180
estar presente, cumprindo um serviço a favor do
pleno desenvolvimento do ser humano e procu-
rando o bem comum: o diálogo com os Estados,
com a sociedade â que inclui o diálogo com as
culturas e as ciências â e com os outros crentes
que não fazem parte da Igreja Católica. Em to-
dos os casos, «a Igreja fala a partir da luz que a fé
lhe dá»,
186
oferece a sua experiência de dois mil
anos e conserva sempre na memória as vidas e
sofrimentos dos seres humanos. Isto ultrapassa
a razão humana, mas também tem um signifi-
cado que pode enriquecer a quantos não crêem
e convida a razão a alargar as suas perspectivas.
239.âA Igreja proclama o «evangelho da paz»
(
Ef
6, 15) e está aberta à colaboração com to-
das as autoridades nacionais e internacionais
para cuidar deste bem universal tão grande. Ao
anunciar Jesus Cristo, que é a paz em pessoa (cf.
Ef
2, 14), a nova evangelização incentiva todo
o baptizado a ser instrumento de pacificação e
testemunha credÃvel duma vida reconciliada.
187
Ã
hora de saber como projectar, numa cultura que
privilegie o diálogo como forma de encontro, a
busca de consenso e de acordos mas sem a se-
parar da preocupação por uma sociedade justa,
capaz de memória e sem exclusões. O autor prin-
cipal, o sujeito histórico deste processo, é a gente
e a sua cultura, não uma classe, uma fracção, um
186
âB
ento
XVI,
Discurso à Cúria Romana
(21 de Dezembro
de 2012):
AAS
105 (2013), 51.
187
âCf.
Propositio
14.