EVANGELII GAUDIUM - page 12

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mundo actual. Na realidade, toda a acção evan-
gelizadora autêntica é sempre «nova».
12. Embora esta missão nos exija uma entrega
generosa, seria um erro considerá-la como uma
heróica tarefa pessoal, dado que ela é, primaria-
mente e acima de tudo o que possamos sondar e
compreender, obra de Deus. Jesus é «o primeiro
e o maior evangelizador».
9
Em qualquer forma
de evangelização, o primado é sempre de Deus,
que quis chamar-nos para cooperar com Ele e
impelir-nos com a força do seu Espírito. A ver-
dadeira novidade é aquela que o próprio Deus
misteriosamente quer produzir, aquela que Ele
inspira, aquela que Ele provoca, aquela que Ele
orienta e acompanha de mil e uma maneiras. Em
toda a vida da Igreja, deve-se sempre manifestar
que a iniciativa pertence a Deus, «porque Ele nos
amou primeiro» (
1 Jo
4, 19) e é «só Deus que faz
crescer» (
1 Cor
3, 7). Esta convicção permite-nos
manter a alegria no meio duma tarefa tão exigen-
te e desafiadora que ocupa inteiramente a nossa
vida. Pede-nos tudo, mas ao mesmo tempo dá-
-nos tudo.
13. E também não deveremos entender a no-
vidade desta missão como um desenraizamento,
como um esquecimento da história viva que nos
acolhe e impele para diante. A memória é uma
dimensão da nossa fé, que, por analogia com a
9
P
aulo
VI, Exort. ap.
Evangelii nuntiandi
(8 de Dezembro
de 1975), 7:
AAS
68 (1976), 9.
1...,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11 13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,...224
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