida na Congregação com a idade de 30 anos, em 1929. Escolheu como lema Isaías: "Eis-me aqui, envia-me" (6, 8).

Foi enviada para Kassa, sua cidade natal (que no fim da primeira guerra mundial tinha sido anexada à Tchecoslováquia) a fim de organizar a obra caritativa católica. Depois, criou uma publicação feminina católica, administrou uma livraria religiosa, dirigiu um hospital para os pobres e leccionou.

Os Bispos da Tchecoslováquia confiaram-lhe a organização do movimento nacional dos jovens.

Recebeu encargos sobre encargos que a extenuaram física e espiritualmente. Num ano recebeu 15 diferentes encargos, desde cozinhar até leccionar no Centro de Formação Social. Quando algumas noviças decidiram deixar a Congregação, Sára também considerou a ideia de abandoná-la, em especial porque as suas Superioras não lhe teriam permitido renovar os votos temporâneos (consideravam-na indigna) nem vestir o hábito por um ano. Embora estas decisões a tenham ferido profundamente, Sára aceitou e permaneceu fiel à sua vocação por amor Daquele que a tinha chamado. Professou os votos perpétuos em 1940.

Quando o partido nacional-socialista húngaro adquiriu poder e começou a perseguir os judeus, as Irmãs da Assistência ofereceram-lhes refúgio.

O assédio russo de Budapeste teve início no Natal de 1944. No dia 27 de Dezembro, a Ir. Sára dirigia uma meditação com as suas irmãs de hábito sobre o martírio, que para ela se tornou realidade naquele mesmo dia.

Antes do meio-dia, Ir. Sára e outra religiosa voltavam para casa a pé e viram os soldados nazistas armados diante da sua habitação. Ir. Sára podia fugir, mas decidiu que, sendo a directora, devia voltar para casa. Dez dos 150 refugiados naquela casa foram declarados suspeitos e levados para o gueto.

Naquela noite, num porto do Danúbio, foi fuzilado um grupo de pessoas, entre as quais estava a Ir. Sára. Quando foram colocados em fila, ela ajoelhou-se e fez o sinal da cruz antes de ser fuzilada.

A causa de beatificação e de canonização da Irma Sára Salkaházi foi iniciada em 1996.

 

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