The Holy See
back up
Search
riga

SECRETARIA DE ESTADO

DISCURSO DE D. CELESTINO MIGLIORE 
POR OCASIÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
SOBRE OS TERRITÓRIOS OCUPADOS

Nova York, 17 de Novembro de 2006

 

Senhora Presidente

No momento em que a Assembleia Geral retoma a sua décima sessão especial de emergência, sobre a situação nos Territórios Ocupados da Palestina, a minha delegação aproveita esta oportunidade para expressar a sua proximidade às populações civis que sofrem as consequências da recente violência. Gostaria de transmitir também o convite do Papa Bento XVI, a unir-se a ele na oração "a fim de que Deus ilumine as Autoridades israelenses e palestinas, assim como as nações que têm uma responsabilidade particular a desempenhar nessa região, para que possam fazer todo o possível em vista de pôr fim ao derramamento de sangue, de aumentar as iniciativas de assistência humanitária e de encorajar a retomada imediata de negociações directas, sérias e concretas".

Não obstante tenhamos que deplorar um novo preço de mortes e condenar a espiral de violência causada pelas operações militares e pelos ataques terroristas, não podemos deixar de observar que estes acontecimentos hediondos fazem parte de uma problemática mais vasta que como todos nós bem sabemos está inflamada há demasiado tempo nessa região. Cada vez que realizamos um encontro de emergência como o presente, enumeramos uma lista aparentemente interminável de dificuldades e de diferenças que separam os Israelenses dos Palestinos, o que torna ainda mais urgente que os Estados resolvam o problema da injustiça fundamental que se encontra no âmago desta questão. Contudo, recitar uma ladainha de sintomas, sem abordar a sua causa fundamental, dificilmente pode ser útil para qualquer das partes interessadas. Cada uma é obrigada a viver com a horrível tensão dos potenciais e explosivos actos terroristas ou das incursões militares que resultam na morte, nos acidentes e na destruição das infra-estruturas.

Na persistente instabilidade no Médio Oriente, não se pode ignorar a centralidade do conflito israelo-palestino. É triste o facto de que a comunidade internacional não conseguiu comprometer os Israelenses e os Palestinos num diálogo significativo e substancial, nem resolver as disputas, em vista de instaurar a estabilidade e a paz para ambas as partes. Honestamente, a comunidade internacional tem o dever de lançar mão dos seus bons ofícios, em ordem a facilitar o mais rapidamente possível a aproximação entre os dois lados.

Este é um tempo de urgência e de oportunidade: de urgência, porque a situação não é estática mas, ao contrário, está a deteriorar-se a cada minuto que passa, como pode testemunhar esta sessão especial; de oportunidade, porque além de alguns elementos favoráveis na presente conjuntura política, as populações civis em toda a parte têm visto e experimentado as devastações causadas pelos conflitos e, sem dúvida, sentem-se mais desejosas do que nunca de uma paz honrável.

A única paz que tem a possibilidade de ser duradoura nessa região será uma paz verdadeiramente polivalente. Ela comprometerá todos os principais protagonistas na região do Médio Oriente e deverá fundamentar-se em tratados de paz bilaterais e em acordos multilaterais, sobre todas as questões de preocupação geral, inclusive a respeito da água, do meio ambiente e do comércio. Para realizar isto, é necessária uma visão renovada e abrangente, que conduza a concretos planos de paz.

Obrigado, Senhora Presidente!

 

___________________________________________________________________________

Arzobispo Migliore
Tema 5 del programa : Medidas ilegales israelíes en la Jerusalén Oriental
ocupada y el resto del territorio palestino ocupado
*

17 de noviembre de 2006

 

Ahora que la Asamblea General reanuda su período extraordinario de sesiones de emergencia sobre la situación en los territorios palestinos ocupados, mi delegación aprovecha esta oportunidad para expresar su solidaridad con las poblaciones civiles que sufren las consecuencias de la violencia reciente. Asimismo, deseo transmitir la invitación del Papa Benedicto XVI de sumarse a su plegaria para que Dios ilumine a las autoridades israelíes y palestinas, así como a las naciones que tienen responsabilidades concretas en la región, de manera que hagan todo lo que esté en su mano para poner fin al derramamiento de sangre, aumentar las iniciativas de ayuda humanitaria y alentar a la reanudación inmediata de negociaciones directas, serias y concretas.

Si bien lamentamos las nuevas muertes y condenamos la espiral de violencia causada tanto por las operaciones militares como por los ataques terroristas, no podemos dejar de señalar que esos horrendos acontecimientos forman parte de una cuestión mucho más amplia que, como todos sabemos, lleva demasiado tiempo afectando a la región. Cada vez que la Asamblea celebra una reunión de emergencia como esta, recitamos la aparentemente interminable lista de dificultades y diferencias que separan a israelíes y palestinos, lo que hace que sea aún más urgente que los Estados se ocupen del problema de la injusticia fundamental que yace en el centro de esta cuestión. Recitar una letanía de síntomas sin tratar las causas radicales no resulta de mucha ayuda para ninguna de las partes. Ambas se ven forzadas a vivir sometidas a las horribles tensiones de posibles estallidos de terror o incursiones militares, que tienen como resultado muertes, heridos y la destrucción de infraestructura.

No se puede ignorar el papel principal del conflicto israelo-palestino en la inestabilidad constante en el Oriente Medio. Nos entristece el hecho de que la comunidad internacional no haya sido capaz de hacer que israelíes y palestinos entablen un diálogo significativo y sustantivo ni de que resuelvan sus diferencias, con el fin de alcanzar estabilidad y paz para ambos. Incumbe directamente a la comunidad internacional hacer uso de sus buenos oficios para propiciar lo antes posible un acercamiento entre las dos partes.

Se trata de un momento de urgencia y de oportunidad: urgencia porque la situación no tiene un carácter estático – en lugar de ello, se deteriora minuto a minuto, como atestigua el hecho de que se haya vuelto a convocar un período extraordinario de sesiones de emergencia – y oportunidad porque, además de algunos elementos favorables en este momento político, las poblaciones civiles en todas partes han visto y han sufrido la devastación del conflicto y seguramente estén más dispuestas que nunca a esforzarse por lograr una paz honorable.

La única paz con alguna opción de permanecer en la región será una paz realmente amplia. Incluirá a todos los interlocutores principales en la región del Oriente Medio y deberá basarse en tratados de paz bilaterales y acuerdos multilaterales acerca de todas las cuestiones de interés común, incluidas las relativas al agua, el medioambiente y el comercio. Lograrlo requiere una visión nueva y abarcadora que se base en planes concretos para alcanzar la paz.


*A/ES-10/PV.29 p.9, 10.

top