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apresentar valores e novas possibilidades, pode
também limitar-nos, condicionar-nos e até mes-
mo combalir-nos. Reconheço que precisamos de
criar espaços apropriados para motivar e sanar os
agentes pastorais, «lugares onde regenerar a sua
fé em Jesus crucificado e ressuscitado, onde com-
partilhar as próprias questões mais profundas e
as preocupações quotidianas, onde discernir em
profundidade e com critérios evangélicos sobre a
própria existência e experiência, com o objectivo
de orientar para o bem e a beleza as próprias op-
ções individuais e sociais».
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Ao mesmo tempo,
quero chamar a atenção para algumas tentações
que afectam, particularmente nos nossos dias, os
agentes pastorais.
Sim ao desafio duma espiritualidade missionária
78.âHoje nota-se em muitos agentes pastorais,
mesmo pessoas consagradas, uma preocupação
exacerbada pelos espaços pessoais de autonomia
e relaxamento, que leva a viver os próprios deve-
res como mero apêndice da vida, como se não
fizessem parte da própria identidade. Ao mesmo
tempo, a vida espiritual confunde-se com alguns
momentos religiosos que proporcionam algum
alÃvio, mas não alimentam o encontro com os
outros, o compromisso no mundo, a paixão pela
evangelização. Assim, é possÃvel notar em muitos
agentes evangelizadores â não obstante rezem
62
âA
cção
C
atólica
I
taliana
,
Messaggio della XIV Assem-
blea Nazionale alla Chiesa ed al Paese
(8 de Maio de 2011).