Sinto-me feliz por este encontro na Universidade católica da África Oriental, em Nairobi.

Sei que vos reunis por ocasião do ii  Congresso pan-africano católico sobre teologia, sociedade e vida pastoral.

É um sinal de esperança que teólogos, leigos, sacerdotes, religiosos, religiosas e bispos tenham tomado a iniciativa de caminhar juntos.

Reunir-se para discernir o que Deus nos diz hoje, não só para responder a necessidades que certamente constituem um desafio, mas também para traduzir em realidade os sonhos africanos (sociais, culturais, ecológicos e eclesiais) é já em si mesmo um sinal de uma Igreja africana em saída.

Ide em frente!

Nas minhas visitas à África, fiquei sempre impressionado com a fé e a resiliência desses povos. Como comentei na minha viagem à República Centro-Africana em 2015, «a África surpreende-nos sempre». Fazei com que sobressaia o melhor de vós nesta reflexão, a fim de que ela seja uma surpresa, e para que nasça a criação africana que consiste numa surpresa para todos nós.

Pois a África é poesia!

A sabedoria dos antepassados africanos lembra-nos, em vista deste importante encontro, que «as montanhas nunca se encontram, mas as pessoas sim». Ide em frente. Juntos. Acompanhando-nos, ajudando-nos e crescendo juntos.

Que uma teologia sapiencial, como a que propondes, seja a boa nova da misericórdia para os pobres e alimente as pessoas e as comunidades na sua luta pela vida, a paz e a esperança.

Que o Espírito Santo vos inspire, que deste Congresso saiam os caminhos que a Igreja necessita: caminhos de conversão missionária, ecológica, de paz, de reconciliação e de transformação de todo o mundo.

Abençoo-vos a todos. Que Deus vos abençoe.

Que a Virgem vos acompanhe.

E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

Obrigado!