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MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
AOS CATÓLICOS DA ÁUSTRIA
POR OCASIÃO DO ANO DE PREPARAÇÃO
DO "KATHOLIKENTAG 1983" 

 

É com grande alegria que saúdo hoje os meus Irmãos e Irmãs na fé, naturais da Áustria. Saúdo os bispos, os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, os leigos e também todos os que nesse país ou nos países vizinhos ouvirem a minha voz.

Hoje começa para vós o ano de preparação para o "Katholikentag" austríaco que celebrareis em Setembro de 1983. Desejais comemorar deste modo aquele profético dia europeu, há quase trezentos anos, em que Viena foi salva de uma ameaçadora conquista graças ao esforço comum dos cristãos. Este decisivo acontecimento deveria recordar aos cristãos de hoje a sua comum responsabilidade em relação à Europa e encorajá-los vivamente no seu devotado esforço em favor da paz e da justiça, dos direitos do homem e da solidariedade cristã entre o povo. Por isso consagrastes o próximo "Katholikentag" ao tema da Esperança no futuro. Se, na sua bondade. Deus me permitir aceitar o vosso amável convite, de bom grado participarei na vossa festa religiosa e poderei "viver a Esperança e comunicá-la" convosco. O vosso "Katholikentag" levará a vossa pátria e toda a Europa a um renovado conhecimento das suas profundas raízes religiosas comuns.

Quanto aos múltiplos perigos e ameaças contra a existência da humanidade, os cristãos lutam com toda a força da sua esperança, em união com todos os homens de boa vontade, por um futuro mais seguro e digno de ser vivido. Além disso, o que nos anima não é apenas uma esperança puramente terrestre mas, também e sobretudo, esta esperança que provém da fé cujo fundamento e fim são definitivamente o próprio Deus: Deus que, em Cristo Jesus, disse o Seu sim definitivo ao homem. Mediante a Sua Cruz e a Sua Ressurreição Cristo venceu todo o sofrimento e toda a calamidade do mundo, e por isso Se tornou para todos nós o sinal da esperança.

A esperança é uma virtude divina; ela é fundamentalmente um dom que vós obtereis já durante este ano de preparação ao suplicardes a Deus com os outros e pelos outros. Oxalá, então, este ano seja também para vós um ano de recolhimento e de conversão, de renovação da fé e do amor vivido por Deus e pelo próximo. Nós, os cristãos, temos igualmente o dever de manifestar na prática a nossa esperança e de a repartir com os outros. Pelas nossas palavras e acções, ricas de esperança, ajudaremos os outros a vencer o temor de viver, a apatia e a indiferença, e a ter confiança em Deus e nos homens. Como discípulos de Cristo, caros cristãos da Áustria, ofereceis ao homem de hoje, rodeado de mil ameaças e cheio de confusão, a palavra e a esperança que tornam livres as pessoas.

"Viver a esperança, comunicar a esperança". Eis a grande missão que tomastes a vosso cargo. "Se Deus está connosco, quem estará contra nós?" (Rom 8, 31). Esta convicção religiosa deverá animar durante este ano a vossa renovação espiritual para que todos vós, compatriotas, possais dar-vos conta de a Igreja católica da Áustria se estar a preparar para uma Festa da esperança e da alegria.

Peço convosco uma feliz e frutuosa celebração do "Katholikentag" austríaco de 1983.

Para isto vos abençoe a todos Deus Todo-Poderoso: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.



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