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Afonsa da Imaculada Conceição (1910-1946)

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Por algumas horas as clarissas franciscanas de Kochi, no Kerala (Índia), esquecerão os sofrimentos vividos na dramaticidade das vicissitudes que desde Setembro passado envolvem a sua congregação, sobretudo, em Orissa, onde mais dramáticas são as consequências da violência actuada pelos fundamentalistas hindus. Amanhã, encontra-se-ão ao redor do altar da glória da irmã de hábito Afonsa da Imaculada Conceição, no século Ana Muttathupadathu. Trata-se de um evento que envolve toda a Igreja católica na Índia, num momento particularmente difícil, marcado pelo ódio em relação aos cristãos. Com efeito, Afonsa é a primeira santa indiana. Última de cinco filhos de uma família cristã de origens nobres, nasceu numa aldeia de Kudamalur, a 19 de Agosto de 1910. Ficou órfã de mãe aos 3 meses, foi criada por uma tia materna e educada por um tio sacerdote.

Contudo, foi a avó materna que a fez descobrir a fé e o amor pela oração já em tenra idade: aos 5 anos guiava a oração nocturna da família.

Na época em que frequentou a escola primária, iniciou uma relação de amizade com as crianças hindus, nas quais encontrou com frequência conforto na sua juventude, marcada por graves e difíceis doenças e pelas opressões da tia à qual tinha sido confiada. Mulher muito autoritária, a tia queria que ela casasse, aos 13 anos, com um tabelião. Contudo, Ana já tinha aderido no seu coração ao projecto da Providência em relação a ela. O encontro com o Pe. Muricken mudou a sua vida. Ele ajudou-a a entrar no noviciado das Clarissas Franciscanas em Maio de 1927. Em Agosto de 1936, festa de Santa Clara, emitiu a profissão perpétua. De físico frágil, continuou a sofrer ulteriores enfermidades. Aceitou-as por amor ao Senhor. Faleceu a 28 de Julho de 1946 no convento das Clarissas Franciscanas em Bharananganam. João Paulo ii elevou-a às honras dos altares, proclamando-a beata em Kottayam, durante a sua viagem à Índia.

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