The Holy See
back up
Search
riga

PONTIFICIUM OPUS A SANCTA INFANTIA

INFÂNCIA
MISSIONÁRIA

 BOLETIM N° 12

2004

 

SECRETARIADO GERAL DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA
Piazza di Spagna, 48 – 00187 ROMA – Italia
Tel. (39) 6: 698.80.260- 698.80.156  Fax (39) 6:698.80.276
E-MAIL vati176@poim.va

_____________________________________________________________________________

               Editorial 

 
A o ler a revista que se encontra nas vossas mãos, vêm-me ao pensamento um ano que passou rapidamente e também as numerosas atividades que, em conjunto, pudemos levar a cabo nos cinco continentes. É impossível descrever todas elas nas poucas páginas deste Boletim. Trata-se de atividades que tiveram como protagonistas as crianças. Elas são o coração pulsante da nossa Obra. São elas que nos ensinam a olhar para o futuro com esperança.
Não foram, porventura, as crianças que, angariando poucos centavos, conseguiram financiar mais de dois mil projetos ao longo do corrente ano?

Construímos escolas, demos de comer a numerosos órfãos, ensinamos a Palavra de Deus e curamos muitas crianças enfermas. E tudo isto graças a elas mesmas.

E isto porque a criança tem a ingenuidade que os adultos muitas vezes já perderam. Era ingênua a criança que ofereceu a Jesus sete pães e alguns peixes para dar de comer a milhares de pessoas. E contudo, todos comeram até se saciarem. Porque quando as nossas obras são depositadas nas mãos de Deus, de pequenas que são tornam-se grandes. Por isso, as crianças são «os pequenos grandes missionários», como o Santo Padre gosta de recordar.

Das crianças, temos que aprender esta ingenuidade, que não consiste senão em olhar para o futuro, colocando tudo nas mãos de Deus, inclusive os nossos planos, o nosso impulso missionário, o nosso desejo de transformar o mundo. Somente se tudo for depositado nas mãos de Deus, este desejo poderá adquirir a fortaleza para se tornar uma realidade.

Todavia, ainda há muito a fazer! Existem numerosas crianças atingidas pela Aids, há muitas crianças que trabalham, que sofrem e que morrem. A cada minuto, e em todos os dias do ano. Inúmeras crianças ainda combatem nas guerras, obrigadas pelos adultos e por outros indivíduos que promovem tais guerras. Talvez seja porque imitam os adultos. No dia em que ensinarmos as crianças a formentar a paz, daremos um grande passo no progresso moral da humanidade.

Sozinhos, como adultos, temos muitos motivos para desanimar. Mas com Deus, com as nossas mãos postas nas suas, como se fôssemos crianças, temos inúmeros motivos para esperar em um mundo de paz, de amor e de bem-estar material e espiritual para as crianças do planeta.

É com tal esperança que a Pontifícia Obra da Infância Missionária deseja tornar realidade este anseio de paz e de harmonia que pulsa no coração de numerosas crianças. E para isto ela conta convosco!
 

Pe. Patricio    

 

Correio Missionário

 

  «O corrente ano caracterizou-se por um recrudescimento dos conflitos armados que, novamente, deram lugar a um deslocamento maciço da população. Em tais condições, o nosso trabalho com as crianças complicou-se em grande medida.

Hoje, com a instauração de uma certa calma no nosso país, temos podido recolher os frutos do nosso trabalho: 48 dólares. Esta pode parecer uma soma insignificante, para um grupo de mais ou menos 10.000 crianças. Contudo, o poder de aquisição da nossa população é quase inexistente, os nossos produtos não têm qualquer valor e, por isso, somente 14 das 31 paróquias puderam contribuir com algo. Esperamos que este caminho de solidariedade missionária, que pudemos encetar, lance gradualmente raízes».

(Rev.do Pe. Robert Kasereka Ngongi, Movimento «Anges du Ciel»,
Diocese de Butembo, REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)
 

«Tenho o prazer de anunciar a iniciativa que, no âmbito da escola “Cor Jesu”, em Escútari, conseguimos realizar, em colaboração com os professores, os alunos e os pais de família, em benefício da Obra da Santa Infância. Nós, que trabalhamos neste bairro tão pobre, nos anos anteriores tínhamos sensibilizado as nossas crianças para que ajudassem as crianças dos pequenos povoados situados nas montanhas. Graças a este estímulo, juntamente com os professores da escola pudemos rezar e meditar, e desta forma, no contexto das várias aulas foram suscitadas algumas iniciativas muito bonitas. As professoras recolhiam materiais simples: cortiças das árvores, fios de relva, ramos secos, botões, etc. e, com isto pudemos confeccionar cartões de Natal e outros para ocasiões de nascimento, muito originais. O dia da solenidade da Imaculada Conceição, no salão da escola, adornado para essa circunstância, foram expostos 300 pequenos cartões para nascimentos, e todos eram muito bonitos. Os pais das crianças, acompanhados dos amigos da escola, compraram tais cartões e deixaram oferendas generosas em favor da Obra da Santa Infância: assim, conseguimos angariar 246 euros. Nós, religiosas, sentimo-nos emocionadas e ficamos surpreendidas, porque de um bairro tão pobre não podíamos imaginar uma resposta tão generosa assim. Pudemos compreender que os pobres estão sempre prontos a ajudar os outros pobres. Na nossa opinião, neste Natal estas pessoas que ajudaram a Obra da Santa Infância vão sentir-se mais felizes».

(Escola «Cor Jesu», Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus,
Escútari, ALBÂNIA)
 

«Todos os sábados, à tarde, nós nos reunimos com mais de 1.200 crianças das Ilhas, de todas as classes sociais, nas 10 paróquias do Vicariato Apostólico. Ali, ensinamos as crianças a tornar-se seres humanos melhores, que pensem também no próximo. Que procurem visitar as crianças dos bairros marginais, tão necessitados de ajuda, aprendam a compartilhar os seus brinquedos, as suas roupas e os seus pertences, sem qualquer egoísmo, e que cumpram a grande missão de anunciar a palavra de Deus até os quadrantes mais afastados das mesmas Ilhas. Atualmente, sentimo-nos orgulhosos das nossas crianças e dos nossos jovens da Infância Missionária, porque eles compreenderam a missão que lhes é própria: velar pelos indefesos e levar a mensagem do Senhor também às demais crianças das Ilhas».

(Sua Ex.cia D. Eulises González Sánchez, Bispo do Vicariato Apostólico
de San Andrés y Providencia, COLÔMBIA)

 

«As crianças equatorianas do povoado de Ayene são muito desafortunadas, já que lhes coube nascer, viver e crescer desprovidas das coisas mais necessárias, como um copo de leite. Os alunos da nossa escola têm de 3 a 8 anos de idade e o seu serviço pastoral consiste em rezar constantemente pelas missões.

Todas as manhãs, antes de começar as suas tarefas educativas, elas dedicam alguns momentos para a oração; no período de quaresma, elas formularam alguns propósitos em favor das missões, como por exemplo compartilhar uns com os outros e não criar desavenças, lavar elas mesmas a sua roupa no rio e chegar pontualmente à escola. No mês de maio participaram, recitando o Rosário na escola e, na parte da tarde na paróquia, ofereceram uma homenagem floreal a Maria, nossa Mãe. Em vários momentos pudemos dar-nos conta da enfermidade de alguns idosos do povoado. Depois, tendo sido convidadas a compartilhar com eles uma parte da sua alimentação, foram as próprias crianças que ofereceram a comida aos enfermos que jaziam nos seus leitos. Aqui, é muito comum encontrar-se com pessoas idosas ou quase cegas. As crianças são incentivadas a dedicar-lhes um pouco do seu tempo, aproximando-se delas no contexto da missão ou ao longo do caminho, para que continuem o seu itinerário».

(Ir. Magdalena Flores Ramos,
Diocese de Ebebiyin, GUINÉ EQUATORIAL)
 

«A incorporação no movimento da Infância Missionária procede por etapas. Depois de uma animação maciça, os meninos e as meninas que querem conhecer melhor a Obra da Infância Missionária e que se comprometem em participar nos encontros semanais, pedem para ser recebidos e assim inscrevem-se oficialmente nesta Obra; depois, no contexto de uma celebração eucarística, recebem o cartão de membros da mesma. Após um ano de vida e de serviço juntamente com o grupo, no âmbito de uma cerimônia especial, elas recebem uma chapinha; e depois de mais um ano, recebem então o lenço de pescoço, mediante o qual se identificam plenamente com o movimento da Santa Infância. As crianças entusiasmam-se, porque têm a particular sensibilidade para compreender as coisas de Deus, porque se esforçam em vista de conhecer e de praticar o “Decálogo Missionário”, desenvolvendo deste modo o espírito eclesial e o amor por Jesus».

(Sra. Carmen Glória Yunge, Colégio «Felmer Niklitschek»,
Porto Varas, CHILE)
 

«No dia 30 de março de 2003 demos início, nesta Paróquia, a um pequeno grupo da Infância e da Adolescência Missionárias (I.A.M.) que, por ocasião do Dia Mundial das Missões desse mesmo ano (19.10.2003), ofereceu à Igreja particular 13 membros, crianças e adolescentes, animados pelo espírito missionário, para que sirvam os seus irmãos que, como eles, são crianças e adolescentes. Este pequeno grupo realizou algumas atividades, impregnadas do espírito missionário, que conserva no seu coração, com a finalidade de animar os seus irmãos que vivem na rua, como por exemplo: encontros com eles nas áreas onde vivem, coleta de donativos para ajudá-los materialmente nas suas necessidades e encontros recreativos no grande espaço de que dispomos no nosso novo recinto ecclesial».

(Rev.do Pe. Américo de Sousa Alves, C.S.Sp., Missão católica de Lucapa,
Diocese de Dundo, ANGOLA)
 

 

top