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São dons para renovar e edificar a Igreja.
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Não
se trata de um património fechado, entregue a
um grupo para que o guarde; mas são presentes
do EspÃrito integrados no corpo eclesial, atraÃdos
para o centro que é Cristo, donde são canalizados
num impulso evangelizador. Um sinal claro da
autenticidade dum carisma é a sua eclesialidade, a
sua capacidade de se integrar harmoniosamente
na vida do povo santo de Deus para o bem de to-
dos. Uma verdadeira novidade suscitada pelo Es-
pÃrito não precisa de fazer sombra sobre outras
espiritualidades e dons para se afirmar a si mes-
ma. Quanto mais um carisma dirigir o seu olhar
para o coração do Evangelho, tanto mais eclesial
será o seu exercÃcio. à na comunhão, mesmo que
seja fadigosa, que um carisma se revela autêntica
e misteriosamente fecundo. Se vive este desafio, a
Igreja pode ser um modelo para a paz no mundo.
131.âAs diferenças entre as pessoas e as comu-
nidades por vezes são incómodas, mas o EspÃrito
Santo, que suscita esta diversidade, de tudo pode
tirar algo de bom e transformá-lo em dinamismo
evangelizador que actua por atracção. A diversi-
dade deve ser sempre conciliada com a ajuda do
EspÃrito Santo; só Ele pode suscitar a diversida-
de, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo
tempo, realizar a unidade. Ao invés, quando so-
mos nós que pretendemos a diversidade e nos
fechamos em nossos particularismos, em nossos
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âCf. C
onc
. E
cum
. V
at
. II, Const. dogm. sobre a Igreja
Lumen gentium
, 12.