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121.âCertamente todos somos chamados a
crescer como evangelizadores. Devemos pro-
curar simultaneamente uma melhor formação,
um aprofundamento do nosso amor e um teste-
munho mais claro do Evangelho. Neste sentido,
todos devemos deixar que os outros nos evan-
gelizem constantemente; isto não significa que
devemos renunciar à missão evangelizadora, mas
encontrar o modo de comunicar Jesus que cor-
responda à situação em que vivemos. Seja como
for, todos somos chamados a dar aos outros o
testemunho explÃcito do amor salvÃfico do Se-
nhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos
oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua
força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração
sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele;
pois bem, aquilo que descobriste, o que te aju-
da a viver e te dá esperança, isso é o que deves
comunicar aos outros. A nossa imperfeição não
deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um
estÃmulo constante para não nos acomodarmos
na mediocridade, mas continuarmos a crescer. O
testemunho de fé, que todo o cristão é chamado
a oferecer, implica dizer como São Paulo: «Não
que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas
corro para ver se o alcanço, (â¦) lançando-me
para o que vem à frente» (
Fl
3, 12-13).
A força evangelizadora da piedade popular
122.âDa mesma forma, podemos pensar que
os diferentes povos, nos quais foi inculturado o