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SYNODUS EPISCOPORUM
BOLETIM

II ASSEMBLEIA ESPECIAL PARA A ÁFRICA
DO SÍNODO DOS BISPOS
4-25 OUTUBRO 2009

A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz.
"Vós sois o sal da terra ... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5, 13.14)


Este Boletim é somente um instrumento de trabalho para uso jornalístico.
A
s traduções não possuem caráter oficial.


Edição portuguesa

05 - 05.10.2009

SUMÁRIO

- PRIMEIRA CONGREGAÇÃO GERAL (SEGUNDA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2009, MANHÃ) - CONTINUAÇÃO
- SEGUNDA CONGREGAÇÃO GERAL (SEGUNDA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2009, TARDE)
- AVISOS

PRIMEIRA CONGREGAÇÃO GERAL (SEGUNDA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2009, MANHÃ) - CONTINUAÇÃO

- REFLEXÃO DO SANTO PADRE

Na abertura da primeira Congregação Geral desta manhã, segunda-feira, 5 de Outubro de 2009, após a breve leitura da Hora Terceira, o Santo Padre Bento XVI fez a seguinte reflexão:

Queridos irmãos e irmãs
Demos início agora ao nosso encontro sinodal, invocando o Espírito Santo e bem sabendo que neste momento não podemos realizar tudo aquilo que temos a fazer pela Igreja e pelo mundo: só na força do Espírito Santo podemos encontrar o que é recto e depois actuá-lo. E todos os dias começaremos o nosso trabalho invocando o Espírito Santo com a oração da Hora Terceira «Nunc sancte nobis Spiritus». Portanto, neste momento, juntamente convosco, gostaria de meditar um pouco sobre este hino, que abre o trabalho a cada dia, agora no Sínodo, mas também depois na nossa vida quotidiana.
«Nunc sancte nobis Spiritus». Peçamos para que o Pentecostes não seja só um acontecimento do passado, o primeiro início da Igreja, mas seja hoje, aliás agora: «nunc sancte nobis Spiritus». Peçamos que o Senhor realize agora a efusão do seu Espírito e crie novamente a sua Igreja e o mundo. Recordemos que os apóstolos depois da Ascensão não iniciaram - como talvez teria sido normal - a organizar, a criar a Igreja futura. Esperaram a acção de Deus, esperaram o Espírito Santo. Compreenderam que a Igreja não pode ser feita, que não é o produto da nossa organização: a Igreja deve nascer do Espírito Santo. Como o próprio Senhor foi concebido e nasceu do Espírito Santo, assim também a Igreja deve ser sempre concebida e nascer do Espírito Santo. Só com este acto criativo de Deus nós podemos entrar na actividade de Deus, na acção divina e colaborar com Ele. Neste sentido, também todo o nosso trabalho no Sínodo é colaborar com o Espírito Santo, com a força de Deus que nos antecede. E devemos sempre implorar de novo para que se cumpra esta iniciativa divina, na qual nós podemos depois ser colaboradores de Deus e contribuir para que de novo a sua Igreja nasça e cresça.
A segunda estrofe deste hino - «Os, lingua, mens, sensus, vigor, / Confessionem personent: / Flammescat igne caritas, / accendat ardor proximos» - é o coração desta oração. Imploremos a Deus três dons, os dons essenciais do Pentecostes, do Espírito Santo: confessio, caritas, proximos. Confessio: há a língua de fogo que é «racional», doa a palavra justa e faz pensar à superação da Babilónia na festa do Pentecostes. A confusão nascida do egoísmo e da soberba do homem, cujo efeito é não mais poder compreender-se, é superada pela força do Espírito, que une sem uniformizar, que dá unidade na pluralidade: cada um pode entender o outro, inclusive nas diversidades das línguas. Confessio: a palavra, a língua de fogo que o Senhor nos dá, a palavra comum na qual estamos todos unidos, a cidade de Deus, a santa Igreja, na qual toda a riqueza das diversas culturas está presente. Flammescat igne caritas. Esta confissão não é uma teoria mas é vida, é amor. O coração da santa Igreja é o amor, Deus é amor e comunica-se comunicando-nos o amor. E enfim, o próximo. A Igreja nunca é um grupo fechado em si, que vive por si como um dos muitos grupos que existem no mundo, mas se distingue pela universalidade da caridade, da responsabilidade pelo próximo.
Consideremos um por um estes três dons. Confessio: na linguagem da Bíblia e da Igreja antiga esta palavra há dois significados essenciais, que parecem opostos mas que com efeito constituem uma única realidade. Confessio, antes de tudo, é a confissão dos pecados: reconhecer a nossa culpa e conhecer que diante de Deus somos insuficientes, somos culpados, não estamos na recta relação com Ele. Este é o primeiro ponto: conhecer-se a si mesmo na luz de Deus. Só nesta luz podemos conhecer-nos a nós mesmos, podemos entender inclusive quanto mal existe em nós e assim ver quanto deve ser renovado, transformado. Só na luz de Deus conhecemo-nos uns aos outros e vemos realmente toda a realidade.
Parece-me que devemos considerar tudo isto nas nossas análises sobre a reconciliação, a justiça e a paz. São importantes as análises empíricas, é importante que se conheça exactamente a realidade deste mundo. Contudo, estas análises horizontais, feitas com tanta exactidão e competência, são insuficientes. Não indicam os verdadeiros problemas porque não os colocam à luz de Deus. Se não virmos que na raiz está o Mistério de Deus, as coisas do mundo irão mal porque a relação com Deus não é ordenada. E se a primeira relação, aquela de base, não for correcta, todas as outras relações, por mais que possa haver de bem, fundamentalmente não funcionam. Por isso, todas as nossas análises do mundo são insuficientes se não formos até a este ponto, se não considerarmos o mundo na luz de Deus, se não descobrirmos que na raiz das injustiças, da corrupção, está um coração não recto, um fechamento para com Deus e, portanto, uma falsificação da relação essencial que é o fundamento de todas as outras.
Confessio: compreender na luz de Deus as realidades do mundo, a primazia de Deus e, enfim, todo o ser humano e as realidades humanas, que tendem à nossa relação com Deus. E se ela não for correcta, não alcança o ponto desejado por Deus, não entra na sua verdade, também todo o resto não é corrigível porque nascem de novo com todos os vícios que destroem a rede social, a paz no mundo.
Confessio: ver a realidade na luz de Deus, entender que no fundo as nossas realidades dependem da nossa relação com o nosso Criador e Redentor, e assim ir à verdade, à verdade que salva. Santo Agostinho, ao referir-se ao 3º capítulo do Evangelho de São João, definiu o acto da confissão cristã como «realizar a verdade, ir à luz». Só vendo na luz de Deus as nossas culpas, a insuficiência da nossa relação com Ele, caminhamos à luz da verdade. E só a verdade salva. Finalmente, actuamos na verdade: confessar realmente nesta profundidade da luz de Deus é realizar a verdade.
Este é o primeiro significado da palavra confessio, confissão dos pecados, reconhecimento da culpabilidade que resulta da nossa falida relação com Deus. Entretanto um segundo significado de confissão é dar graças a Deus, glorificar Deus, testemunhar Deus. Podemos reconhecer a verdade do nosso ser porque tem a resposta divina. Deus não nos deixou sós com os nossos pecados; até quando a nossa relação com a sua majestade está impedida, Ele não se retira mas vem e pega-nos pela mão. Por conseguinte, confessio é testemunho da bondade de Deus, é evangelização. Poderíamos dizer que a segunda dimensão da palavra confessio é idêntica à evangelização. Vemos isto no dia de Pentecostes, quando São Pedro, no seu discurso, por um lado acusa a culpa das pessoas - matastes o santo e o justo - mas ao mesmo tempo, diz: este Santo ressuscitou e ama-vos, abraça-vos, chama-vos para ser seus no arrependimento e no baptismo, e também na comunhão do seu Corpo. Na luz de Deus, confessar torna-se necessariamente anunciar Deus, evangelizar e desse modo renovar o mundo.
A palavra confessio, contudo, recorda-nos ainda outro elemento. No capítulo 10 da Carta aos Romanos São Paulo interpreta a confissão do capítulo 30 do Deuteronómio. Neste último texto parece que os judeus, entrando na forma definitiva da aliança, na Terra Santa, tenham medo e não possam realmente responder a Deus como deveriam. O Senhor diz-lhes: não tenhais medo, Deus não está longe. Para alcançar Deus não é necessário atravessar um oceano desconhecido, não são necessárias viagens espaciais no céu, coisas complicadas ou impossíveis. Deus não está distante, não está do outro lado do oceano, nesses espaços imensos do universo. Deus está próximo. Está no teu coração e nos teus lábios, com a palavra da Torah, que entra no teu coração e se anuncia nos teus lábios. Deus está em ti e contigo, está próximo.
Na sua interpretação, São Paulo substitui a palavra Torah pela expressão confissão e fé. Diz: realmente Deus está próximo, não são necessárias expedições complicadas para chegar a Ele, nem aventuras espirituais ou materiais. Deus está próximo com a fé, está no teu coração, e com a confissão está nos teus lábios. Está em ti e contigo. Realmente Jesus Cristo com a sua presença dá-nos a palavra da vida. Assim entra, na fé, no nosso coração. Habita no nosso coração e na confissão levamos a realidade do Senhor ao mundo, a este nosso mundo. Este elemento parece-me muito importante: o Deus próximo. As coisas da ciência, da técnica incluem grandes investimentos: as aventuras espirituais e materiais são custosas e difíceis. Mas Deus doa-se gratuitamente. As maiores coisas desta vida - Deus, amor, verdade - são gratuitas. Deus doa-se no nosso coração. Diria que deveríamos com frequência meditar esta gratuidade de Deus: não há necessidade de grandes dons materiais ou intelectuais para estar próximo de Deus. Deus doa-se gratuitamente no seu amor, está em mim no coração e nos lábios. Esta é a coragem, a alegria da nossa vida. Também é a coragem presente neste Sínodo, porque Deus não está distante: está connosco com a palavra da fé. Penso que também esta dualidade é importante: a palavra no coração e nos lábios. Esta profundidade da fé pessoal, que realmente me liga intimamente com Deus, em seguida deve ser confessada: fé e confissão, interioridade na comunhão com Deus e testemunho da fé que se exprime nos meus lábios e se torna tão sensível e presente no mundo. São dois aspectos importantes que estão sempre juntos.
Depois o hino sobre o qual estamos falando indica também os lugares nos quais se encontra a confissão: «os, lingua mens, sensus vigor». Todas as nossas capacidades de pensar, falar, sentir, agir, devem ressoar - o latim usa o verbo «personare» - a palavra de Deus. O nosso ser, em todas as suas dimensões, deveria estar repleto desta palavra, que se torna assim realmente sensível no mundo, que, através da nossa existência, ressoa no mundo: a palavra do Espírito Santo.
E depois, brevemente, outros dois dons. A caridade: é importante que o cristianismo não seja uma soma de ideias, uma filosofia, uma teologia, mas um modo de viver, o cristianismo é caridade, é amor. Só assim tornamo-nos cristãos: se a fé se transformar em caridade, se é caridade. Podemos dizer que também logos e caritas caminham juntos. O nosso Deus é, por um lado, logos - razão eterna. Mas esta razão é também amor, não é fria matemática que constrói o universo, não é um demiurgo: esta razão eterna é fogo, é caridade. Em nós mesmos deveria realizar-se esta unidade de razão e caridade, de fé e caridade. E assim transformados na caridade tornar, como dizem os Padres gregos, divinizados. Diria que no desenvolvimento do mundo este percurso é visto como uma subida, desde as primeiras realidades criadas até à criatura homem Mas esta escada ainda não terminou. O homem deveria ser divinizado e assim realizar-se. A unidade da criatura e do Criador: é este o verdadeiro desenvolvimento, alcançar a graça de Deus nesta abertura. A nossa essência é transformada na caridade. Se falamos deste desenvolvimento, pensamos sempre também nesta última meta, onde Deus quer chegar connosco.
Enfim, o próximo. A caridade não é algo individual, mas universal e concreto. Hoje na Missa proclamámos a página evangélica do bom samaritano, na qual vemos a dúpla realidade da caridade cristã, que é universal e concreta. Este samaritano encontra um judeu que está além dos confins da sua tribo e da sua religião. Mas a caridade é universal e por isso este estrangeiro em todos os sentidos é para ele o próximo. A universalidade abre os limites que fecham o mundo e criam as diversidades e os conflitos. Ao mesmo tempo, o facto de que se deve fazer algo pela universidade não é filosofia mas acção concreta.
Devemos tender para esta unificação de universalidade e solidez, devemos abrir realmente estes confins entre tribos, etnias, religiões à universalidade do amor de Deus. E isto não só na teoria mas nos lugares de vida, com toda a solidez necessária. Rezemos ao Senhor para que nos doe tudo isto, na força do Espírito Santo. No final o hino é glorificação do Deus Trino e Uno e oração de conhecer e crer. Assim o fim regressa ao início. Rezemos a fim de que possamos conhecer, conhecer se torne crer e crer se torne amar, acção. Peçamos ao Senhor a fim de que o Espírito Santo suscite um novo Pentecostes, nos ajude a ser os seus servidores neste momento do mundo. Amém.

[00022-06.05] [RE000] [Texto original: italiano]

SEGUNDA CONGREGAÇÃO GERAL (SEGUNDA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2009, TARDE)

- RELATÓRIO SOBRE AS RELAÇÕES DOS VÁRIOS CONTINENTES COM A ÁFRICA
- RELATÓRIO SOBRE A ECCLESIA IN AFRICA

Às 16h30 de hoje, na presença do Santo Padre, com a recitação da Oração pelo feliz êxito do Sínodo realizou-se a segunda Congregação Geral, com a leitura na Sala, dos Relatórios sobre as relações dos vários continentes com a África e do Relatório sobre a Ecclesia in Africa.

Presidente Delegado de turno S.Em. Card. Francis ARINZE, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CIDADE DO VATICANO).

Na abertura da Congregação Geral o Secretário-Geral comunicou que alguns Padres sinodais estavam ausentes por doença. Além do mais, estava ausente S. E. R. Dom
Michel Christian CARTATÉGUY, S.M.A., Arcebispo de Niamey (NÍGER), comprometido num trabalho de mediação para a reconciliação em colaboração com o Imã da Mesquita de Niamey e o sultão de Agadez, por causa da grave situação política entre o Governo e a Oposição do País, como comunicou o próprio prelado numa carta enviada à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos. O Secretário-Geral comentou que para a Igreja é uma grande consolação que um Bispo de uma diocese de 18 mil católicos possua o prestígio moral, para participar, com o Imã e os demais chefes religiosos, na mediação para a paz no país.
Em seguida foram apresentados os Relatórios sobre as Relações dos Vários Continentes com a África. Após a apresentação do Relatório sobre a Ecclesia in Africa, foi concedido aos Padres Sinodais um tempo livre para as intervenções.

Nesta Congregação Geral, que se concluiu às 19h com a oração do Angelus Domini, estavam presentes 227 Padres.

RELATÓRIO SOBRE AS RELAÇÕES DOS VÁRIOS CONTINENTES COM A ÁFRICA

- S. E. R. Dom Raymundo DAMASCENO ASSIS, Arcebispo de Aparecida, Presidente do "Conselho Episcopal Latinoamericano" (C.E.L.AM.) (BRASIL)
- S. E. R. Dom Wilton Daniel GREGORY, Arcebispo de Atlanta (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA)
- S. E. R. Dom Orlando B. QUEVEDO, O.M.I., Arcebispo de Cotabato, Secretário-Geral da "Federation of Asian Bishops' Conferences" (F.A.B.C.) (FILIPINAS)
- S. E. R. Dom Peter William INGHAM, Bispo de Wollongong, Presidente da "Federation of Catholic Bishops' Conferences of Oceania" (F.C.B.C.O.) (AUSTRÁLIA)
- S. Em. R. Card. Péter ERDŐ, Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (C.C.E.E.) (HUNGRIA)

Publicamos a seguir, as Intervenções sobre os relatórios sobre as relações dos vários Continentes com a África:

- S. E. R. Dom Raymundo DAMASCENO ASSIS, Arcebispo de Aparecida, Presidente do "Conselho Episcopal Latinoamericano" (C.E.L.AM.) (BRASIL)

1. Em primeiro lugar, na qualidade de Presidente do Conselho Episcopal Latino-americano - CELAM, desejo agradecer, em particular, ao Santo Padre Bento XVI pelo convite para participar desta segunda Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a África. Para mim, Bispo Latino-americano, é um privilégio poder compartilhar da caminhada de nossa Igreja, una, santa, católica e apostólica, no continente africano. Quero participar deste Sínodo com muita atenção, abertura e oração.
Desejo expressar, neste momento, a solidariedade do Episcopado e da Igreja Latino-americanos aos queridos irmãos Bispos e à toda Igreja que peregrina no Continente Africano.
Aqui estamos não só para manifestar nossa fraternidade com a Igreja na África, mas também para aprender, pois temos a certeza de que as conclusões desta segunda Assembléia Especial ajudarão também a Igreja na América Latina na missão de reconciliação e na busca de justiça e paz.
2. África e América Latina são continentes muito diferentes entre si, porém é importante saber que temos na América Latina uma população de origem africana mais numerosa do que a população de nossos próprios povos originários, os indígenas. Também nos une - na cruz - o fato de que em ambos os continentes temos um alto índice de nossa população vivendo em situação de pobreza, e necessitada de bens e serviços para a sobrevivência básica: alimentação, habitação, educação e saúde.
No âmbito político e institucional, em muitos de nossos países não há uma democracia, suficientemente enraizada na cultura do povo e, por isso, ela ainda não esta fortemente consolidada. As necessidades básicas e urgentes de grande parte de nossos povos, não solucionadas, provocam o surgimento de aventuras políticas, com promessas populistas, que iludem, mas não resolvem os problemas estruturais da população.
Ainda no campo político, a situação se agrava pela corrupção frequentemente noticiada e denunciada por diversos órgãos da grande mídia, fenômeno este, que leva a população, em especial, a juventude, ao conformismo e à descrença em relação à política como arte de promover o bem comum.
3. A nova consciência mundial do pluralismo cultural despertou uma nova atenção e representação na América Latina de nossos povos originários e afro-descendentes. Isto marca um esforço especial de evangelização e inculturação importante. No Documento da V Conferência Geral, realizada em Aparecida, no ano de 2007, podemos ler:
"Os indígenas e afro-americanos emergem agora na sociedade e na Igreja. Este é um "kairós" para aprofundar o encontro da Igreja com esses setores humanos que reivindicam o reconhecimento pleno de seus direitos individuais e coletivos, serem levados em consideração na catolicidade com sua cosmovisão, seus valores e suas identidades particulares, para viverem um novo Pentecostes eclesial." (DA 91)
A Igreja na América Latina não passou por rupturas tão grandes e dramáticas como a Igreja da África negra. Por isso, na América Latina houve uma experiência mais contínua da Igreja, ainda que, não sem ausência de sofrimentos e falhas e, por isso mesmo, ela possui uma múltipla e rica experiência. Hoje, temos uma experiência pastoral mais estável, cuja riqueza se expressou nos últimos 50 anos em nossas cinco Conferências Gerais - de natureza diferente dos Sínodos - e hoje, na grande Missão Continental que tem como objetivo colocar a Igreja na América Latina em estado permanente de missão. Os Documentos dessas cinco Conferências Gerais sempre deram uma atenção especial aos camponeses, indígenas e afro-americanos, entre as diversas prioridades pastorais.
4. Desejo sugerir nesta intervenção alguns pontos que poderiam ser tema de diálogo sobre um possível intercâmbio fraterno entre a Igreja dos dois continentes. Em âmbito episcopal, podemos compartilhar com a África a grande riqueza que significou os 54 anos de vida do organismo episcopal que represento, o Conselho Episcopal Latino Americano - CELAM, como instrumento de comunhão episcopal e de serviços mútuos dentro do nosso Episcopado. Poder-se-ia, com o incentivo da Santa Sé, ser convidados bispos da Igreja católica presentes em ambos os continentes, para a troca de experiência colegial, pastoral e organizacional, que possam enriquecer a missão da Igreja. Poderia ser ampliada também a experiência já existente de dioceses e congregações religiosas que enviam missionários à Igreja na África
Em âmbito dos seminaristas e sacerdotes, também penso que seria possível e mutuamente enriquecedor, oferecer seminários para a primeira formação sacerdotal em algumas das Igrejas particulares na América Latina, com maiores recursos. Seria uma ocasião para, entre outras vantagens, aprender um outro idioma que serviria para fomentar o intercâmbio e a comunhão entre dois continentes de grande presença católica.
Da parte do CELAM, também, poderíamos acolher com a aprovação da Santa Sé, nos Institutos Pastoral e Bíblico, existentes no CELAM, em Bogotá, sacerdotes, consagrados, ou leigos agentes de pastoral, para cursos de formação.
5. Renovo minha gratidão ao Santo Padre e aos queridos irmãos Bispos da Africa por ter sido convidado para participar deste kairós, tempo de graça e de conversão que é a II Assembléia Especial dos Bispos para a África. Que Nossa Senhora de Guadalupe, Rainha e Padroeira da América, nos acompanhe durante esta Assembléia Especial e ajude, com sua proteção materna, a Igreja na África encontrar com a participação da sociedade, caminhos próprios de reconciliação, justiça e paz.

[00019-06.04] [IN000] [Texto original: português]

- S. E. R. Dom Wilton Daniel GREGORY, Arcebispo de Atlanta (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA)

Aproveito esta oportunidade para resumir a importância que este segundo Sínodo para África tem para a Igreja nos Estados Unidos da América. Nós, os americanos, nos encontramos cada vez mais envolvidos nas questões e nos eventos que dizem resepito ao continente africano. Nós, como os povos de todas as partes do mundo, sentimos de modo cada vez mais intenso o impacto da intensificação do carácter global do nosso mundo.
Antes de tudo, louvamos a Deus Todo-Poderoso pelo dom da fé que úne a Igreja dos Estados Unidos a todas as demais Igrejas do mundo. Nossa comunidade católica beneficiou-se ao longo das gerações passadas de um número cada vez maior de clérigos e religiosos provenientes do grande continente africano que actualmente estão a serviço dos católicos de toda a nossa nação, e o fazem de modo generoso e zeloso. Graças à sua presença conhecemos a profunda fé e a generosidade da Igreja na África.
A Igreja nos Estados Unidos também está profundamente agradecida pela oportunidade de ajudar às Igrejas locais da África através do Serviço Católico de Ajuda, e das muitas e variadas atividades missionárias de cooperação mantidas graças ao coração generoso da nossa gente e que frequentemente unem dioceses com dioceses e paróquias com paróquias na oração recíproca, na ajuda financeira e nos contactos pessoais. Sinto-me feliz e orgulhoso de poder informar que as agências da Conferência Episcopal dos Estados Unidos há muito tempo trabalham juntas com as Conferências Episcopais e as associações de conferências episcopais no continente africano, na busca da paz e da justiça. São esses sinais positivosque mostram como a Igreja no meu país e a Igreja nos países da África se comprometreram uma com a outra no trabalho de evangelização e de assistência social, tornado assim o tema escolhido para este Sínodo “Ao serviço da reconciliação, da justiçã e da paz”, um sinal importante de como a Igreja nos Estados Unidos e a Igreja na África estejam unidas na fé e na caridadade.
Sabemos também que podemos dizer, simplesmente, segundo as palavras do Evangelho de Lucas, que “fizemos o que devíamos fazer”(Lc 17,10b). Reconhecemos que o maior recurso que a Igreja possui na África é a sua gente. A Igreja nos Estados Unidos segue beneficiando-se de pessoas africanas que chegaram recentemente como visitantes e que hoje são residentes em nossas terras. Esses recém-chegados não chegaram, como antigamente, amarrados em correntes como mercadoria humana, mas sim como trabalhadores qualificados, homens de negócios profissionalmente formados, e estudantes ansiosos por uma nova vida numa terra cheia de promessas. Muitas dessas pessoas trouxeram consigo uma profunda e dinámica fé católica, que supõe uma rica herança espiritual. Esta gente maravillosa nos desafía a redescobrir nossas tradições espirituais, que frequentemente deixamos de lado por causa da influência de nossas atividades seculares.

Minha nação fez extraordinários e abençoados progressos na sua luta pela reconciliação racial e pela justiça, ainda não conseguimos atingir a perfeição que o Evangelho pede à humanidade. Também necessitamos conseguir a reconciliação, a justiça e a paz na nossa terra, como o Dr. Martin Luther King Jr. escreveu quando se encontrava na prisão de Birmingham, Alabama, parafraseando o Profeta Amós e no qual vemos a realização última do nosso potencial: “Que o direito corra como água e a justiça como um rio caudaloso!”(Am. 5,24).
A grande terra da África possui muitos outros recursos que o mundo de hoje cobiça e que muitas vezes deseja com impresionante avidez e frequente violência.
Vossos recursos são uma benção para este planeta e podem ser usados para levar não só a prosperidade aos povos da África, mas também dar um sentido de unidade da Terra e a da interconcexão que os povos de todas as partes têm quando usam sabiamente os recursos naturais que Deus colocou nas nossas mãos como um patrimônio comum.
Estou profundamente agradecido ao Santo Padre por ter me convidado a este intercâmbio com os meus irmãos Bispos do continente africano, para aprender de suas esperanças lutas, e sonhos e para compartilhar com eles o profundo afecto e o respeito da Igreja presente nos Estados Unidos da América.

[00020-06.06] [IN000] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Orlando B. QUEVEDO, O.M.I., Arcebispo de Cotabato, Secretário-Geral da "Federation of Asian Bishops' Conferences" (F.A.B.C.) (FILIPINAS)

“Ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz” - o tema da segunda Assembleia Especial para a África reflecte profundamente as aspirações da Igreja na África.
Não obstante as grandes diferenças, a Igreja na Ásia e a Igreja na África possuem admiráveis semelhanças. Enquanto na época dos apóstolos, o Cristianismo abriu caminho no Egipto e no Norte da África graças à obra de São Marcos Evangelista, muitos cristãos na Índia remontam as suas origens ao apóstolo São Mateus. Mas no seu conjunto, a Igreja na África é tão jovem quanto a Igreja na Ásia. Em muitos países dos dois continentes, o Cristianismo foi introduzido por missionários estrangeiros durante o período das colonizações. Nos séculos XIX e XX, verificou-se um sucessivo impulso missionário.
A riqueza de culturas, os muitos valores familiares tradicionais autenticamente humanos, as milhares de línguas, os intercâmbios entre cristãos, muçulmanos e religiões tradicionais africanas - são todas realidades importantes, muito parecidas, quer na África quer na Ásia. Ambos são continentes de pobres e de jovens.
As duas exortações pós-sinodais do saudoso Papa João Paulo II, Ecclesia in África (1995) e Ecclesia in Ásia (1998) possuem admiráveis semelhanças. Em relação aos desafios pastorais de hoje, notamos, por exemplo: os imperativos da inculturação e do diálogo inter-religioso, a promoção de uma emergente globalização relativista e da cultura materialista pelos meios de comunicação social, o impacto negativo da globalização económica na pobreza, o declínio dos valores morais na vida social, económica e política, e as constantes ameaças contra a verdadeira natureza do matrimónio e da família, as várias faces de injustiça e violentos conflitos que perturbam a harmonia das sociedades africana e asiática.
A Igreja na África e a Igreja na Ásia estão a formular semelhantes questões de profunda importância: O que somos como uma comunidade de discípulos, como Igreja? Como podemos ser testemunhas críveis do Senhor Jesus e do Seu Evangelho? Como poderíamos responder aos mais complexos desafios pastorais que nos confrontam na nossa missão de proclamar Jesus como Senhor e Salvador?
Na minha opinião, a Igreja na África está explorando as implicações teológicas e pastorais da Igreja como Família de Deus. Nós, na Ásia, guiados pela Sagrada Escritura e pelo Magistério vivo da Igreja, acreditamos que fomos conduzidos pelo Espírito Santo a estudar, no contexto asiático, a teologia da Igreja enquanto Comunhão e humilde Servidores do Evangelho e dos povos asiáticos. Esta óptica teológica abriu a opção pastoral da renovação radical em andamento na Igreja na Ásia, uma opção mais do ser que do fazer. De facto, compreendemos que as acções devem vir do coração de uma Igreja que é renovada no Mistério Pascal de Jesus nosso Senhor.
Portanto, nos 35 anos de fecunda existência a Federação das Conferências dos Bispos da Ásia promoveu uma renovação da Igreja no continente: na direcção de uma profunda interioridade espiritual; na direcção do diálogo com as culturas asiáticas, com as antigas tradições religiosas e filosóficas da Ásia, e com os povos asiáticos, especialmente com os pobres; na direcção do autêntico discipulado; na direcção de uma renovação do laicado para uma liderança na transformação social; na direcção de um renovado sentido de missão ad gentes; na direcção da renovação da família asiática como o ponto focal da evangelização; e na direcção de um viver crível da Eucaristia nas realidades da Ásia.
Esta renovação fundamentalmente é um chamado de Deus que é Amor (Deus caritas est), e que oferece esperança e salvação (Spe salvi), impulsionando-nos a amar a verdade (Caritas in Veritate).
No que se refere ao amar na verdade, a Igreja na África e a Igreja na Ásia conhecem experiências semelhantes de dor e alegria. A dor - devido a muitas forças de uma cultura de morte - quer a Ecclesia in Africa quer a Ecclesia in Asia tratam com profunda preocupação, o aumento da pobreza e a marginalização dos nossos povos, os ataques contínuos contra o matrimónio e a família tradicional, as injustiças em relação às mulheres e crianças, a nossa propensão a favorecer as armas de destruição em detrimento ao desenvolvimento integral, a nossa incapacidade de competir com os poderosos em uma ordem económica global que não é guiada por normas jurídicas e morais, a intolerância religiosa em vez de um diálogo da razão e da fé, o governo da avidez e não do governo da lei na vida pública, as divisões e o conflito no lugar da paz, e o aviltamento da ecologia humana e natural. Além disso, a frequência de furacões destruidores, de inundações, secas, terremotos e tsunames no continente asiático exige agora a nossa solicitude pastoral colectiva no que diz respeito ao aquecimento global e as mudanças climáticas.
Por outro lado, sentimos uma grande alegria e esperança nos movimentos de justiça e paz, demonstrada pela crescente consciência e participação de jovens e mulheres para a responsabilização e a transformação social, no movimento de numerosos grupos da sociedade civil rumo à integridade na vida pública, ao cuidado e à integridade da criação, na solidariedade das pessoas de boa vontade provenientes de classes sociais e tradições religiosas diversas, a fim de empenhar-se por uma ordem social mais justa, pacífica e fraterna.
O motivo da nossa alegria e esperança é o facto que observamos muitos movimentos positivos dentro da Igreja, nas pequenas comunidades cristãs, entre muitos homens e mulheres na vida religiosa e entre o clero, que possuem todos os valores do Reino de Deus em novos areópagos da evangelização.
Com estes sentimentos de alegria e de esperança no Senhor, exprimo a solidariedade dos membros da Federação das Conferências dos Bispos da Ásia para com todos os participantes da segunda Assembleia Especial para a África. Agradecemos-vos ter acolhido tantos missionários asiáticos, assim como tantos trabalhadores migrantes no vosso amado continente.
Na perspectiva da nossa IX Assembleia plenária da FABC em Manila, permiti-me exprimir a nossa gratidão a Sua Eminência o Cardeal Francis Arinze, Enviado Especial do Santo Padre, e a Sua Eminência o Cardeal Ivan Dias, que enviou Sua Excelência o Arcebispo Robert Sarah como o seu representante pessoal.
De modo especial, em nome da FABC, desejo expressar a nossa mais profunda e afectuosa fidelidade ao nosso amado Santo Padre, Papa Bento XVI. Convidamos-lhe, Vossa Santidade, a visitar a nossa região num futuro próximo. Obrigado.

[00018-06.11] [IN000] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Peter William INGHAM, Bispo de Wollongong, Presidente da "Federation of Catholic Bishops' Conferences of Oceania" (F.C.B.C.O.) (AUSTRÁLIA)

Vossa Santidade Papa Bento XVI, Presidente Delegado, Relator-Geral, Secretário-Geral, Arcebispo Eterovic, irmãos e irmãs deste Sínodo.
Na qualidade de Presidente da Federação das Conferências Episcopais da Oceânia (FCBCO), saúdo-vos e formulo votos em nome das Igrejas locais das nossas 4 Conferências Episcopais, ou seja, da Conferência Episcopal da Austrália, da Conferência Episcopal da Nova Zelândia, da Conferência Episcopal de Papua-Nova Guiné, e das Ilhas Salomão e a vasta Conferência Episcopal do Pacífico que se estende de Guam, Ilhas Marianas, Vanuatu, Fiji, Tonga, Samoa, Kiribati, Ilhas Cook até ao Taiti, e muitos outros arquipélagos.
Gostaria de expressar a nossa comunhão, como Federação das Conferências Episcopais, ao Bispo de Roma e à Igreja Universal e a nossa solidariedade com a Igreja presente em vários países da África.
Todos os países da Oceânia, e também muitos países da África, foram colonizados por ingleses, franceses e portugueses.
Assim como na África, a Igreja na Oceânia existe graças aos heróicos missionários provenientes principalmente da Irlanda, França, Alemanha e Itália.
A fé na Oceânia tem maravilhosos modelos de mártires e santos, além dos que já foram canonizados e beatificados, mas nenhum lugar se aproxima da gloriosa tradição dos Santos e Mártires que testemunharam a fé na África.
Os objectivos do milénio para o desenvolvimento humano estão longe de serem atingidos na área do Pacífico, chamada Oceânia. E justamente como líderes da Igreja no mundo inteiro, procurando estar próximos aos nossos povos, podemos chegar a uma compreensão mais prática de como a pobreza pode desumanizar completamente o homem, e de como a violência destrói a vida e a dignidade humanas. Como líderes da Igreja, estamos conscientes da injustiça que põe os ricos numa posição privilegiada que discrimina os pobres, como realisticamente descrito na parábola de Lázaro e do homem rico.
Compreendo que as realidades vividas nas nações da África são muito mais ameaçadoras que as enfrentadas pelas comunidades na Oceânia. Gostaria de expressar o meu reconhecimento à generosidade dos católicos de todas as Conferências Episcopais da Oceânia, que por meio da Caritas Oceânia e das Caritas de cada um dos seus países sustenta a paz humanitária e os programas de desenvolvimento da Igreja na África. Da mesma forma, as populações da Oceânia são generosas com a Missão Católica Propaganda Fide.
E ainda temos muito a admirar e aprender convosco, Igreja na África, do testemunho que ofereceis, não obstante as árduas dificuldades. A vossa grande consciência de evangelizar a vossa cultura demonstra que os obstáculos impostos por governos ou por outras crenças apenas intensificam a vossa fé, a vossa esperança e o vosso amor.
Na Oceânia, o terrível flagelo do HIV/SIDA (IL 142) (sobretudo na Papua-Nova Guiné) e a exploração derivante da extracção minerária, evidenciam a missão da Igreja de aplicar o Evangelho de Jesus para reduzir os estigmas da vergonha social, para substituir a violência com pontes de reconciliação, de justiça e de paz (IL 90), para apoiar os governos civis, para falar em nome dos perseguidos e dos sem voz e para fornecer instrução e assistência médica.
Como líderes na fé e pastores da comunidade cristã, graças a Jesus, ao Bom Pastor e à longa e rica tradição de fé e cultura católica, temos uma visão mais ampla da pessoa humana, e graças a Jesus e à nossa tradição de Igreja, uma visão mais vasta da justiça, do amor e da importância das boas relações entre pessoas, tribos e nações; temos uma visão maior da reconciliação, da paz, do zelo e da compaixão. Onde quer que haja crises, injustiça e medo, os rebanhos de fiéis correm às suas igrejas. Isto destaca a necessidade que nós, como líderes da Igreja, nos concentremos no nosso papel de pastores e generosos líderes da esperança. Como cristãos, interessamo-nos pela esperança!
As temperaturas e as águas dos oceanos estão a aumentar, e serão sempre os mais pobres e mais vulneráveis a sofrer de modo desproporcional, assim como já o fazem por causas como a penúria, as inundações e as colheitas escassas, que podem gerar motivos de conflito e de migrações de massa de refugiados e deslocados. Tanto na Oceânia quanto na África, muito foi realizado pela Igreja e pelas suas agências para ajudar as pessoas a restabelecer o equilíbrio das próprias comunidades e para limitar os riscos causados pelas calamidades naturais. Peço-vos orações por Samoa e Tonga, flageladas depois do recente terremoto e do tsunami.
A Austrália reiniciou a colaborar com a África, principalmente nas indústrias minerárias (IL 51).
Como bem sabeis, a África é um continente rico de recursos naturais. E nós gostaríamos que os mineiros australianos fossem responsáveis pelas comunidades em que trabalham. As minas não devem contribuir para a instabilidade e o conflito; devem ser consideradas quer do ponto de vista do dividendo económico, quer do dividendo de paz! Um católico praticante que conheço bem é director de uma grande indústria minerária australiana e viaja muito. Ele garante-me que os objectivos da sua companhia são eticamente sustentáveis. Afirma que a sua intenção é criar uma dupla situação de vantagem: benefícios tangíveis para a sua companhia e para as comunidades africanas que trabalham para ela. Muitos dentre vós estais comprometidos com este diálogo e nós devemos estar ao vosso lado.
A instabilidade política e os conflitos do Pacífico (por exemplo nas Ilhas Fiji, Salomão, Papua-Nova Guiné) não são comparáveis aos dos países africanos mas, ao identificar o papel da Igreja como o Corpo de Cristo no organismo que cria pontes de paz e de reconciliação, podemos aprender dos vossos líderes da Igreja africana. Vossos sucessos como Igreja que promove esforços de paz e reconciliação na África foram muito úteis para a Igreja do mundo (IL 108).
Actualmente, estamos a acolher na Austrália e na Nova Zelândia, muitos africanos que iniciaram uma nova vida após os conflitos tribais, as violências e os regimes autoritários. Esses refugiados provêm do Sudão, do Chifre da África, e em menor escala, dos Grandes Lagos. Outros africanos vieram desta parte do mundo para estudar, e outros ainda, para trabalhar como sacerdotes ou religiosos. A minha diocese, e também outras, hoje estão a esforçar-se para recepcionar candidatos ao sacerdócio de países africanos.
Na Austrália, nossa comunidade é bastante pluricultural, com 60% representada por imigrantes e refugiados, e seus filhos. Desde a II Guerra Mundial, isto tem enriquecido e significado um desafio para a nosso país. O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado na Austrália no final de Agosto, ressalta a rica variedade cultural que migrantes e refugiados trouxeram ao nosso país, e ajuda o nosso povo a “acolher o estrangeiro” (cfr Hb 11, 13), a fim de que migrantes e refugiados da África ou de qualquer parte do mundo possam integrar-se plenamente na nossa comunidade australiana.
Congratulo-me por vossas intervenções durante este Sínodo, e espero aprender juntamente convosco e de vós.

5 de Outubro de 2009

[00017-06.05] [IN000] [Texto original: inglês]

- S. Em. R. Card. Péter ERDŐ, Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (C.C.E.E.) (HUNGRIA)

1. Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo (Mt 5,13.14) - estas palavras do Senhor referem-se a todos os cristãos, mas, nesse momento da história da humanidade, de modo especial, dirigem-se a Vós, queridos Irmãos e Irmãs na África. Durante a preparação desta assembleia especial, foi-se reforçando a distinção deste encontro sinodal: “a Igreja na África, ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz”.
2. A todos vós, trago a saudação mais cordial e a mensagem de grande proximidade dos bispos europeus, que - representados pelo presidente de todas as Conferências Episcopais - se encontraram nos últimos dias, em Paris. Analisamos o trabalho comum, bem consolidado com os bispos africanos no âmbito dos programas comuns do Conselho das Conferências Episcopais da Europa e da SECAM. Em diversas cidades africanas e europeias, esse trabalho conjunto abordou temas como a migração, a escravidão e outros problemas humanos e cristãos. Como bem sabeis, a Europa também é uma terra banhada pelo sangue. Depois da queda do Muro de Berlim, quando seus habitantes, principalmente os católicos da parte ocidental e da oriental do nosso continente, encontraram-se livremente, entenderam a complexidade da nossa história comum. Os povos do Leste europeu, principalmente, sentiam que haviam sido frequentemente colonizados e explorados, na história. Até aos primeiros séculos da época moderna, cristãos habitantes de aldeias do sudeste europeu eram vendidos em mercados de escravos do Oriente.
3. A história recente da Europa também deixou muitas feridas, ainda hoje não completamente cicatrizadas. Após a II Guerra Mundial, conflito que causou o maior número de vítimas de toda a humanidade, os povos do Ocidente, como alemães e franceses, ajudados por grandes católicos como Schumann, Adenauer e De Gasperi, encontraram o caminho da convivência pacífica e da mais profunda reconciliação. Hoje, é o momento das regiões central e oriental da Europa buscarem a reconciliação dos corações, a purificação da memória e a fraternidade construtiva. Assim, quase sempre são os bispos católicos a manifestarem primeiramente sinais de reconciliação, como o fizeram, antes de todos, os bispos alemães e poloneses, num grande gesto de reconciliação inicialmente não compreendido por muitos sectores das suas sociedades. Grandes eclesiásticos e teólogos daqueles tempos, como especialmente, Joseph Ratzinger, utilizaram palavras apaixonadas para defender aquele acto profético. Nos últimos anos, realizaram-se actos semelhantes de reconciliação e fraternidade entre bispos da Polónia e Ucrânia, Eslováquia e Hungria, e outros. Os meios de comunicação não dão muito destaque a tais eventos. Talvez haja sectores que fomentam tensões e hostilidades entre povos, grupos étnicos ou até mesmo religiões, em busca de vantagens políticas e económicas. “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”, como escreve São João (1,5). Cristo é a luz do mundo. Ele ilumina também as trevas da história humana, e nenhuma escuridão, nenhum ódio, nenhum mal pode vencê-lo. Nele está a nossa esperança. Mesmo que a voz da Igreja e o testemunho de todos os cristãos parecem enfraquecidos; mesmo que não apareça nas primeiras páginas dos grandes meios de comunicação, esta voz subtil é mais forte que todo o ruído, a mentira, a propaganda ou a manipulação. Somos testemunhas da força dos mártires. Agora, começam a ser beatificadas e canonizadas as testemunhas do Cordeiro, mortas por sua fé, no século XX. Vieram da grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as cândidas no Sangue do Cordeiro” (Ap 7,14). Durante as longas perseguições, sua memória foi dissimulada pelo silêncio, mas mesmo assim, permaneceu viva no coração da comunidade dos fiéis. Agora, abrimos as fossas. É comovedor ver o que resta dos corpos dos mártires. Cada trasladação dos seus despojos emociona a alma dos participantes dessas cerimónias. A grande tensão entre a extrema fragilidade de um ser humano que foi assassinado e a força sublime desta mesma pessoa, iluminada pela glória dos mártires, oferece um impulso espiritual muito forte às nossas comunidades.
Queridos Irmãos! Nós, católicos da Europa, aprendemos da nossa história a acompanhar com atenção também a sorte dos cristãos africanos, e aprendemos também a estimar a Vossa fidelidade, o Vosso testemunho, e os mártires africanos que doam as suas vidas - ano após ano, em número preocupante - por Cristo e por Sua Igreja, assim como por nós. A Igreja na África mereceu a nossa gratidão e o nosso profundo apreço.
4. O Servo de Deus João Paulo II ensinou-nos, com força e lucidez, a divina misericórdia. Os círculos do mal, que por vezes parecem diabólicos, entristecem e podem levar as sociedades ao desespero, tecendo estruturas de ódio, de violência, de vingança e de injustiça entre grupos étnicos, povos ou classes sociais, não poderiam ser superados exclusivamente com as forças humanas, se não existisse a divina misericórdia, que nos orienta a seguir o mandamento de Cristo: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Se o nosso Senhor nos ordenou, esta ordem também garante a possibilidade de realizá-la. É ele que nos dará a força de sermos misericordiosos e rompermos todas as estruturas do mal.
5. Estamos certos de que o intercâmbio de dons não é um programa válido só entre o Leste e o Oeste europeus. Ele é necessário também entre os fiéis e entre as Igrejas particulares a nível continental e universal. A possibilidade da solidariedade e da determinação de não esquecer os irmãos mais carentes, até mesmo em tempos de crise, é firme entre os católicos da Europa. Ao mesmo tempo, desejamos estudar melhor as Vossas experiências litúrgicas, catequéticas, a dinâmica das vocações sacerdotais, as possibilidades de construir juntos a Igreja de Cristo na Europa, na África e em todos os lugares no mundo.
6. Certamente não nos iludimos: muitas vezes, as grandes forças económicas e políticas do mundo, não agem segundo a lógica da caridade e da justiça, e por vezes, parecem ignorar também a verdadeira realidade, a natureza das coisas e do ser humano. Além disso, a dignidade humana não depende da nossa eficiência, não é proporcionada ao sucesso desse mundo. Todo ser humano, como tal, possui a mesma dignidade inalienável, pois é criado à imagem e semelhança de Deus. A dignidade humana não é incompatível com o sofrimento. Seria falsa uma ideologia que afirmasse que para salvar a nossa dignidade, seria melhor morrer que sofrer. Este era o pensamento da antiguidade greco-romana, ainda não iluminada pela luz do Evangelho. O exemplo de Cristo nos ensina que o máximo sofrimento pode ser o momento de máxima dignidade e glória. Depois que o traidor deixou o Cenáculo, Jesus disse: “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve” (Jo 13,31-32).
Enquanto no momento actual, muitos, em nosso mundo, não escutam a voz do Criador e não se abrem para aceitar a verdade e praticar a caridade, a natureza da realidade criada permanece como é. Todavia, a justiça e a misericórdia divina assumem valor no funcionamento do mundo e no andamento da história. Logo, queridos Irmãos, asseguramo-vos nossas orações e nossa solidariedade para que possais encontrar os caminhos para promover a reconciliação, a justiça e a paz, e que sejais também um conforto para nós, com as Vossas experiências, a Vossa fé e o Vosso testemunho.

[00021-06.06] [RC000] [Texto original: italiano]

RELATÓRIO SOBRE A ECCLESIA IN AFRICA

- S. E. R. Dom
Laurent MONSENGWO PASINYA, Arcebispo de Kinshasa (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

Publicamos a seguir, a Intervenção sobre a
Ecclesia in Africa:

- S. E. R. Dom
Laurent MONSENGWO PASINYA, Arcebispo de Kinshasa (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

Introdução

No dia 10 de Abril de 1994, durante uma colorida liturgia pontifícia, Sua Santidade o Papa João Paulo II de venerada memória, circundado por 35 cardeais, 1 patriarca, 39 arcebispos, 146 bispos e 90 sacerdotes, inaugurou solenemente a Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, “a fim de promover a solidariedade pastoral orgânica em todo o território Africano e ilhas adjacentes”. [1] “A África na diversidade dos seus ritos, estava ali, mostrando sua alegria, exprimindo a sua fé na vida, ao som de tambores e de outros instrumentos musicais africanos.” [2]
Naquela ocasião, a África entendeu que, por um lado, é parte integrante da história da salvação, de Abraão a Jesus Cristo [3] e que, por outro lado, segundo as palavras de Paulo VI, é a “nova pátria de Cristo” ,[4] “terra amada do Pai Eterno”.[5]
Durante um mês (10 de Abril - 8 de Maio de 1994), a Assembleia sinodal olharia a África directamente nos olhos, para a melhor compreender e medir a profundidade das suas tragédias e feridas (genocídios, guerras e conflitos armados, movimentos migratórios ...), como também os seus esforços de renascimento, de democracia de defesa dos direitos humanos, e os exemplos luminosos de caridade até o martírio.
Ao longo dos seus vários encontros, a Assembleia do Sínodo - e com ela a Igreja - experimentaria e viveria na própria carne os sofrimentos dos povos da África, como se o Senhor quisesse associá-los ao Sínodo: o Papa João Paulo II e alguns Padres sinodais no hospital, o assassinato de um arcebispo e três bispos em Kabgayi, o massacre de sacerdotes, religiosos/as e fiéis leigos, profanação de igrejas ...
Na conclusão dos debates e deliberações dos Padres sinodais, a África (mais do que nunca) apareceu como aquele homem da parábola evangélica, que descia de Jerusalém para Jericó e que os bandidos haviam deixado quase morto ao lado da estrada (cf. Lc 10,30 ). De facto, como aquele homem, a África aguardava a passagem do Bom Samaritano que é Jesus Cristo.
Por isso, os Padres sinodais quiseram que o Sínodo fosse um “Sínodo de Ressurreição”, um “Sínodo de esperança e de consolação para a África: “Cristo, nossa esperança está vivo, nós viveremos!”.[6]
Efectivamente, não é suficiente constatar e avaliar a dimensão dos dramas na África; é preciso também propor soluções e remédios, orientações e opções pastorais capazes de dar nova vida e novo ânimo à vida da Igreja e de dos os povos da África. Foi justamente por isso que os Padres sinodais assumiram o compromisso solene de continuar sem parar a missão evangelizadora da Igreja nas suas cinco dimensões, que são: a evangelização, a inculturação, o diálogo, a justiça e a paz, os meios de comunicação social. E para a implementação desta missão, a Assembleia sinodal escolheu a ideia-chave de Igreja-família de Deus. “ A nova evangelização visará, portanto, edificar a Igreja-família, excluindo todo o etnocentrismo e todo o particularismo excessivo, promovendo a reconciliação e uma verdadeira comunicação entre as diferentes etnias, favorecendo a solidariedade e a partilha no que diz respeito aos aspectos pessoais e aos recursos das Igrejas particulares, sem considerações impróprias de tipo étnico. [7]Graças à bondade e à fidelidade do Santo Padre, as ideias fundamentais, as opções, as orientações e as proposições da Assembleia sinodal especial para a África foram, nos seus aspectos essenciais, «codificados” na exortação pós-sinodal Ecclesia in Africa (1995). Convém avaliar, através a recepção da exortação, a incidência teológica e pastoral na Igreja do Sínodo especial para a África.

1. Da 1ª à 2ª Assembleia Especial para a África
1.1. A Primeira Assembleia Especial para a África dos Sínodo dos Bispos criou uma dinâmica sem precedentes não só na vida da Igreja, pelo facto de ser cronologicamente o primeiro sínodo continental, mas também na vida da Igreja Católica na África. Neste último caso, a dinâmica consiste antes que mais nos cinco temas-chave e na sua pertinência para a vida e a evolução da África; em segundo lugar, na ideia-chave de Igreja-família de Deus, sem falar do kairos que esta maneira de ver as coisas da Igreja dá para a solução das situações de guerra e de conflitos que existem na África.

1.2. Crescimento da Igreja Católica na ÁfricaA título ilustrativo, damos algumas estatísticas que demonstram o crescimento da Igreja durante os treze anos que seguiram a Primeira Assembleia Especial para África (1994-2007).

ESTATÍSTICAS ÁFRICA 1994 2007 DIFFERENÇA
Superfície 10.306780 Km² 10.306.780 Km²  
População 705567000 943743000 + 238.176.000
Católicos 102878000 164925000 + 61.047.000
Paróquias 9616 13298 + 3.682
Locais de missão con padres 333 248 - 85
sem padres 72465 70805 - 1.660
outros centros 1720 4655 + 2.935
Total 84134 89006 + 4.872
Padres diocesanos 13596 23154 + 9.558
religiosos 10326 11504 + 1.178
Total 23922 34658 + 10.736

Religiosos leigos

6448 7921 + 1.473

Religiosas

46664 61886 + 15.222
Agentes pastorais Bispos (Arc. + Bisp.) 513 657 144
Padres (cf. supra)      
Religiosos (cf. supra)      
Institutos seculares Homens 35 41 + 6
Mulheres 355 537 + 182
Missionários leigos 1847 3590 + 1.743
Catequistas 299994 399932 + 99.938
Patriarcas 1 1 -
Cardeais 12 14 + 2
Arcebispos 88 99 + 11
Bispos seculares 277 394 +117
Bispos religiosos 117 155 + 38
Arcebispos religiosos 15 25 + 10
Ordenações sacerdotais Padres diocesanos 951 1349 + 398
Padres que deixaram o sacerdócio 29 40 + 11
Padres diocesanos
falecidos
145 217 + 72
Total 1125 1606 + 481
Seminários (Filosofia, Teologia e Maiores) religiosos 541 643 + 102
diocesanos 333 434 + 101
Total 874 1077 + 203
Seminários (Filosofia & Teologia) Seminários 394 505 + 111
Estudantado 152 138 - 14
Total 546 643 + 97
Baptismos > 7 anos 2004099 2302158 + 298.059
< 7 anos 1057685 1102952 + 45.267
Total 3031784 3405110 + 343.326
Casamentos entre católicos 234953 280629  
entre católicos e não católicos 35568 37157 + 1.589
Total 270521 317786 + 47.265
Crismas & Primeiras Comunhões Crismas 1274133 1550282 + 276.149
Primeiras comunhões 1417879 1699237 +281.358
Total 2692012 3249519 + 557.507


Estes dados demonstram a vitalidade e o crescimento da Igreja na África após a realização do Sínodo de 1994. Provavelmente, este evento foi o maior, senão o principal, impulsor de tal crescimento.
Outro dado a ser considerado para apreciar a força da Igreja na África é certamente a criação de novas dioceses: 80 de 1994 a 2009 (além de 5 prefeituras apostólicas), sem contar as 24 dioceses promovidas a arquidioceses e as 6 dioceses in fieri que se completaram. Deste modo, os bispos africanos aumentaram de 428 em 1994 para 528 em 2009, com um crescimento de 23,5% . O incremento foi generalizado, mas alguns países distinguiram-se. Vejamos em ordem alfabética: Benin (+45%), Camarões (+25%), Etiópia/Eritreia (+45%)), Gana (+135%), Quénia (+42%), Nigéria (+43%), Uganda (+15%), República Centro-africana (+50%) e Togo (+75%). Consequentemente, as Conferências episcopais nacionais ou internacionais africanas passaram de 34 em 1994 para 36 em 1998. [8]

Renovação do clero na África após a Assembleia Especial para a África

Dos 190 bispos africanos dos 239 participantes da assembleia sinodal, somente 50 não mudaram a sua situação. Dos 129 membros restantes: 10 foram nomeados Cardeais (8,5%), 36 promovidos ou transferidos (28,5%), 50 tornaram-se eméritos (38,5%) e 57 faleceram (44%). Entretanto, outros participantes do evento sinodal foram nomeados bispos: 2 sacerdotes, 4 peritos, 1 auditor e 3 assistentes da Secretaria Geral.
Em todo o continente africano, 520 bispos, em um total de 528, foram nomeados ou promovidos depois da celebração sinodal. [9] Estes dados dão-nos uma taxa de renovação ainda mais elevada da dos membros da própria Assembleia de cerca de 98% num espaço de tempo muito pequeno (1994-2009).

Novos Bispos na África O primeiro números entre parênteses corresponde ao número dos bispos nomeados ou promovidos depois do fim da Segunda Assembleia Especial para a África, enquanto o segundo indica o número total das dioceses do país. As dioceses recentemente criadas estão indicadas pelo número que segue o que está entre parênteses.
- África Meridional : (22/29) + 1
- África do Norte: (9/10)
- Angola e São Tomé (24/18) + 4
- Benim (13/10) + 3
- Burkina Faso e Níger (14/15) + 4
- Burundi (9/9)
- Camarões (21/26) + 5
- CEDOI (3/6) + 1
- Congo (6/6) + 1
- Congo (Rep. Dem. do ) 53/51
- Costa do Marfim (24/16) + 3
- Egipto (15/15) + 1
- Etiópia e Eritreia (12/13) + 4
- Gabão (6/6) + 2
- Gâmbia e Serra Leoa (3/4)
- Gana (22/19) + 11
- Guiné (4/3)
- Guiné Equatorial (2/3)
- Quénia (29/24) + 7
- Lesoto (2/4)
- Libéria (2/3)
- Madagáscar (26/20) + 3
- Malawi (11/7)
- Mali (4/6)
- Moçambique (9/12) + 1
- Namíbia (2/3)
- Nigéria (47/53) + 16
- Uganda (20/23) + 3
- República Centro-africana (8/9) + 3
- Ruanda (9/9) + 1
- Senegal, Cabo Verde, Mauritânia e Guiné Bissau (10/12) + 3
- Sudão (4/9)
- Tanzânia (24/32)
- Tchad (6/8) + 4
- Togo (7/7) + 3
- Zâmbia (7/10) + 1
- Zimbábue (8/8) + 1

 

Criação das Dioceses

Elevação a Arquidiocese

Elevação a Diocese

1994

9

12

1

1995

17

-

1

1996

4

-

1

1997

5

1

1

1998

5

-

-

1999

5

4

1

2000

9

2

-

2001

6

1

-

2002

2

-

-

2003

4

1

1

2004

2

-

-

2005

1

-

-

2006

2

1

-

2007

4

2

-

2008

2

-

-

2009

2

-

-

Total

79

24

6


1.3. Edições
Entre as iniciativas tomadas para a implementação das decisões da Assembleia Especial para a África, deve-se contar a edição integral o parcial da Exortação pós-sinodal Ecclesia in Africa (EIAF) nas principais línguas utilizadas durante os trabalhos do SCEAM (inglês, francês, português) Estas traduções permitem um melhor conhecimento das directivas e das decisões sinodais, sobretudo graças à realização de sessões pastorais que incluíam os fieis a vários níveis.
1.4. Estruturas pastorais
O SCEAM, assim como as conferências regionais e nacionais, e as dioceses, criaram estruturas pastorais de estudo para a aplicação das directivas e das recomendações do Sínodo para a África. Sobretudo a nível SCEAM, modificaram-se os estatutos e o Regulamento com este objectivo.
1.5. Planos e programas pastorais
A nível continental, regional, diocesano, muitos elaboraram projectos, planos e programas pastorais anuais, trienais e quinquenais segundo o espírito do Sínodo especial para a África. Estes programas encontram-se geralmente nas cartas pastorais, em brochuras ou opúsculos que mostram as referências ao pensamento do Sínodo.

1.6. Dignos de uma menção especial são as duas cartas pastorais das Assembleias plenárias do SCEAM : “ A Igreja na África, uma Igreja-família “ [10] e “ Cristo é a nossa Paz: a Igreja-família de Deus, lugar e sacramento do perdão, de reconciliação e de paz na África”.[11] Enquanto que a primeira carta pastoral é um esforço de inculturação dos autênticos valores familiares da África com relação às realidades eclesiais, a segunda, depois de ter mostrado a diferença e a imbricação da paz dos homens e da que é dada por Cristo e pela Igreja, dá um plano pastoral que visa ajudar a Igreja a assumir um papel mais significativo na busca humana da paz na África. Ter-se-á em consideração esta máxima que se tornou célebre: “O conflito, mesmo latente, começa assim que o direito é violado ou desrespeitado”.[12]

1.7. Sínodos
Desde 1994 e durante os anos seguintes, muitas dioceses e algumas conferências episcopais tiveram reuniões sinodais quer sobre os próprios temas do Sínodo Especial para a África, quer sobre apenas um ou dois temas. O tema geral “Evangelização” foi utilizado muitas vezes para abranger todos os sectores. Uma conferência episcopal organizou de cinco em cinco anos uma sessão pastoral nacional sobre a evangelização.
1.8. Congressos e simpósios
Algumas universidades, faculdades eclesiásticas e associações bíblicas e teológicas organizaram congressos e simpósios quer sobre a evangelização quer sobre o tema-chave da Igreja-família de Deus ou também sobre a missão. Ficaram célebres duas semanas teológicas: a primeira em Kinshasa, organizada pela Faculdade de Teologia Católica de Kinshasa sobre a Igreja-família e a Igreja-fraternidade, em 1995. Nessa ocasião, os estudos demonstraram que desde a Bíblia, nomeadamente 1 Pd 2,17 ; 1 Pd 5,9, à vida monástica e até ao século VIII, a visão da Igreja como família ou fraternidade era usual e comum; a segunda, no ICAO (Abidjan) em 1996, partindo dos sacramentários leoninos (século V), gelasianos (século V) e gregorianos (século VII) e chegando até à reforma litúrgica do Vaticano II sem falar da literatura teológica, concluiu que a concepção da Igreja como família de Deus não é, de facto, outra coisa senão um regresso às origens da fé cristã. A Associação pan-africana dos exegetas católicos (APECA), de uma perspectiva bíblica enriqueceu ao longo de dois congressos (Ouagadougou, 1997 e Abuja, 1999) o debate teológico sobre a Igreja-Família de Deus. O mesmo se pode dizer em relação ao Congresso Missionário Internacional “ Tertio Millennio” (2005) de Kinshasa, onde se constatou que a concepção de Igreja-família é uma importante contribuição africana para a eclesiologia.

1.9. Vocabulário teológico e pastoral
É com alegria que constatamos que a expressão Igreja-família de Deus está cada vez mais presente no vocabulário teológico e pastoral da Igreja na África e em todo o mundo, inclusive no Magistério pontifício.

1.10. Estudos teológicos e catequéticos
Começaram alguns trabalhos de doutoramento e de catequese sobre a Igreja-família de Deus e sobre o pensamento do Sínodo especial para a África.

1.11. Três consequências directas da Assembleia sinodal foram: a implementação da Igreja em África a todos os níveis (continental, nacional, diocesano, paroquial), das comissões Justiça e paz; a criação de faculdades de comunicação social dentro das universidades católicas, o lançamento de redes de televisão e de rádios rurais diocesanas; as comissões formais ou informais de diálogo ecuménico e inter-religioso. Se, por um lado, lamentamos a falta de meios, o facto de não poder ter criado a Rádio continental africano, por outro lado, estamos contentes do papel mais importante que tiveram as comissões Justiça e paz na formação cívica e democrática dos cidadãos e no monitorização das eleições em vários países africanos.

1.12. Temos de lamentar também a falta de entusiasmo antes que mais da Igreja local africana e de outras Igrejas dos países desenvolvidos a propósito dos recursos materiais necessários para a auto-suficiência das dioceses pobres da África, uma melhor organização das colectas para as Obras pontifícias missionárias, a última de S. Pedro e a auto-suficiência das dioceses da África permitirá à África de participar de forma mais generosa no financiamento da missão de Jesus Cristo no mundo e “ de produzir recursos, com o objectivo do auto-financiamento progressivo das nossas Igrejas”. Segundo a mesma lógica, as Igrejas locais devem esforçar-se por assegurar o mais possível o financiamento das estruturas eclesiais que elas criam. Estas disposições são mais necessárias do que as organizações não-governamentais (ONG) que proliferam cada vez mais em África e que recorrem para as suas actividades ao mesmos organismos católicos de entradas que as dioceses e as conferências episcopais.
1.13. Com o objectivo da promoção da justiça e da paz, uma conferência episcopal criou um Instituto da Paz, cujas iniciativas de mediação pela paz são muitas e válidas.

2. Perspectivas da Convocação da segunda Assembleia Especial para a África
2.1. Nos anos sucessivos às sessões da primeira Assembleia Especial para a África, o Conselho pós-Sinodal da Secretaria Geral do Sínodo manteve regularmente uma reunião anual, durante a qual se analisou o quadro sóciopastoral da Igreja na África.

2.2. Na 11ª reunião, realizada nos dias 18 e 19 de Junho de 2003, o Conselho constatou que “a situação geral do continente, já crítica na fase de preparação da Assembleia especial, não havia melhorado, mas ao contrário, piorado. A única diferença derivava do fato que, após a Exortação pós-Sinodal Ecclesia in Africa, a Igreja local dispunha de instrumentos adequados para enfrentar e estudar o problema”.[21]

2.3. Assim, o Conselho começou a elaborar a programação da segunda Assembleia Especial para a África. “A maior parte dos membros concordou que a segunda Assembleia se realizasse depois de 15 anos da primeira, isto é, em 2009, e após 5 anos de preparação, o que permitiria um trabalho de aprofundamento a partir da base: consequentemente, começando em 2004".

2.4. Depois que a primeira Assembleia Sinodal para a África examinou a situação do continente em seu conjunto, o Conselho pós-sinodal considerou que a segunda Assembleia deveria se limitar a una análise [22] mais restrita e de uma urgência especial para o futuro do continente, por exemplo a paz, a justiça e o perdão, no contexto da Igreja-Família de Deus, recorrendo a uma fórmula como “Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão (ou reconciliação)”, ou destacando o papel de fermento que a Igreja desempenha na África: “Igreja-Família de Deus: fermento de um mundo novo”. [23]

2.5. Em 13 de novembro de 2004, dia do 1650º aniversário do nascimento de Santo Agostinho, em uma audiência concedida aos Bispos da Europa (CCEE) e da África (SECAM), Sua Santidade, Papa João Paulo II, aproveitou a ocasião para anunciar sua intenção de convocar a segunda Assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos.

2.6. Sua Santidade, Papa Bento XVI, concretizou essa intenção, anunciando a convocação, no Vaticano, de 4 a 25 de Outubro de 2009, da segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, sobre o tema “A Igreja em África a serviço da reconciliação, da justiça e da paz. Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo (Mt 5, 13-14).


3. Nas pegadas da primeira Assembleia Especial para a África

3.1. A segunda Assembleia Sinodal Especial para a África segue a lógica e o exemplo da primeira Assembleia, de 1994. Com efeito, visto que persistia na África um clima de guerras e conflitos, temia-se que essa situação gerasse uma série de atos de vingança e de violência generalizada. De modo providencial, a primeira Assembleia Sinodal atribuiu à evangelização a missão de edificar a Igreja-Família de Deus, a fim de que as famílias africanas se tornassem Igrejas domésticas e as sociedades africanas, sociedades-família. De um lado, membros de uma mesma família não se matam entre si; de outro, a Igreja-Família de Deus se presta, por sua natureza, ser local e sacramento do perdão, da reconciliação e da paz, assim como nos ensina o Evangelho (Mt 16, 19; 18, 17; Jo 20, 22-23). É necessário também que a própria Igreja se apresente ao mundo como uma comunidade reconciliada, capaz de influenciar a sociedade e conduzi-la a uma mentalidade de perdão, de reconciliação e de paz. Uma segunda assembleia sinodal deveria, portanto, concluir a obra iniciada pela primeira. Esta, de fato, requeria uma segunda, como consequência e complemento.

4. Reconciliados na Igreja-Família de Deus

4.1. O termo “reconciliação” implica a idéia de “cicatrização” e de recomposição de uma rede de relações humanas, rompida por alguma razão. Tal recuperação da harmonia passa, nos vários idiomas, pela idéia fundamental de “mudança” ativa e passiva (allassô), de “agregação” e de reunião” (conciliar, reconciliar. Cfr. Concilium), de “purificação” e de “expiação” (Yôm Kippûr). Na África, a reconciliação comporta também o conceito de recuperar a coesão tribal e familiar, em vista da harmonia e do equilíbrio “total” da linhagem e da colectividade.

4.2. A “reconciliação crist㔠vai mais além, pois pertence à trilogia “amor, perdão, reconciliação” que, por sua vez, implica na gratuidade, como o amor de Deus. Por isso, ela participa do radicalismo evangélico (a nova lei). Assim, o Evangelho pode nos convidar a amar como Deus, ou seja, tanto os nossos amigos como os nossos inimigos, os bons e os maus, “porque deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos” (Mt 5, 44-45). São Paulo acrescenta: “Mas eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, (ou seja, inimigos de Deus), Cristo morreu por nós” (Rm, 5, 8).

4.3. Nesta lógica de gratuidade, o discípulo de Cristo deve deixar sua oferta sobre o altar e reconciliar-se com o seu irmão, antes de retornar a apresentá-la a Deus (Mt 5, 23-24). Em outras palavras, não se pode esperar o perdão de Deus e a reconciliação com ele sem abrir o coração ao amor e estar disposto ao perdão e à reconciliação com o próximo (cfr. Mt 18, 23-35: o devedor cruel).

4.4. Em suma: o perdão e a reconciliação brotam e são oferecidos gratuitamente, sem esperar nada em troca. São desinteressados por natureza, provocam, por si só, um resultado. Com efeito, não se pode colher a motivação de tamanho amor sem que se dê, em troca, um amor proporcional. É toda a espiritualidade de nossa relação filial com Deus nosso Pai.

4.5. Consequentemente, o ideal de reconciliação, de perdão e de amor transcende as forças humanas. Para viver, crescer e se aperfeiçoar, necessita-se da força do Espírito Santo, Espírito de amor derramado em nossos corações (Rm 5,5; 8, 15), por meio da economia sacramental da Igreja:“Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48). A reconciliação perfeita é realizada e vivida na Igreja-Família de Deus, que, por ser sacramento da salvação de Deus, é o local e o instrumento da reconciliação e do perdão.

4.6. À trilogia amor, perdão e reconciliação, outra trilogia está indissoluvelmente relacionada: fraternidade, justiça e verdade. “A sociedade está cada sempre mais globalizada e nos aproxima - diz Bento XVI - mas não faz de nós irmãos. Só a razão é capaz de colher a igualdade entre os homens e estabelecer uma convivência cívica entre eles, mas não consegue criar a fraternidade. Esta tem origem em uma vocação transcendental de Deus Pai, que nos amou antes de tudo, ensinando-nos, por meio de seu Filho, o que é a caridade fraterna”. [24]

4.7. Não há reconciliação senão na verdade: a verdade material dos fatos, a verdade formal das disposições interiores dos corações, quando “a boca fala daquilo que o coração está cheio” (cfr. Lc 6, 45) e a palavra proferida pelos protagonistas é verídica e não mistura o “sim” com o “não”(cfr. Mt5, 37). Somente nestas condições as comissões “Verdade e Reconciliação” podem realizar obras úteis à pacificação dos países em conflito. “Com efeito, a verdade é “logos” que cria “diá-logos” e portanto, comunicação e comunhão. Ajudando os homens a ir além de suas opiniões e sensações objectivas, a verdade lhes permite superar determinações culturais e históricas e a se encontrar na avaliação do valor e da substância das coisas”. [25]

4.8. A reconciliação na mentira não pode ser fonte de paz duradoura, assim como uma reconciliação que ignore os imperativos elementares da justiça. “Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão” - disse João Paulo II em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002. Bento XVI, por sua vez, diz. “A paz, na verdade”.[24]
A reconciliação sem justiça é uma acção que causa frustração e deixa um sabor de incompleto. A reconciliação sem a verdade faz transparecer sempre a impropriedade de um acordo, provoca suspeitas sobre a sinceridade dos interlocutores e compromete a fidelidade da palavra dada.

5. Reconciliados “para a salvação da multidão” (cfr. Gn 45, 7-8; 14-15)

A este respeito, o episódio bíblico de José, vendido por seus irmãos, pode esclarecer o sentido da reconciliação. Com efeito, o caminho de escravidão de José, filho de Jacó, vendido por seus irmãos (Gn 37, 12-38) concluiu-se com a reconciliação com os seus irmãos. José interpretou sua partida para o Egito como obra de Deus, que o enviou antes deles (seus irmãos) para salvar suas vidas, para uma grande libertação (Gn 45, 7); para a “salvação da multidão” (lit: um grande povo) (Gn 50, 20). Este episódio, contextualizado na teologia bíblica do ciclo do Êxodo, parece oferecer-nos uma chave hermenêutica da salvação, suscetível a ajudar-nos a compreender qual é o sentido profundo dos últimos cinco séculos da história humana em geral e da “Rota dos escravos”, em particular. Os quatrocentos e trinta anos de escravidão do povo hebreu no Egito (Ex 12,40) nos impele a interpretar o andamento da geopolítica contemporânea. Ela parece ser a conclusão da “Rota dos escravos” dos séculos XV e XVI, considerada como um plano de Deus “para a salvação da multidão”. Se a eleição de um negro como presidente dos Estados Unidos foi um “sinal divino” e um alerta do Espírito Santo para a reconciliação de raças e etnias, para a pacificação das relações humanas e para que o “intercâmbio de matérias-primas” dê lugar ao “intercâmbio de matéria cinzenta” nas relações norte-sul...! O actual Sínodo e a Igreja universal ganhariam muito não ignorando essa situação fundamental da história contemporânea, longe de ser um banal jogo de alianças políticas.

Conclusão

É preciso reconhecer que o espírito e o dinamismo da primeira Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos deram um novo impulso à vida e à missão da Igreja na África. Além de acolher com entusiasmo a Exortação pós-sinodal Ecclesia in Africa, que foi publicada e apresentada, as Igrejas locais seguiram suas directivas, opções e orientações convocando sínodos diocesanos, regionias ou nacionais, organizando congressos, simpósios ou seminários sobre o tema-chave da Igreja-Família de Deus, e ainda, elaborando projectos, planos e programas pastorais baseados no mesmo tema e publicando cartas pastorais, opúsculos ou livretos de fácil leitura. Tais programas pastorais foram concebidos em todos os níveis, desde o SECAM às dioceses e comissões Justiça e Paz.
A este respeito, a carta pastoral do SECAM intitulada “Cristo é a nossa Paz” (2001) enfrentou de modo mais formal a questão dos conflitos armados e da reconciliação na África, considerando a Igreja-Família de Deus como lugar e sacramento do perdão, da reconciliação e da paz na África. Os temas da reconciliação e da Igreja-Família de Deus abriram o caminho para a segunda Assembleia sinodal, baseada na Igreja em África a serviço da reconciliação, da justiça e da paz... “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
A segunda Assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos é chamada a introduzir a Igreja e a sociedade em África no caminho do perdão, da reconciliação e da paz, graças à justiça na verdade: “reconciliados na Igreja-Família de Deus, para a salvação dos grandes povos”.
“Senhor, mostrai-me os vossos caminhos” (Sal 25(24), 4). “Pedimos-te Senhor, tu que guias as criaturas humanas através dos conflitos deste mundo, para que atendas a vontade de paz do nosso tempo, a fim de que todos os homens possam viver felizes e te louvar pelo amor que tu nos doas” [26]

DOM MONSENGWO PASINYA
Arcebispo de Kinshasa

NOTAS

[1] EA, 5
[2] EA, 6
[3] cfr. Homilia da abertura do Papa João Paulo II
[4] AAS 56, 1964, pp. 907-908
[5] João Paulo II, Homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos em Doc. Cath, 91 (1944) 536
[6] Mensagem, n. 1-2, EA, 13
[7]EA, 63
[8] 1994: 34 + 1 (C.E.D.O.I); 2004: 36 + 1 (C.E.D.O.I) - Namíbia (96) - Libéria (98)
[9] Bispos recém-nomeados ou promovidos (369); transferidos (151) após a primeira Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos.
[10] Documento final da Assembleia plenária do SECAM em Midrand (Joanesburgo), de 21 a 27 Setembro de 1997, publicado em Acra, 1998.
[11] Documento final da Assembleia plenária do SECAM em Rocca di Papa de 1º a 8 de Outubro 2000, publicado em Acra em 2001.
[12] “Christ est notre paix”..., n. 109.
[13] AA, Église-Famille – Église-fraternité. Perspectives post-synodes. Actes de la 20ème Semaine théologique de Kinshasa, Kinshasa, FCK, 1997.
[14] AA., Foi, Culture et évangélisation en Afrique à l’aube du 3ème millénaire. Actes au Colloque spécial post-synode4, Abidjan, RICAO, 14-15, 1996.
[15] AA., L’Église-famille et perspectives bibliques. Actes du 8ème Congrès de l’Association panafricaine des Exégètes catholiques. Mélanges Cardinal P. Zoungrana, Ouagadougou, 19 – 27 juillet 1997; Kinshasa, 1999.
[16] AA., L’Église – famille et perspectives bibliques. Actes du 9ème Congrès de l’Association panafricaine des Exégètes catholiques; Abidjan, 25 – 30 septembre 1999, Kinshasa, 2002.
[17] Tshibangu Th., “L’avenir de l’activité missionnaire” ad Gentes, Perspectives pour le 21ème siècle, Actes du Congrès international de missiologie “Tertio Millennio”, Kinshasa, Médiaspaul, 2005, p.
[18] Cfr João Paulo II, Pastores gregis, n. 59; Bento XVI, Audiências gerais de 7 de Fevereiro de 2007 e de 15 de Outubro de 2008.
[19] Cfr EIAF, n. 104.
[20] Ibid.
[21] Relatório da XI reunião do Conselho pós-sinodal, p. 4, II.
[22] Ibid.
[23] Cfr Relatório ibid, pp. 4-5.
[24] Bento XVI, Carta encíclica Caritas in veritate, n. 19.
[25] Ibid, n. 4
[26] Oração Hora Nona de quinta-feira da segunda semana do tempo comum, ofício francês.

BIBLIOGRAFIA SELECTIVA SOBRE A IGREJA-FAMÍLIA NA ÁFRICA

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52. NEVES Lucas Moreira, Voix des Amériques à l’Assemblée du Synode africain, in Telema (Kinshasa) 22/2 (1996) 6-9.
53. NKAFU NKEMNKIA M., Chiesa d’Africa : Sinodo dei Vescovi, in Filosofia e Teologia (Napoli) 9 (1995) 166-169.
54. NTAKARUTIMANA E., Un Sínodo de los Obispos para África. despues ?, in Misiones Extranjeras (Madrid) 144 (1994) 568-580.
55. ONAIYEKAN J., L’Église dans la Société à la lumière du Synode africain, in Spiritus (Parigi) 35 (1994) 347-354.
56. ONWUBIKO O., The Vatican Venue and its Impact on the African Synod, in Bigard Theological Studies (Enugu) 15 (1995) 5-18.
57. QUENUM A., Comment vivre l’Exhortation apostolique post-synodale Ecclesia in Africa, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest (Abidjan) 13 (1996) 2-10.
58. ROSNER G., Ecclesia in Africa. Gedanken zum apostolischen Screiben Johaness Paul’s II. Nach der Africa-Synode, in Die Katholischen Missionen (Friburgo) 115 (1996) 8-13.
59. SARPONG P. K., Expectations, Outcome and Achievements of the Synod, in AA.VV., The African Synod: Documents, Reflections, Perspectives, Orbis Books. Maryknoll, New York 1996, pp. 220-226.
60. SCHOUVER P., Chronique d’un Synode, in Spiritus (Parigi) 35 (1994) 340-346.
61. SCHOUVER P., Ecclesia in Africa: point de vue d’un missionnaire, in Sedos Bulletin (Roma) 28 (1996) 10-20.
62. TRESOLDI E., II grande albero chiamato Africa. L’Assemblea Speciale del Sinodo dei Vescovi per l’Africa, in La Rivista del Clero Italiano (Milano) 75 (1994) 444-454.
63. VANGHELUWE R., The African Synod: Experiences and Impressions, in Louvain Studies (Lovanio) 2O (1995) 65-72.
64. VERDZEKOV P., Sinodo Africano: a Igreja na Africae sua missao evangelizadora rumo ao ano 2OOO –“Vos Sereis minhas testemunhas”, in Sedoc (Petropolis) 27 (1994) 62-77.

II. EVANGELIZAÇÃO

A. MONOGRAFIAS1. MUNONO MUYEMBE B., Église, évangelisation et promotion humaine. Le discours social des évêques africain. Etudes d’éthique chrétienne, Studien zur theologischen Ethik 63, Edition Universitaire Friburgo, Editions du cerf, Parigi 1995.
2. BRUGGEMAN L., Un projet africain d’évangélisation. Pour un suivi du Synode. L’Église demain 13, Kinshasa 1997.

B. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. AA.VV., Foi, Culture et évangélisation en Afrique à l’aube du Troisième Millénaire, Spécial colloque post-synodal, Abidjan 18-20 avril 1996, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest (Abidjan) 14-15 (1996) 15-222.
2. DINH DUC DAO J., Prospettive missionarie dell’Africa alla luce dell’Esortazione Apostolica Ecclesia in Africa (Unpublished Manuscript), Pont. Missionary Union International Secretariat, (Roma, C.I.A.M.), P.U.U., Roma 1996.
3. MROSO A. J., The Church in Africa and the New Evangelisation. A Theologico-pastoral Study of the Orientation of John Paul II, P. U.G., Roma 1996.
4. MURIUNGI D., Christian Moral Education People in the Teaching of John Paul II: Its Pastoral Application in the Association of Member Episcopal Conference in Eastern Africa, Dissertatio ad lauream in Pontificia Facultate Theologicae, P. U.S.C., Roma 1998.
5. MURAGE B., Evangelization and Inculturation of Marian Devotion Among the Agikuyu of Central Kenya in Nyeri Archdiocese Yesterday and Today, Dissertatio ad laurem in Pontificia Facultate Theologicae Marianum, 62, Roma, 1994.
6. UCHECHUKWU F., Moral Education in Nigeria (Reflections on the African Synod), Dissertatio ad licentiam in Pontificia Facultate Theologicae, P.U.S.C., Roma 1998.

C. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. CIPOLLINI A., Pour une nouvelle évangélisation en Afrique. Introduction à la réflexion sur certaines lignes de force émanant de l’Assemblée sur le Synode Africain et de l’Exhortation Apostolique post-synodale Ecclesia in Africa, in Cahier de réflexion (Mbalmayo) 2 (1996) 5-19.
2. DEFOUR G., Pour une Catéchèse au diapason du synode africain. L’homme en quête de son authenticité comme image de Dieu, in Telema (Kinshasa) 21/3-4 (1995) 67-77.
3. DINH DUC DAO J., Prospettive missionarie dell’Africa alla luce dell’Esortazione Apostolica Ecclesia in Africa, in Catechesi Missionaria (Roma) 12 (1996) 31-36.

III. INCULTURAÇÃO

A. MONOGRAFIAS
1. KABASELE LUMBALA F., Alliance avec le Christ en Afrique. Inculturation des rites religieux au Zaïre, Editions Karthala, Parigi 1994.
2. KABASELE LUMBALA F., Liturgies africaines : l’enjeu culturel, ecclésial et théologique, in Recherche africaine de Théologie 14 , Facultés Catholiques de Kinshasa, Kinshasa 1996 .
3. IGWEGBE OKWUDILI I., Sacramental Theological Thinking in the African Symbolic Universe. Affinities With John Henry Newman, European University Studies, serie 23, theology vol. 525, Peter Lang, Francoforte sul Meno 1995.
4. NDI OKALLA J.-M., Inculturation et conversion. Africains et européens face au Synode des Églises d’Afrique, Editions Karthala, Parigi 1994.
5. SHORTER A., Christianity and the African Imagination. After the African Synod Resources for Inculturation, Paulines Publications Africa, Nairobi 1996.
B. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. ANGOUNOU J.C., Diverses approches africaines du sacrement du mariage à la lumière de la réflexion récente. Excepte ex dissertatione ad Doctoratum in Facultate Theologiae, P.U.G., Roma 1997.
2. CHARLES E.T., From Adaptation to Incarnation : A Study of the theology of Inculturation in the Teaching of the African Catholic Bishops (1969-1994) and Its Implications for Interreligious Dialogue and Human Promotion (Unpublished Doctoral Thesis), PUG, Roma 1996.
3. CHARLES E.T., Inculturating the Gospel in Africa : From Adaptation to Inculturation, P.U.G., Roma 1996.
4. CONFERENZA ITALIANA SUPERIORI MAGGIORI, Ufficio Missionario, Dal Sinodo per l’Africa : come si incultura il Vangelo. La vita consacrata si interroga, Roma 1995.
5. ESSOMBA F. A., Pour une proposition d’un rituel inculturé de mariage pour l’Église qui est au Cameroun. Une étude comparative entre l’OCM de 1991 et le rituel matrimonial de la Conférence épiscopale du Cameroun. Pars dissertationis ad Doctoratum Sacra Liturgiae assequendum in Pontificio Instituto Liturgico, Pont. Athenaeum S. Anselmi de Urbe, Roma 1997.
6. GUIDELINES FOR HEALING MINISTRY in the Catholic Church in Nigeria, Conferenza Episcopale della Nigeria, Segretariato cattolico della Nigeria, Lagos 1997.
7. KABASELE LUMBALA F., Liturgies africaines: l’enjeu culturel, ecclésial et théologique in Recherches africaines de Théologie 14 , Facultés Catholiques de Kinshasa, Kinshasa 1996 .
8. KAHINDI CHARO P. , Family as a Sanctuary of life. With a Special Reference to African Religious Moral Tradition ; Dissertatio ad Licentiam in Pontificia Facultate Theologicae Sanctae Crucis. Roma 1998.
9. KAYONDO R., Towards a Rite of Christian Initiation of Adults for the Ganda in Uganda. A study of the inculturation of Symbols and Symbolisms for Christian Initiation, Dissertatio ad Doctoratum Sacra Liturgiae assequendum in Pont. Inst. Pont. Athenaeum S. Anselmi de Urbe, Roma 1994
10. KITSA BUUNDA D., Le Christ comme sagesse de Dieu dans la pensée négro-africaine. Essai sur les proverbes des bahunde, Extractum ex Dissertatione ad Doctoratum in Facultate Theologica P.U.U., Roma 1998.
11. MASINGANDA A. M., Du discours christologique à l’émergence d’ecclésiologie en contexte négro-africain. Pertinence doctrinale et contextuelle, Excerpta dissertatione ad Doctoratum in Facultae Theologiae PUG, Roma 1996.
12. MOTO D., Vers l’inculturation des rites sacrés bantu pour les diocèses du Shaba (Zaïre). Dissertatio ad Lauream in Theologica, Pontifica Facultas Theologica Theresianum, Roma 1997.
13. MURAGE B., Evangelization and Inculturation of Marian Devotion Among the Agikuyu of Central Kenya in Nyeri Archdiocese Yesterday and Today, Dissertatio ad Laurem in Pontificia Facultate Theologicae Marianum, 62, Roma 1994.
14. NWEKE Benard, Igbo System of Kinship and Family : a Christian Response, dissertation ad doctoratum in Facultate Theologiae, P.U.S.C., Roma 1998.
15. OBORJI F. A., Trends in African Theology Since Vatican II. A Missiological Orientation, dissertation ad doctoratum in Facultate Missiologiae, P.U.U., Roma 1998.
16. OKIKE OHA B., The Need for Mission Through Inculturation and Dialogue in Nigeria, extractum ex dissertatione ad Doctoratum in facultate Missiologiae, P.U.U., Roma 1995.
17. OKUCU L., The “Liturgical Ministry” of the Lay Catechist. A Theological and Liturgical Study of the Ministry of the Lay Catechist with Special Reference to Uganda. Excerpta dissertatione ad Doctoratum Sacrae Liturgiae assequendum in Pontificio Instituto Liturgico, Roma 1997.
18. OSUJI ACHULIKE B., The African Concept of Community : a Basis for the Inculturation of Religious Community Life in the Apostolic Religious Institutes in Africa. Excerpta ex Dissertatione ad Doctoratum in Facultatae Theologiae, P.U.G., Roma 1996.

C. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. ABENG N., La pastorale de la famille – l’inculturation – l’ecclésiologie. Après le Synode des Évêques pour l’Afrique, in Revue Africaine de Théologie (Kinshasa) 18 (1994) 51-64.
2. Assembly for Africa and Inculturation, in Studia Missionalia 44 (1995) 275-285, PUG, Roma.
3. BOKA DI MPASI L., Gli antenati mediatori in Africa ,in La Civiltà Cattolica (Roma) 145 (1994) 348-371
4. BOKA DI MPASI L., Les ancêtres médiateurs, in Telema (Kinshasa) 2 (1995) 61-70.
5. DI SALVATORE G., L’image de l’Église-famille dans l’Exhortation Apostolique Ecclesia in Africa. Eléments de Réflexion sur une application de l’inculturation, in Cahiers de Réflexion (Mbalmayo) 2 (1996) 41-69.
6. GIRAUDO C., Prière eucharistique et inculturation. Jalons pour le Synode d’Afrique et de Madagascar, in Nouvelle Revue Théologique (Namur) 116 (1994) 181-200.
7. GRASSO E., The Process of Inculturation in the Light of the Apostolic Exhortation Ecclesia in Africa, in Omnis Terra (Roma) 29 (1995) 436-442.
8. GRASSO E., II Processo dell’Inculturazione alla luce dell’Esortazione apostolica Ecclesia in Afrique, in Omnis Terra (Roma) 14 (1996) 90-95.
9. GRASSO E., El Proceso de Inculturación a la luz de la Exhortación apostólica Ecclesia in Africa, in Iglesia,Pueblos y Culturas (Quito) 8/39 (1995) 21-34.
10. GRASSO E., Le Processus d’Inculturatión à la lumière de l’Exhortatión apostólique Ecclesia in Africa, in Cahiers de Réflexions (Mbalmayo) 2 (1996) 19-40.
11. GWEMBE E.P., La piété envers les ancêtres dans la religion africaine, in Telema (Kinshasa) 2 (1995) 53-60.
12. INCARNATION (THE) OF CHRIST IN THE AFRICAN FAMILY. The Tanzania Church implements the African Synod, in Catholic international (Baltimora) 8 (1997) 92-93.
13. KABASELE LUMBALA F., Célébration Africaine de l’envoi en mission (rituale), in Revue africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 3 (1996) 187-200.
14. KÜSTER V.,¨…and Foolishness to Gentiles¨. Images of Christ from Africa and Asia, in Mission Studies (Sankt Augustin) 12/23 (1995) 95-112.
15. LAPOINTE E. , African’s Ancestors Veneration and Christian Worship, in Mission (Ottawa) 2 (1995) 253-278.
16. MBUKA C., Chiesa ¨Famiglia di Dio¨ : comunione e dialogo. Elementi di inculturazione, in C.I.S.M., Dal Sinodo per l’Africa: come si incultura il Vangelo, Roma 1995, p.69-75.
17. MEDDI L., Dal Sinodo una spinta all’inculturazione, in Catechesi missionaria (Roma) 12 (1996) 25-30.
18. MIMBU KILOL H., Quels rites et symboles dans les liturgies africaines?, in Revue africaine des Sciences de la mission (Kinshasa) 3 (1996) 87-120.
19. OGUEJIFOR J. O., Ecclesia in Africa and the Truth about Inculturation, in Bigard Theology Studies (Enugu) 17 (1997) 61-70.
20. OKOYE J., African Theology, in MÜLLER K., Dictionary of Mission: Theology, History, Perspective, Orbis Books, Maryknoll, New York 1997, pp.9-1721. OKOYE J., Inculturation and Theology in Africa, in Mission Studies (Amburgo) 14 (1997) 64-83.
22. OWAN KRIS J., The African, the Spirit-world and the Crave for Survival and Success: Post-synodal Reflecions, in Bigard Theological Studies (Enugu) 17 (1997) 23-43.
23. SPIRITUALITY DEPARTMENT, A Search for an Authentic African Christian Spirituality, in African Christian Studies (Nairobi) 10/1 (1994) 38-55.
24. WIJSEN F., All People See the Same Sun. Liturgy in Africa Between Inculturation and Syncretism, in Questions liturgiques (Lovanio) 77/1-2 (1996) 77-95.

IV. IGREJA-FAMÍLIA DE DEUS

A. CONTRIBUTI DELL’APECA E DELLE FACOLTÀ DI TEOLOGIA
1. ATAL, D., La fraternité dans le Nouveau Testament, dans Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.181-198.
2. BITOTO, N., Foi, culture et évangélisation en Afrique à l’aube du 3e millénaire, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.47-60.
3. BUETUBELA, P., Église-Fraternité selon le Nouveau Testament. Enquête exégétique dans les synoptiques et les épitres pauliniennes, in Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.199-209.
4. BUETUBELA, P., “ L’enfant et sa mère” : Signification ecclésiale de la maternité de Marie, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.113-119.
5. DABIRE, J. M., L’Église-Famille de Dieu, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.81-119.
6. DE HAES, R., L’Église comme communion selon Vatican II, in Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 2oa Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.255-264.
7. DIOUF, J. N., La nouvelle naissance dans le Prologue de Saint Jean (Jn 1, 11-13), in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8# congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.99-112.
8. DJITANGAR, E., “ D’Egypte, j’ai appelé mon fils”. Flashes sur Mt 2, 13-23, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.121-126.
9. DUJARIER, M., L’Église-fraternité chez les Pères de l’Église, in Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica de Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.213-221.
10. ESUA, C.F., Biblical Foundations of the Church as Family, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.31-40.
11. GAMBEMBO G., La famille africaine : cellule vitale, in Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.23-29.
12. HOLTER, K., Relating Africa and the Old Testament on the Polygamy Issue, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.61-71.13. KABASELE L., Les ressorts liturgiques du concept “Église-famille”, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.357-364
14. KANYAMACHUMBI, P., La famille traditionnelle africaine: un paradigme socio-politique très précieux, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.43-61
15. KEMDIRIM, P.O., The Role of Women in Luke and the African Image of Mother, in l’Eglise-Famille et perspectives bibliques. Atti del nono Congresso dell’APECA, Kinshasa, Saint Paul, 2002, p.33-42
16. KIBANGA M., La vie familiale comme lieu d’émergence de l’Église-famille, in Église-Famille ; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimama Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.331-341
17. KISIMBA N., L’Église-famille et ministères, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.265-283
18. LUDIONGO N., Les dimensions canoniques de l’Église-famille, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.365-377
19. MALU N., L’identité chrétienne de la famille dans l’Église et dans la société, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimama Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.285-291
20. MANGONI T., La solidarité dans la tradition africaine, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.119-127
21. M’BARGA, J., Église-Famille et défis dans la nouvelle Evangélisation en Afrique, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.151-170
22. MATAND, J. B., La solidarité fraternelle de Jésus avec les croyants. Lecture rhétorico-exégétique de He 2, 5-16, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti del nono Congresso dell’APECA, Kinshasa, Saint Paul, 2002, p.67-88.
23. MATAND, J. B., “ Le Christ est ressuscité d’entre les morts, prémices de ceux qui se sont endormis” (1Co 15, 20). Appartenance au Christ et liens familiaux au village des ancêtres, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.127-150.
24. MBAYA M., La solidarité africaine à l’épreuve du temps, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.63-74.
25. MONSENGWO, L., “ Église-famille et images bibliques de l’Église à l’aube du 3e millénaire”, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.121-138
26. MONSENGWO, L., L’ayant droit dans l’Ecriture. Le cas de Joseph (Gn 37 ; 39-41), in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti del nono Congresso dell’APECA, Kinshasa, Saint Paul, 2002, p.43-56.
27. MONSENGWO, L., L’ayant droit dans l’Ecriture Sainte, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.73-87.
28. MPONGO, L., Les dimensions liturgiques de la famille, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.345-356.
29. MUGARUKA, R., “Église, famille de Dieu” dans le Nouveau Testament. Approche lexicographique, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.161-168.
30. MUKENDI W. M., Famille africaine: cellule de base, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.31-42.
31. MUKENI B., La solidarité dans la tradition africaine. Une approche psychologique, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.109-117.
32. MUKUNA M., Les modèles d’Église du Moyen-âge au Concile Vatican II, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.239-253.
33. NGIMBI B., La famille africaine, lieu d’humanité (valeur et respect de la vie): le dynamisme de la famille Yombe urbaine, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.83-90.
34. NGOY M., Le visage de la famille dans l’Ancien testament, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.131-160.
35. NGUAPITSHI K., Modèle d’Église dans la tradition kimbanguiste, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.323-330.
36. NIMY, B., La famille africaine, lieu d’humanité (valeur et respect de la vie), in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.91-107.
37. NTEDIKA K., L’Église-famille chez les Pères de l’Église, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimama Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.223-237.
38. NWAORU, E.O., Old Testament Perspectives on Bride-Price: Meaning for the African Church as Family, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti del nono Congresso dell’APECA, Kinshasa, Saint Paul, 2002, p.21-32.
39. NYEME Tese, L’Église-famille: une chance pour l’Afrique, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.379-384.
40. ONAIYEKAN, J., The Church: Family of God on Earth, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.41-50.
41. RUHAMANYI, D., “…Il les créa mâle et femelle” (Gn 1, 27b). Vocation communionnelle du couple humain, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.51-60.
42. SANON, A., T., «Articulation entre foi et culture en vue de l’évangélisation”, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.33-46.
43. SANOU, L.K., Les généalogies de Jésus Christ dans le Nouveau Testament, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.89-97.
44. SARAH, R., La fraternité dans l’Ancien Testament, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p. 169-179.
45. SINSIN, B. J., Foi et inculturation en Afrique, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.177- 201.
46. SOME, J. M., L’Église-Famille de Dieu, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.67-80.
47. STANDAERT, B., La première épitre de Pierre ou l’apologie d’une Église humble et joyeuse, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.151-169.
48. TSHUNGU B., La solidarité africaine à l’épreuve du temps, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.75-81.
49. UMEAGUDOSU, M.A., The Legal Role of the Church in the new Testament, in l’Église-Famille et Perspectives Bibliques. Atti dell’8° Congresso dell’APECA. Mélanges Cardinal Paul ZOUNGRANA. Kinshasa, Saint Paul, 1999, p.171-180.
50. UMOREN, A.I., “One Heart and Soul” (Actes 4: 32) : Familiar Unity in the Primitive Church and contemporary African Church, in l’Église-Famille et perspectives bibliques. Atti del nono Congresso dell’APECA, Kinshasa, Saint Paul, 2002, p.57-65.
51. WASWANDI K., L’Église-famille, initiatrice d’une vie nouvelle, in Église-Famille; Église-Fraternité. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di Kinshasa, Kinshasa, F.C.K, 1997, p.295-322.
52. YANOOGO, B., «Église-famille en Afrique : Originalité du concept”, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest, n°14-15 (1996), p.139-150.

B. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. AA.VV., Foi, culture et évangélisation en Afrique à l’aube du troisième Millénaire, Colloquio Speciale post-sinodale, Abidjan 18-20 aprile 1996, in Revue de l’institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest (Abidjan) 14-15 (1996) 15-222.
2. OBORJI F. A., Trends in African Theology Since Vatican II. A Missiological Orientation, dissertatio ad doctoratum in Facultate Missiologiae, P.U.U., Roma 1998.
3. ISRAEL J., The Church as Family: a Theologoical Pastoral Study with Reference to African Synod, dissertatio ad doctoratum in Facultate Thelogiae, P.U.L., Roma 1998.

C. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. AFONSO C., Sinodo africano: a Igreja-familia, in Boa Nova (Cucujäes) 70/801 (1994) 16-18.
2. ARINZE F., Reflecting on Church as Family, Introduzione al Simposio organizzato dalla Associazione dei Sacerdoti e Religiosi nigeriani aa Roma su “The Church as the Family of God”, Collegio San Paolo, Roma 19 Febbraio 1995.
3. BALLONG-WEN-MEWUDA J-B., The Church As Family, Simposio dell’Associazione dei Sacerdoti e Religiosi nigeriani a Roma su “The Church as the Family of God”, Collegio San Paolo, Roma 19 Febbraio 1995.
4. CLERICI L., The Church as Family: African Church communities as Families of Jesus and of God, a Biblical and Ecclesiological Reflection, in African Christian Studies (Nairobi) 11 (1995) 27-45.
5. DI SALVATORE G., L’image de l’Église-famille dans l’Exhortation Apostolique Ecclesia in Africa. Eléments de réflexion sur une application de l’inculturation, in Cahiers de Réflexion (Mbalmayo) 2 (1996) 41-69.
6. EGBULEFU OKORO J., Chiesa –Famiglia per l’Africa, in Mondo e Missione (Milano) 123 (1994) 437-441.
7. EGBULEFU OKORO J., A Christology of Church As Family of God, Simposio dell’Associazione dei Sacerdoti e Religiosi Nigeriani a Roma su ‘ The Church as the Family of God” Collegio San Paolo, Roma 19 Febbraio 1995.
8. ÉGLISE-FAMILLE; ÉGLISE-FRATERNITÉ. Perspectives post-synodales. Atti della 20a Settimana Teologica di kinshasa (26.XI-2.XII.1995), Facultés Catholiques de Kinshasa, Kinshasa 1997, 397pp.
9. ÉVÊQUES DU CONGO, Message aux chrétiens et aux hommes de bonne volonté “ Église-Famille et développement” ; in Weltkirche (Monaco) 1995, 163-165.
10. HEALEY J. G, Church-as-family and SCCs Themes from the Africa Synod, in African Ecclesial Review (Eldoret) 37 (1995) 44-46.
11. KABASELE LUMBALA F., Resort et perspectives d’une Église-Famille en Afrique, in Revue Africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 2 (1995) 19-28.
12. KABASELE LUMBALA F., La Chiesa-Famiglia in Africa, in Concilium (Brescia) 31(1995) 719-725, ed. inglese., p.93-109
13. MALU NYIMI M., Église-Famille / Église-fraternité. Proposition synodale d’une ecclésiologie dynamique en Afrique, in Revue Africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 3 (1996) 95-106.
14. MANHAEGHE E., Familie van God in de Afrikaanse stad., in KerK en Missie (Bruxelles) 73/184 (1996) 18-21.
15. MBUKA C., Chiesa “Famiglia di Dio”: comunione e dialogo. Elementi di inculturazione, in C.I.S.M., Dal Sinodo per l’Africa: come si incultura il Vangelo, Roma 1995, p.69-75.
16. NOTHOMB D., L’Église-Famille: concept-clé du Synode des Évêques pour l’Afrique , in Nouvelle Revue Théologique (Tournai) 117 (1995) 44-64.
17. OKEKE H. O., From ‘Domestic Church’ to ‘Family of God’ the Christian Family in the African Synod, in Neue Zeitschrift fur Missioswissenschaft (Immensee) 52 (1996) 193-207.
18. OROBATOR E., Perspectives and Trends in Contemporary African Ecclesiology, in Studia Missionalia (Roma) 45 (1996) 267-281.
19. OROBATOR E., Leadership and Ministry in the Church-as-family. An Essay on Alternative Models, in Hekima Review (Nairobi) 17 (1997) 7-18.

V. DIÁLOGO

A. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. CHARLES E.T., From Adaptation to Incarnation: A study of the theology of inculturation in the Teaching of the African Catholic Bishops (1969-1994) and its implications of interreligious Dialogue and Human Promotion (Tesi dottorale inedita), PUG, Roma 1996
2. ILUNGA M., Christianisme negro-africain et dialogue interculturel, jalons pour une nouvelle missiologie en Afrique noire ‘Francophone’, Excerpta ex dissertatione ad doctoratum in Facultate Missiologiae, P.U.G., Roma,1994
3. OBORJI F. A., Trends in African Theology Since Vatican II. A Missiological Orientation, dissertation ad doctoratum in Facultate Missiologiae, P.U.U., Roma 1998.
4. OKIKE OHA B., The Need for Mission Through Inculturation and Dialogue in Nigeria, Extractum ex dissertation ad Doctoratum in Facultate Missiologiaae, P.U.U., Roma, 1995.

B. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS 1. KAYITAKIBGA M., II dialogo con le religioni tradizionali africane, in AA.VV., Religioni e Sette nel mondo : Religioni Tradizionali Africane, Rivista Trimestrale di Cultura religiosa, settembre 1996, pp. 102-110.
2. MBUKA C., Al Sinodo per l’Africa: annuncio e dialogo interreligioso, una comprensione inclusiva, in Omnis Terra (Roma) 13 (1995) 266-275; inglese in Omnis Terra (Roma) 29 (1995) 16-25 ; francese in Omnis Terra (Roma) 34 (1995) 29-38 ; spagnolo in Omnis Terra (Roma) 27 (1995) 392-396.

VI. DESENVOLVIMENTO HUMANO

A. MONOGRAFIAS
1. MUNONO MUYEMBE B., Église, évangélisation et promotion humaine. Le discours social des évêques africains. Etudes d’éthique chrétienne, Studien zur theologischen Ethik 63, Editions Universitaires Fribourg, Editions du Cerf, Parigi 1995.
2. MUSOPOLE A. C., Being Human in Africa. Toward an African Christian Anthropology, American University Studies, series 11, P. Lang, New York, Berlino 1994.

B. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. CHARLES E.T., From Adaptation to Incarnation: A Study of the Theology of Inculturation in the Teaching of the African Catholic Bishops (1969-1994) and Its Implications for Interreligious Dialogue and Human Promotion (Tesi dottorale inedita), PUG, Roma 1996.
2. SANO J.-B., La dignité de la personne humaine comme paramètre incontournable pour la mission évangélisatrice de l’Église en Afrique. Une relecture de l’Exhortation apostolique post-synodale Ecclesia in Africa, dissertatio ad Doctoratum in Facultate Theologiae, P.U.U., Roma 1997.

C. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. ÉVÊQUES DU CONGO, Message aux chrétiens et aux hommes de bonne volonté «Église-Famille et développement”, in Weltkirche (Monaco) 1995, 163-165.
2. HENRIOT P.J., Development in the Light of the African Synod: An Alternative to the Structural Adjustment Program, in Catholic International 7 (1996) 6/7, pp. 285-294.
3. IKE O., La Dottrina sociale della Chiesa in Africa, in La Società (Verona) 6 (1996) 697-723.
4. LWAMINDA P., The African Synod and the Development, in African Ecclesial Review (Eldoret) 37 (1995) 278-291.
5. OPENIBO V., Ecclesia in Africa. Post-synodal Apostolic Exhortation of Pope John Paul II: an African Woman’s View, in Sedos Bulletin (Roma) 28 (1996) 3-9.
6. OTIENO A. O., The Role of the Church in Development in the light of the African Synod, in African Ecclesial Review (Eldoret) 37 (1995) 342-352.
7. SARRAF J., La liberté de la femme passe par sa liberté. Le Synode africain donne le ton, in Telema (Kinshasa) 21/3-4 (1995) 20-22.

VII. MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

ARTIGO
1. FANIRAN OLADEJO J., The Challenges of the African Synod to Catholic Journalists, in Vidyajyoti (Delhi) 59 (1995) 46-53.
VIII. AGENTES E ESTRUTURAS DE EVANGELIZAÇÃO

A. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. ANUSIONWU V., The Role of the laity in Missionary Activity of the Church in Igboland of Nigeria: A Historical And Pastoral Approach, Extractum ex dissertatione ad doctoratum in Facultate Missiologiae P.U.U., Roma 1994.
2. ATADANA J. A., The Diocesan Bishop as the Chief Administrator of a Particular Church with Particular Reference to Ghana, Dissertatione ad doctoratum in Facultate luris Canonici, P.U.U., Roma 1995.
3. FEMI OSEGBOUN R., The Catechist in The Church According to the Special Assembly for Africa of the Synod Of Bishops (1994). Implications for Ekiti diocese in Nigeria, Tesi dottorale P.U.S., Roma 1996.
4. KIYINDA-MITYANA DIOCESE, Pastoral Co-Ordinator’s General Report on Building Basic Small Communities, Agosto 1997.
5. KIYINDA-MITYANA DIOCESE, Pastoral Co-Ordinator’s Report On Future Parishes 1997/1998, Ottobre 1997.

B. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. ABENG N., La pastorale de la famille – l’inculturation – l’ecclésiologie. Après le Synode des Évêques pour l’Afrique, in Revue Africaine de Théologie (Kinshasa) 18 (1994) 51-64.
2. IBWENWANNE F., Schools of Evangelization in Nigeria, in GBUJI A., New Evangelization in Nigeria, Kmensuo Educational Publishers, Onitsha 1994, pp.155-172.
3. KPODA D., Le Burkina à l’heure du Catéchisme catholique et du Synode, in Le Calao (Bobo-Dioulasso)100 (1995) 7-8.
4. LWAMINDA Peter, The African Synod and the family, in African Christian Studies (Nairobi) 11 (1995) 46-53.
5. MBUKA C., Chiesa Sinodo per l’Africa. Provocazioni alla vita religiosa, in C.I.S.M., Dal Sinodo per l’Africa: come si incultura il Vangelo, Roma 1995, p.69-75.
6. MRINGI A., Ecclesiology, Structures and Activities Within Small Christian Communities, in The Jurist 56 (1996) 200-240.
7. UZUKWU E.E., The Birth and Development of a Local Church, in AA. VV., The African Synod: Documents, Reflections, Perspectives, Orbis Books. Maryknoll, New York 1996, pp.3-8.
8. ZAGO M., La vita consacrata al Sinodo sull’Africa, in Omnis Terra (Roma) 12 (1994) 134-140, inglese, in Omnis Terra (Roma) 28 (1994) 297-303, Francese, in Omnis Terra (Roma) 33 (1994) 293-299, spagmolo, in Omnis Terra (Roma) 26 (1994) 297-303.
9. ZAGO M., Religieux dans l’Église africaine à la lumière des Synodes sur l’Église en Afrique et sur la vie consacrée, in Omnis Terra (Roma) 31 (1997) 231-240 ; inglese, in Omnis Terra (Roma) 31 (1997) 231-237.
10. ZAGO M., Religieux dans l’Église africaine à la lumière des Synodes sur l’Église en Afrique et sur la vie consacrée, in Revue Africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 3 (1996) 81-94.

IX. JUSTIÇA E PAZ

A. MONOGRAFIAS
1. K’ASHA N.N., Rôle de l’Église dans la démocratisation de l’Afrique subsaharienne: une étude juridique, P.U.L., Roma 1997.2. MBYEMEIRE J.P., A Theological Analysis of the Problem of Justice and Peace: the Contribution of the Special Synod for Africa and the Church in Uganda, P.U.U., Roma 1997.

B. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. SSERUNJOGI J., Self-Support of the Local Church based on Canon 222§ 1-2 and the Apostolic Exhortation Ecclesia in Africa –With Special Reference to Uganda, Dissertatio ad doctoratum in Facultate luris Canonici, P.U.U., Roma 1998.
2. KITENGIE R., Les enjeux de la crise morale en Afrique. Propos social des Pères du Synode Africain, dissertatio ad Licentiam in Facultate Theologiae, P.U.S.C., Roma 1998.

C. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. CHIROMBA F., The Life of the Church, in AA.VV., The African Synod: Documents, Reflections, Perspectives, Orbis Books. Maryknoll, New York 1996, pp. 9-13.
2. HENRIOT P.J., Development in the light of the African Synod: An Alternative to the Structural Adjustment Program, in Catholic International 7 (1996) 6/7, pp.285-294.
3. KABANGU J. M., Les fondements théologiques des droits humains selon le S.C.E.A.M., in Revue Africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 3 (1996) 69-79.
4. KPOGO L., Sur les traces des limites du Synode des Évêques pour l’Afrique. Le problème de la justice et de la paix, in Revue de l’Institut Catholique de l’Afrique de l’Ouest (Abidjan) 7 (1994) 45-55.
5. LWAMINDA P., The African Synod and the Development, in African Ecclesial Review (Eldoret) 37 (1995) 278-291.
6. M’BOKOLO E., L’évolution démocratique de l’Afrique des Conférences nationales et le rôle des Églises, in Revue Africaine des Sciences de la Mission (Kinshasa) 2 (1995) 51-94.
7. NKAFU NKEMNIA M., La dottrina sociale della Chiesa al Sinodo per l’Africa, in La Società 4 (1994) 563-581.
8. OTIENO A. O., The Role of the Church in Development in the Light of the African Synod, in African Ecclesial Review (Eldoret) 36/5 (1994) 342-352.
9. UKPONG J. S., Option for the Poor: A modern Challenge for the Church in Africa, in African Ecclesial Review (Eldoret) 36/5 (1994) 350-365.
10. WALIGGO J-M., The Synod of Hope at a Time of Crisis in Africa, in AA.VV., The African Synod: Documents, Reflections, Perspectives, Orbis Books. Maryknoll, New York 1996, pp. 199-210.

X. SOLIDARIEDADE

A. ESTUDOS E TESES DE DOUTORADO
1. SSERUNJOBI J., Self-Support of the Local Church based on Canon 222§ 1-2 and the Apostolic Exhortation Ecclesia in Africa -With Special Reference to Uganda, dissertatio ad doctoratum in Facultate luris Canonici, P.U.U., Roma 1998.
2. KITENGIE R., Les enjeux de la crise morale en Afrique. Propos social des Pères du Synode Africain, dissertatio ad Licentiam in Facultate Theologiae, P.U.S.C., Roma 1998.

B. ARTIGOS E CONFERÊNCIAS
1. GRASSO E., Les défis que posent à l’Europe l’Exhortation apostolique Ecclesia in Africa, in Cahiers de Réflexions (Mbalmayo) 2 (1996) 70-76.
2. IKE O., La Dottrina sociale della Chiesa in Africa, in La Società (Verona) 6 (1996) 697-723.3. KARAMAGA A., Selfhood of the Church in Africa, in Current Dialogue (Ginevra) 27 (1994) 41-48.
4. KAWEESA B. M., Will the Economic Factor Shrink or Thrive the African Church of the Year 2000?, in Catholic News Report 2/4 (1997) 23-25.
5. KEMBO G., Toute communauté ecclésiale doit tendre à la maturité. Problèmes d’autosuffisance des Églises africaines, in Telema (Kinshasa) 21/3-4 (1995) 7-11.
6. KIMARYO R., A Call to Africa to Shake off the Dependent Syndrome in African Ecclesial Review 39/1 (1997) 29-36.
7. SINODO DELLA DIOCESI DI KIYINDA-MITYANA II 1997, Structures of Administration, 1997.
8. SINODO DELLA DIOCESE DI KIYINDA-MITYANA, Social and Economic Development Department, General Report, Agosto 1997.
9. NWATU F., The Church’s Prophetic Role in Africa’s Search for Selfhood, in African Ecclesial Review (Eldoret) 38 (1996) 172-187.
10. SCHLICK J., Vers une autonomie financière des Églises catholiques romaines d’Afrique subsaharienne ? Réalisations pastorales et institutionnelles après Ecclesia in Africa, in Praxis juridique et Religion (Nordheim) 12-13 (1995-96) 5-58.
11. VANDAME C., Financement des Églises d’Afrique à partir de l’Église qui est au Tchad, in Telema (Kinshasa) 21/3-4 (1995) 16-19.

[00012-06.06] [RE000] [Texto original: francês]

AVISOS

- CALENDÁRIO DOS TRABALHOS
- COLETIVAS DE IMPRENSA
- “BRIEFING”
- “POOL”
- BOLETIM SYNODUS EPISCOPORUM
- COBERTURA TV AO VIVO
- NOTICIÁRIO TELEFÓNICO
- HORÁRIO DE ABERTURA DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ

CALENDÁRIO DOS TRABALHOS

Uma delegação de Padres Sinodais será recebida no Capitólio de Roma pelo Prefeito, Gianni Alemanno, depois de amanhã, 7 de Outubro, às 9.30h. O encontro foi agendado pela Prefeitura em vista do dia dedicado à África: 19 de Outubro, quando haverá um Seminário na Sala da Promoteca, no Capitólio (das 9h às 13h), sob o tema “África: que parcerias para a reconciliação, a justiça e a paz?”. À noite, (21h) está previsto um concerto-recital no Auditorium da Conciliação, intitulado “África: Cruz no meio do mar”.

Os participantes da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos assistirão também ao concerto “Os jovens contra a guerra - 1939-2009", quinta-feira, 8 de Outubro de 2009, às 18.30hs, no Auditorium da Conciliação, com a presença do Santo Padre Bento XVI. O evento, que marca o 70º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial, é promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão para as relações com o Judaísmo, pela Embaixada alemã junto à Santa Sé e pelo KulturForum, de Mainau. O evento é patrocinado pelo Comité Hebraico Internacional para as Consultas Inter-religiosas e financiado por entidades italianas e alemãs. A orquestra, composta por jovens músicos provenientes de 10 nações, executará obras dos compositores Gustav Mahler e de Felix Mendelssohn Bartholdy, ambos judeus de nascimento e sucessivamente batizados. Mahler e Mendelssohn, respectivamente católico e protestante,
sofreram o anti-semitismo. Por ocasião do concerto, a Congregação Geral da tarde será suspensa às 17h.

[00023-06.04] [00000] [Texto original: italiano]

COLETIVAS DE IMPRENSA

A Segunda Coletiva de Imprensa (com a tradução simultânea em italiano, inglês, francês e português) realizar-se-à quarta-feira 14 de outubro 2009, por volta das 12h45, na Sala João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Os nomes dos participantes serão comunicados apenas será possível.

Os fotógrafos e operadores audiovisuais (cinegrafistas e técnicos) para obter a permissão de acesso devem se dirigir ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

As próximas Coletivas de Imprensa serão realizadas:
- Sexta-feira 23 de outubro 2009 (após o Nuntius)
- Sábado 24 de outubro 2009 (após o Elenchus finalis propositionum)

“BRIEFING”

O primeiro “Briefing” para os grupos linguisticos realizar-se-á (nos lugares e com os Assessores de Imprensa indicados no Boletim N. 2) amanhã, terça-feira 6 de Outubro de 2009 por volta das 13h10. Recorda-se que os operadores audiovisuais (cinegrafistas e técnicos) e os fotógrafos devem se dirigir ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais para a permissão de acesso (muito limitado).

Em linha de máxima, os Assessores de Imprensa realizarão o “Briefing” por volta da 13h10:
- Quarta-feira 7 de Outubro de 2009
- Quinta-feira 8 de Outubro de 2009
- Sexta-feira 9 de Outubro de 2009
- Sábado 10 de Outubro de 2009
- Segunda-feira 12 de Outubro de 2009
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009
- Quinta-feira 15 de Outubro de 2009
- Sábado 17 de Outubro de 2009
- Terça-feira 20 de Outubro de 2009

Algumas vezes os Assessores de imprensa poderão estar acompanhados por um Padre sinodal ou por um perito.

Os nomes dos participantes e eventuais variações das datas e horários acima citados serão divulgados apenas será possível.

“POOL”

São previstos “Pools” de jornalistas credenciados para entrar na Sala do Sínodo, em linha de máxima para a oração de abertura das Congregações Gerais no início da manhã, nos seguintes dias:
- Terça-feira 6 de Outubro 2009
- Quinta-feira 8 de Outubro de 2009
- Sexta-feira 9 de Outubro de 2009
- Sábado 10 de Outubro de 2009
- Segunda-feira 12 de Outubro de 2009
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009
- Quinta-feira 15 de Outubro de 2009
- Sábado 17 de Outubro de 2009
- Terça-feira 20 de Outubro de 2009
- Sexta-feira 23 de Outubro de 2009
- Sábado 24 de Outubro de 2009

No Escritório de Informação e Credenciamento da Sala de Imprensa da Santa Sé (na entrada, a direita) serão colocadas à disposição dos jornalistas listas de inscrição aos “Pools”.

Para os “Pools” os fotógrafos e os operadores TV devem se dirigir ao Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.

Os participantes nos “Pools” devem estar às 08h30 no Setor Imprensa, montado diante da entrada da Sala Paulo VI, de onde serão acompanhados por um membro da Sala de Imprensa da Santa Sé (para os redatores) e por um membro do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (para os fotógrafos e operadores TV). É solicitado um traje apropriado à circunstância.

BOLETIM SYNODUS EPISCOPORUM

O primeiro “Briefing” para os grupos linguisticos realizar-se-á (nos lugares e com os Assessores de Imprensa indicados no Boletim N. 2) amanhã, terça-feira 6 de Outubro de 2009 por volta das 13h10. Recorda-se que os operadores audiovisuais (cinegrafistas e técnicos) e os fotógrafos devem se dirigir ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais para a permissão de acesso (muito limitado).

COBERTURA TV AO VIVO

Serão transmitidas aos vivo através de monitores na Sala das Telecomunicações, na Sala dos jornalistas na Sala João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé:
- Terça-feira 6 de Outubro de 2009 ( 09h): A primeira parte da Terceria Congregação Geral, para o canto da Hora Terceira e para a reflexão do Delegado Fraterno Sua Santidade Abuna PAULUS, Patriarca da Igreja Tewahedo Ortodoxa Etíope (ETIÓPIA)
- Sábado 10 de Outubro de 2009 (18h): Oração do Terço com os Universitários dos Ateneus Romanos (Sala Paulo VI)
- Domingo 11 de Outubro de 2009 (10h): Solene Concelebração Eucarística com Canonização (
Praça São Pedro)
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009 (09h): Parte da Congregação Geral durante a qual será apresentada a Relatio post disceptationem
- Domingo 25 de Outubro de 2009 (09h30): Solene Concelebração da Santa Missa de encerramento do Sínodo (
Basílica de São Pedro)

Eventuais variações serão publicadas apenas será possível

NOTICIÁRIO TELEFÓNICO

Durante o período sinodal estará em função um noticiário telefónico:
- +39-06-698.19 com o Boletim ordinário da Sala de Imprensa da Santa Sé;
- +39-06-698.84051 com o Boletim do Sínodo dos Bispos, parte da manhã;
- +39-06-698.84877com o Boletim do Sínodo dos Bispos, parte da tarde.


HORÁRIO DE ABERTURA DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ

A Sala de Imprensa da Santa Sé, por ocasião da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos permanecerá aberta conforme o seguinte horário, de 2 a 25 de outubro de 2009:
- De segunda-feira 5 de Outubro a Sexta-feira 9 de Outubro: 09h – 16h
- Sábado 10 de Outubro: 09h -19h
- Domingo 11 de Outubro: 09h – 13h
- Segunda-feira 12 de Outubro: 09h – 16h
- Terça-feira 13 de Outubro: 09h – 20h
- De quarta-feira 14 de Outubro a sábado 17 de Outubro: 09h – 16h
- Domingo 18 de Outubro: 11h – 13h
- De segunda-feira 19 de Outubro a sábado 24 de Outubro: 09h – 16h
- Domingo 25 de Outubro: 09h – 13h

Os funcionários do Escritório informação e credenciamento estarão à disposição (na entrada a direita):
- Segunda a sexta-feira: 09h – 15h
- Sábado: 09h – 14h

Eventuais mudanças serão comunicadas, apenas será possível, através de anúncios no quadro de avisos da Sala dos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Boletim da Comissão para a informação da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos e na área Comunicações de serviço do site Internet da Santa Sé.

 

 

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