179
à a união dos povos, que, na ordem universal,
conservam a sua própria peculiaridade; é a tota-
lidade das pessoas numa sociedade que procura
um bem comum que verdadeiramente incorpore
a todos.
237.âA nós, cristãos, este princÃpio fala-nos tam-
bém da totalidade ou integridade do Evangelho
que a Igreja nos transmite e envia a pregar. A sua
riqueza plena incorpora académicos e operários,
empresários e artistas, incorpora todos. A «mÃs-
tica popular» acolhe, a seu modo, o Evangelho
inteiro e encarna-o em expressões de oração, de
fraternidade, de justiça, de luta e de festa. A Boa
Nova é a alegria dum Pai que não quer que se
perca nenhum dos seus pequeninos. Assim nasce
a alegria no Bom Pastor que encontra a ovelha
perdida e a reintegra no seu rebanho. O Evange-
lho é fermento que leveda toda a massa e cidade
que brilha no cimo do monte, iluminando todos
os povos. O Evangelho possui um critério de to-
talidade que lhe é intrÃnseco: não cessa de ser Boa
Nova enquanto não for anunciado a todos, en-
quanto não fecundar e curar todas as dimensões
do homem, enquanto não unir todos os homens Ã
volta da mesa do Reino. O todo é superior à parte.
IV. O
diálogo
social
como
contribuição
para
a
paz
238.âA evangelização implica também um ca-
minho de diálogo. Neste momento, existem so-
bretudo três campos de diálogo onde a Igreja deve