34
gridade da mensagem do Evangelho. Além disso,
cada verdade entende-se melhor se a colocarmos
em relação com a totalidade harmoniosa da men-
sagem cristã: e, neste contexto, todas as verdades
têm a sua própria importância e iluminam-se re-
ciprocamente. Quando a pregação é fiel ao Evan-
gelho, manifesta-se com clareza a centralidade de
algumas verdades e fica claro que a pregação mo-
ral cristã não é uma ética estóica, é mais do que
uma ascese, não é uma mera filosofia prática nem
um catálogo de pecados e erros. O Evangelho
convida, antes de tudo, a responder a Deus que
nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e
saindo de nós mesmos para procurar o bem de
todos. Este convite não há-de ser obscurecido em
nenhuma circunstância! Todas as virtudes estão
ao serviço desta resposta de amor. Se tal convite
não refulge com vigor e fascÃnio, o edifÃcio moral
da Igreja corre o risco de se tornar um castelo
de cartas, sendo este o nosso pior perigo; é que,
então, não estaremos propriamente a anunciar o
Evangelho, mas algumas acentuações doutrinais
ou morais, que derivam de certas opções ideoló-
gicas. Amensagem correrá o risco de perder o seu
frescor e já não ter «o perfume do Evangelho».
IV. A
missão
que
se
encarna
nas
limitações
humanas
40.âA Igreja, que é discÃpula missionária, tem
necessidade de crescer na sua interpretação da Pa-
lavra revelada e na sua compreensão da verdade.