190
dade que os crentes do Islão gozam nos paÃses
ocidentais. Frente a episódios de fundamentalis-
mo violento que nos preocupam, o afecto pelos
verdadeiros crentes do Islão deve levar-nos a evi-
tar odiosas generalizações, porque o verdadeiro
Islão e uma interpretação adequada do Alcorão
opõem-se a toda a violência.
254.âOs não-cristãos fiéis à sua consciência
podem, por gratuita iniciativa divina, viver «jus-
tificados por meio da graça de Deus»
199
e, assim,
«associados ao mistério pascal de Jesus Cristo».
200
Devido, porém, à dimensão sacramental da graça
santificante, a acção divina neles tende a produzir
sinais, ritos, expressões sagradas que, por sua vez,
envolvem outros numa experiência comunitária
do caminho para Deus.
201
Não têm o significado
e a eficácia dos Sacramentos instituÃdos por Cris-
to, mas podem ser canais que o próprio EspÃrito
suscita para libertar os não-cristãos do imanentis-
mo ateu ou de experiências religiosas meramente
individuais. O mesmo EspÃrito suscita por toda a
parte diferentes formas de sabedoria prática que
ajudam a suportar as carências da vida e a viver
com mais paz e harmonia. Nós, cristãos, pode-
mos tirar proveito também desta riqueza conso-
lidada ao longo dos séculos, que nos pode ajudar
a viver melhor as nossas próprias convicções.
199
âC
omissão
T
eológica
I
nternacional
,
O cristianismo e
as religiões
(1996), 72:
Enchiridion Vaticanum
15, n.º 1061.
200
Ibid.
, 72:
o. c.
, 1061.
201
âCf.
ibid.
, 81-87:
o. c.
, 1070-1076.