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Valentino Paquay (1828-1905)

Valentin Paquay (1828-1905)

 

Valentino Paquay (Ludovico era o seu nome de baptismo), da Ordem dos Frades Menores, nasceu em Tongeren (Bélgica).

Quando era jovem, sentiu-se profundamente tocado pela misericórdia divina, durante um sermão a que assistiu. Surgiu assim a sua vocação sacerdotal e religiosa. Procurou então seguir o exemplo dos Santos, tendo sempre diante dos olhos figuras como João Berchmans e Luís Gonzaga.

Desejava também ele obedecer de coração à vontade de Deus, ser a vontade de Deus realizada completamente na medida da graça divina e da generosidade de um coração jovem. Transcorreu quase toda a sua vida, como religioso, em Hasselt. Nos seus sermões, o tema principal era o amor de Deus por todos nós. Mesmo quando falava de assuntos como o pecado e o inferno, a sua consideração final referia-se constantemente à misericórdia de Deus, que é sempre maior que o coração humano. Pregou muitos retiros sobre este tema. A sua vocação específica era o confessionário. No clima do seu amor, todos se sentiam livres de confessar os seus pecados.

Permanecia muito tempo durante a noite na igreja a rezar por estes homens de boa vontade, assumindo sobre si uma parte da penitência pelos seus pecados. Sentia grande amor pela Sagrada Escritura. Mostrava de maneira viva a actualidade das palavras de Jesus, convidando assim os fiéis a um encontro verdadeiro com o próprio Senhor. Faleceu em 1905, depois de uma vida simples, transcorrida na penumbra do confessionário e na sua cela, que era muito simples:  uma cama de madeira, um genuflexório alto, uma mesinha e uma cadeira. A um irmão que se lamentava porque lhe tinha sido tirada a sua cadeira, respondeu:  "Tenho presente uma boa cadeira", e deu-lhe a sua.

Desta forma, Padre Valentino queria ser o mais pequenino, o menor face a qualquer outro indivíduo. O seu ideal missionário aproxima-se do Cura d'Ars e da pequena Teresa de Lisieux. No centro da sua Província, o pequeno padre, enfermo, frágil, vítima da varíola foi conforto para o seu povo atormentado de Hasselt, visitando os doentes, sempre em comunhão espiritual com os seus irmãos de hábito e com toda a Ordem dos Frades Menores. Dedicou toda a sua vida à escuta dos corações e das almas, evitando qualquer manifestação de privilégio, qualquer louvor desmedido, querendo assemelhar-se cada vez mais a Francisco de Assis, consciente dos limites e debilidades características de todos os seres humanos.

 

 

Homilia do Santo Padre

 

     

 

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