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VIAGEM APOSTÓLICA DO SANTO PADRE AO BRASIL
(30 DE JUNHO - 12 DE JULHO DE 1980)

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
NA CHEGADA A ITÁLIA DEPOIS DA PEREGRINAÇÃO
 APOSTÓLICA AO BRASIL

Aeroporto de Fiumicino, 12 de Julho de 1980

 

1. Obrigado, mil vezes obrigado, Senhor Presidente do Conselho de Ministros, pelas gentis expressões que me quis dirigir, em nome também do Senhor Presidente da República Italiana e do Governo; no momento em que de novo ponho pé no solo italiano, ao termo de uma viagem cheia de encontros, de colóquios e de inapagáveis comoções. Não é sem sentir profundo reconhecimento para com o Senhor que o meu pensamento regressa aos intensos dias passados entre as populações daquela terra imensa e estupendamente variada, que é o Brasil. Tenho ainda na vista os panoramas ilimitados, que se ofereciam ao olhar admirado durante as deslocações de uma localidade para a outra; mas bem mais tenho no coração o espectáculo comovedor das multidões imponentes de pessoas, da realidade humana, que se vinha encontrar com o humilde Sucessor de Pedro, para lhe trazer a própria saudação e o testemunho da sua fé.

Estive no meio dessa gente como missionário do amor de Cristo pelo homem. Com a minha visita quis manifestar a minha vontade de comunhão com os Irmãos no Episcopado e com os fiéis daquela nobre Igreja, com os seus esforços, as suas penas e as suas esperanças. Ao mesmo tempo quis exprimir às almas religiosas das outras Confissões e a todos os homens de boa vontade. o grande desejo que tema Igreja Católica de oferecer a sua colaboração, nó respeito e na recíproca estima, a todas as iniciativas dirigidas â promoção dos valores humanos fundamentais.

2. É-me agradável nesta altura dirigir um pensamento de gratidão ao Senhor Presidente da República Brasileira e às outras Autoridades políticas, civis e militares, que tantas atenções me reservaram nas várias etapas da minha peregrinação.

De delicadas atenções me cumularam também os Excelentíssimos Bispos, por cujas Igrejas passei, e também a eles desejo renovar aqui a expressão do meu reconhecimento. Nem posso deixar de dizer uma palavra sobre as provas de afectuosa dedicação recebidas de Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, de Personalidades das Organizações católicas e, em geral, dos fiéis, com quem me foi possível tomar contacto; são recordações belíssimas, às, quais voltarei com ânimo grato no recolhimento da oração.

Os mais de 30.000 quilómetros percorridos nestes poucos dias; consentiram-me, apesar da limitação do tempo, formar para mim uma ideia bastante concreta da realidade humana e cristã daquele vastíssimo Pais, das graves dificuldades com que tem de medir-se, mas também dos extraordinários recursos de que, dispõe para construir o seu amanhã. Existe lá uma Igreja viva, rica de fermentos evangélicos autênticos, que a incitam no caminho para uma cada ver maior responsabilidade a respeito de Deus e a respeito do homem.

3. E agora que estou de regresso na minha Sede de Roma depois de um voo, que a perícia dos pilotos e a amabilidade do pessoal tornaram especialmente agradável — vá para cada um deles uma palavra especial de apreça e de reconhecimento —, tenho o prazer de ser acolhido pela vossa requintada cortesia. Ao renovar ao Senhor Presidente do Conselho de Ministros a expressão do meu reconhecimento, torno extensivo isto que sinto às Personalidades presentes, tanto civis como eclesiásticas, e a todos quantos desejaram trazer-me as suas boas-vindas. Apraz-me ver neste gesto delicado e espontâneo o testemunho de uma íntima participação nas finalidades desta minha viagem apostólica. Também eu dediquei um pensamento a vós, ilustres Senhores; nos momentos mais significativos da peregrinação: recordei-me em especial de vós aos pés. da Nossa Senhora Aparecida, entre a multidão do povo orante; e recordei-me também de vós onde a Igreja brasileira adorava, num coral cântico de louvor, o Cristo vivo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Espero que esta nova fadiga pastoral venha a produzir frutos consoladores para o bem das almas, para a mútua compreensão entre as pessoas e as classes sociais, para a cooperação internacional. Assim queira Deus, sem cujo auxilio de nada valem os esforços humanos. A Ele peço copiosos dons de cristã prosperidade também para todos vós, para as vossas famílias e para os habitantes desta dilecta Nação italiana, desta Cidade eterna e do mundo inteiro.

 



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