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CATERINA VOLPICELLI (1839 - 1894)  

Fundadora das Servas do S. Coração 
 

Caterina Volpicelli, Fundadora das Servas do Sagrado Coração, pertence à classe dos "apóstolos, dos pobres e marginalizados", que no século XIX foram para Nápolis um luminoso sinal da presença de Cristo "Bom Samaritano", que se aproxima de cada homem que sofre no corpo e no espírito, para derramar sobre suas feridas, o óleo da consolação e o vinho da esperança. (cf. Missal Romano 2).

Nasceu em Nápolis no dia 21 de janeiro de 1839, Caterina recebeu no seio de sua família de alta burguesia, uma sólida formação humana e religiosa. No colégio Educandário S. Marcellino, sob a guia sábia de Margherita Salatino (futura fundadora com o Bem Aventurado Ludovico da Casoria das Irmãs Franciscanas Elisabetinas Bigie), aprendeu letras, línguas e música, coisa não frequente para as mulheres do seu tempo.

Guiada então pelo Espírito do Senhor, que lhe revelava o projeto de Deus através da voz dos sábios e santos diretores espirituais, Caterina que no entanto julgava-se mais importante que a sua irmã, a brilhar na sociedade frequentando teatros e espetáculos de danças, renunciou com prontidão os efêmeros valores de uma vida elegante e despreocupada, para aderir com generosa decisão a uma vocação de perfeita santidade.

O encontro ocasional com o Bem Aventurado Ludovico da Casoria em 19 de setembro de 1854, a "La Palma" em Nápolis, foi como afirmou a mesma Bem Aventurada: "um momento singular de graça providencial, de caridade e de predileção do S. Coração, enamorado pelas misérias de sua humilde serva". O Bem Aventurado associou à Ordem Franciscana Secular e indicou como ùnico objetivo de sua vida, o culto ao Sagrado Coração de Jesus, convidando-a para permanecer em meio a sociedade, na qual deveria "ser pescadora de almas".

Guiada, então pelo seu confessor, o barnabita Pe. Leonardo Matera, em 28 de maio de 1859, Caterina entrou entre as Adoradoras Perpétuas de Jesus Sacramentado, saindo porém com pouco tempo, por graves motivos de saúde.

O desígno de Deus sobre Caterina, era outro, havia bem entendido o Bem Aventurado Ludovico da Casoria, que muitas vezes dizia: "O Coração de Jesus, é a tua obra, Caterina!".

Sobre a indicação do seu Confessor, a Volpicelli conhece o bilhete mensal do Apostolado da Oração da França, recebendo através dele notícias detalhadas da nascente Associação com o diploma de Zeladora, sendo o primeiro que chegou na Itália. Em julho de 1867, Pe. Ramiere visita o Palácio de Largo Petrone em Nápolis, onde Caterina pensava estabelecer a Sede de suas atividades Apostólicas", para fazer renascer nos corações, nas famílias e na sociedade o amor por Jesus Cristo".

O Apostolado da Oração, será o ponto central da espiritualidade de Caterina, que a impulsionará a cultivar o seu ardente amor pela Eucaristia, através do qual será instrumento de Ação Pastoral sob as dimensões do Coração de Cristo, abrindo-se a cada homem, sempre a serviço da Igreja, dos últimos e dos sofredores.

Com as primeiras Zeladoras, no dia 1° de julho de 1874, Caterina funda o novo Instituto das Servas do Sagrado Coração, aprovado antes pelo Cardial Arcebispo de Nápolis, o Servo de Deus Sisto Riario Sforza, e em seguida aos 13 de junho de 1890, pelo Papa Leão XIII, que concede à nova famìlia religiosa o "Decreto de louvor".

Preocupada pela sorte da juventude, abriu o orfanato das "Margherite", fundou uma biblioteca circulante e instituiu a Associação da Filhas de Maria, com a sábia guia da Venerável Maria Rosa Carafa Traetto (+ 1890).

Em breve tempo abriu outras casas: Em Nápolis, no Palácio San Severo e depois na Sapienza, em Ponticelli, onde as Servas distinguiram-se na assistência as vítimas da cólera em 1884, em Minturno, em Meta di Sorrento e em Roma.

Aos 14 de maio de 1884, o novo Arcebispo de Nápolis, o Cardeal Guglielmo Sanfelice, OSB, consagrou o Santuário dedicado ao S. Coração de Jesus, que a Volpicelli havia construido ao lado da casa Madre, destinando-o particularmente à adoração reparadora pedida pelo Papa para sustentar a Igreja, num perìodo difícil para a liberdade religiosa e para o anúncio evangélico.

A participação de Caterina no primeiro Congresso Eucarístico Nacional, celebrado em Nápolis em 1891 (19 - 22 de novembro) foi um ato culminante do Apostolado da Fundadora e das Servas do S. Coração. Naquela ocasião, realizou uma rica exposição de paramentos sacros destinados às igrejas necessitadas, organizou a Adoração Eucarística na Catedral e foi a animadora daquele movimento, impulsinando muitas pessoas à confissão e "Comunhão geral".

Caterina Volpicelli, morreu em Nápolis no dia 28 de dezembro de 1894, oferecendo a sua vida pela Igreja e o Santo Padre.

A causa de Beatificação e Canonização das ensìgnes testemunhas de caridade do Coração de Cristo, àpós a instrução do Precesso Ordinário nos anos 1896 - 1902 na Cúria Eclesiástica de Nápolis, foi oficialmente introduzida naquele tempo, a Sacra Congregação dos Ritos aos 11 de janeiro de 1911.

Em 25 de março de 1945, o Santo Padre Pio XII, declarava as virtudes heróicas de Caterina, atribuindo-lhe o titulo de Venerável.

Em 28 de junho de 1999, Sua Santidade Jõao Paulo II, aprova a leitura do decreto da sua Beatificação.

 

  

 

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