The Holy See Search
back
riga

Maria Sacrário de São Luís Gonzaga
(1881-1936)

 

MARIA SACRÁRIO DE SÃO LUÍS GONZAGA nasceu em Lillo, Província de Toledo (Espanha), no dia 8 de Janeiro de 1881, e no baptismo recebeu o nome de Elvira. Em 1886 a família transferiu-se para Madrid, pois o seu pai fora nomeado provedor da Casa Real. Para o ajudar no ofício de farmacêutico, também ela se formou em Farmácia, conseguindo a Licenciatura nesta disciplina. Deu mostras evidentes da sua capacidade profissional quando, ao morrer o seu pai em 1909, teve que assumir a direcção da farmácia. No exercício da profissão não só se mostrou hábil, boa administradora, justa nos preços, mas também cheia de atenção para com os clientes, relacionando-se pessoalmente com os doentes para os animar e consolar.

Antes do falecimento do seu pai, Elvira tinha o sincero desejo de seguir a vida religiosa, mas aconselhada pelo director espiritual e a pedido de Ricardo, seu irmão mais novo, adiou a concretização deste propósito.

Em 1915 entrou no mosteiro das Carmelitas Descalças de Santa Ana e São José de Madrid, demonstrando ser uma mulher de «carácter forte e enérgico, capaz de levar até ao fim os mais altos ideais de santidade», como foi testemunhado pela sua Mestra de noviças. A profissão solene teve lugar a 6 de Janeiro de 1920, e sete anos mais tarde foi eleita Priora do mosteiro. Exerceu o seu trabalho como irmã maior, aberta ao diálogo com todas, preocupada também com o aspecto material do carmelo, a fim de oferecer às Religiosas as devidas condições de uma vida digna no claustro. Ao terminar o triénio como Priora, passou a ser Mestra de noviças. Chegou mesmo a expressar-lhes o desejo de ser mártir, sobretudo depois da proclamação da República em 1931, quando a situação se foi deteriorando.

No início de Julho de 1936 Madre Maria Sacrário foi de novo eleita Priora da comunidade, e após alguns dias o carmelo foi assaltado por uma multidão violenta que saqueou e destruiu muitas coisas. Com tranquilidade e confiante na Providência, ela cuidou das suas filhas espirituais e não descansou enquanto não conseguiu pô-las a salvo, dando-lhes ajuda material e apoio espiritual, exortando todas a aceitarem a vontade do Senhor «que tanto sofreu por nós».

No dia 14 de Agosto desse mesmo ano, os soldados descobriram o lugar em que a Madre se tinha refugiado e a levaram prisioneira, juntamente com outra religiosa. Viveu em atitude de serenidade, recolhimento e total entrega à vontade de Deus, e num acto heróico de amor ao próximo recusou-se sempre a citar o nome de um sacerdote e de outras pessoas que correriam perigo de vida se o fizesse. No dia 15 de Agosto ela foi fuzilada, concretizando-se assim o seu desejo de morrer mártir por Cristo, imolando-se pelo bem da Igreja.

 

Homilia do Santo Padre

 

 

top