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MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
AOS FRANCESES EM VISTA DA EMINENTE
 VIAGEM À LOURDES

 

Dentro de alguns dias, terei a grande alegria de responder ao convite dos Bispos franceses dirigindo-me a Lourdes. Muitos dos vossos compatriotas, bem o sei, desejam-no também, e as mais altas Autoridades civis da França de bom grado manifestaram a sua satisfação. Há anos desejava muito realizar este projecto; o acontecimento por vós conhecido impedira-me de o realizar por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional. Desde já agradeço a todos os que hão-de acolher-me ou se unirão a estes meus passos, por meio da oração ou da simpatia; e estou reconhecido a todos os que se sacrificam em parte as suas férias, para com dedicação prepararem o desenvolvimento desta visita.

Desta vez não se trata de uma viagem pastoral como a fiz a Paris ou a Lisieux — que feliz recordação! — mas essencialmente de uma peregrinação de uma jornada, à esta cidade mariana de Lourdes, com razão célebre no mundo inteiro, no dia da maior festa da Virgem Santa, e dentro do Ano Jubilar da Redenção. Com todo o povo cristão presente em Lourdes — e com os que se unirão pelo rádio e pela televisão —, desejo simplesmente participar nas manifestações de fé e de oração, tais como ali são realizadas todos os dias, há mais de um século, para o maior bem dos peregrinos da França e do mundo inteiro.

Há 125 anos Maria, a Imaculada Conceição, suscitava ela mesma este movimento, por meio da humilde Bernadette Soubirous. "Vai dizer aos sacerdotes que façam construir uma capela e aqui venham em procissão". Porém, mais ainda do que este jubileu e de outros aniversários, há o Ano Santo da Redenção que propiciará o tema desta primeira peregrinação de um Papa a Lourdes. Jesus Cristo morreu e ressuscitou para nos resgatar há 1950 anos. Este ano, os cristãos da Igreja toda, em cada país, são convidados a melhor acolher o Dom de Cristo e mais precisamente o seu perdão, a levar com Ele, no Espírito Santo, uma vida nova, suscitada pelo amor de Deus, e um espírito mais fraterno para com todos os homens. Resgatar, é ao mesmo tempo dar de novo Deus ao homem e o homem a Deus; é revelar o homem a si mesmo, fazer que reencontre a sua semelhança com Deus. Onde se pode fazê-lo melhor do que em Lourdes, onde Maria indicou as vias desta renovação, e fez surgir uma fonte permanente de graças? E quem está mais interessado nesta renovação das consciências, senão o Sucessor de Pedro, primeiro Responsável da unidade, da fidelidade e do progresso dos discípulos de Cristo?

Para o outono próximo, convoquei os meus Irmãos Bispos a reunirem-se em Sínodo, em Roma, sobre a Reconciliação e a Penitência. Em Lourdes, nós rezaremos pelo êxito desta missão fundamental da Igreja.

Convido, pois, os católicos a prepararem-se para ele comigo, nas paróquias, dioceses e movimentos de jovem e de adultos. Junto da gruta de Lourdes, farei minhas todas as vossas intenções, de modo particular as dos que sofrem, ou procuram melhorar a própria vida, a todos os níveis. Levarei para lá as intenções da Igreja universal, com um pensamento especial pela Igreja na França, e também por todo o povo francês ao qual se dirigem os meus melhores votos. Possa esta peregrinação contribuir para abrir, para um grande número de vós, uma nova esperança!

 

© Copyright 1983 - Libreria Editrice Vaticana

 



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