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Maria Maravillas de Jesus Pidal
 (1891-1974)

 

MARIA MARAVILLAS DE JESUS PIDAL nasceu em Madrid a 4 de Novembro de 1891. O seu pai, Marquês Luís Pidal y Mon, era então Embaixador da Espanha junto da Santa Sé e, num clima familiar de profunda fé em Deus, ela recebeu uma esmerada educação religiosa. Desde a juventude, Maria Maravillas demonstrou uma intensa vida de piedade, além de cuidar da sua cultura em geral e de se dedicar a obras de beneficência.

Depois de ter lido as obras de Santa Teresa e de São João da Cruz, decidiu consagrar-se ao Senhor na vida contemplativa no mosteiro carmelitano de El Escorial (Madrid). Recebeu o hábito da Ordem em 1920 e fez a sua primeira profissão religiosa em 1921.

Deus inspirou-lhe fundar um Carmelo no «Cerro de los Ángeles», centro geográfico da Espanha. Em Maio de 1924, a Irmã Maravillas e três religiosas instalavam- se numa casa provisória em Getafe, a fim de seguir de perto a construção do novo mosteiro. Ali, a 30 de Maio desse mesmo ano, fez a sua profissão solene, e em Junho de 1928 foi nomeada Priora da comunidade, tendo a alegria de inaugurar, a 31 de Outubro, o novo Carmelo chamado a ser um lugar de oração e de imolação pelo bem espiritual da Igreja e da Espanha. Esta fundação despertou muitas outras vocações carmelitanas, e assim Maria Maravillas sentiu a necessidade de fundar outras «casas da Virgem»: em 1933 algumas Carmelitas foram para Kottayam, na Índia, e ali fundaram um Carmelo, semente de outros cenáculos de vida carmelitana.

Em Julho de 1936 iniciou a guerra civil na Espanha: as Carmelitas do «Cerro de los Ángeles» foram presas e levadas para Getafe. Dali transferiram-se para Madrid, onde se instalaram numa pequena casa e demonstraram toda a sua fidelidade à Igreja, apesar dos muitos sacrifícios, privações e ameaças. Porém não tinha chegado para aquele grupo de carmelitas a graça do martírio, como ardentemente desejavam. E assim, em 1937, a Madre Maravillas com toda a comunidade regressou ao antigo e então abandonado convento das Batuecas (Salamanca), fundando ali um Carmelo.

A 4 de Março de 1939, com outro grupo de religiosas recuperou o antigo convento do «Cerro de los Ángeles» e conseguiu reiniciar a vida comunitária em Junho desse mesmo ano. A partir de então, foram fundados ou reestruturados vários outros Carmelos sob a sua sábia orientação, que sempre se interessou pela fidelidade de todas as comunidades das carmelitas descalças. Foi muito generosa no amor ao próximo como expressão da caridade de Cristo, sempre confiante na Providência divina, sentindo-se profundamente amada pelo Senhor, embora se reconhecesse «nada e pecadora».

Morreu no Carmelo de Aldehueda a 11 de Dezembro de 1974, aos ?83 anos de idade, com uma grande paz, repetindo: «Que felicidade é morrer como Carmelita!».

 

Homilia do Santo Padre

 

 

 

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