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DISCURSO DE SAUDAÇÃO AO PAPA BENTO XVI
 POR PARTE DO CARDEAL TARCISIO BERTONE
 NA SUA NOMEAÇÃO PARA SECRETÁRIO DE ESTADO

Castel Gandolfo, 15 de Agosto de 2006

 

Beatíssimo Padre,

No dia em que assumo o cargo de seu Secretário de Estado, o meu pensamento dirige-se antes de tudo a Vossa Santidade, que me chamou para suceder o venerado Card. Angelo Sodano. A Vossa Santidade, Padre Santo, dirijo os sentimentos do mais filial e fiel obséquio, enquanto recebo aquela "tocha" que um ministério capaz e fecundo de primeiro Colaborador do Santo Padre soube fazer "arder", de geração em geração, ao serviço da Igreja e do mundo. Hoje trago comigo a cruz do Card. Agostino Casaroli, que afectuosamente me foi presenteada por um ilustre Prelado.

Inicio uma missão peculiar e diversa em relação àquelas que até agora me foram confiadas. Contudo, apraz-me que a sua índole inegavelmente pastoral dê continuidade às missões que já desempenhei e que se enquadram bem na evidente especificidade deste cargo. Além disso, espero que as experiências que amadureci no passado, guiado pela sábia mão da Divina Providência, contribuam, de modo não indiferente, para o cumprimento da tarefa que agora assumo. Estou consciente da grande responsabilidade que comporta, como também da gravidade e da complexidade das questões que, quotidianamente, deverei enfrentar. A única ambição que nutro é a de realizar o lema do meu serviço episcopal: fidem custodire, concordiam servare, e conforta-me a convicção de que terei a oportunidade de contribuir de modo especial para realizar tal ideal.

Depois, é-me de grande encorajamento a certeza de poder contar, antes de tudo, sob a guia sábia e incomparável do Santo Padre e juntamente sob a competência, a experiência e a laboriosidade dos Superiores da Secretaria de Estado. Mas tenho também grande confiança no trabalho insubstituível, e frequentemente escondido, que todo o pessoal da Secretaria de Estado e das Representações Pontifícias desenvolvem diariamente e com espírito de sincera e admirável abnegação. A comunhão profunda que nos une no partilhado empenho ao serviço da Igreja e, portanto, da dignidade humana e da pacífica convivência entre os Povos não poderá que se traduzir em leal e fiel colaboração, reforçada por muitos de nós pelo espírito sacerdotal e pela caridade pastoral que deve animar-nos cada vez mais nas nossas actividades.

Desde os anos da minha precedente actividade em Roma, todas as manhãs, elevo esta invocação: "Senhor, recorda-te do Papa com os seus Colaboradores presentes e futuros". E exactamente hoje escrevi uma carta a muitos mosteiros contemplativos pedindo a ajuda permanente da oração de intercessão.

Por conseguinte, desde já, deponho com filial confiança esta colaboração e o meu novo ministério nas mãos de Maria, Mãe da Igreja. Ela ajudar-nos-á a fazer tudo o que o Senhor nos dirá, por intermédio de Vossa Santidade!

 

 

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