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SYNODUS EPISCOPORUM
BOLETIM

II ASSEMBLEIA ESPECIAL PARA A ÁFRICA
DO SÍNODO DOS BISPOS
4-25 OUTUBRO 2009

A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz.
"Vós sois o sal da terra ... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5, 13.14)


Este Boletim é somente um instrumento de trabalho para uso jornalístico.
A
s traduções não possuem caráter oficial.


Edição portuguesa

10 - 08.10.2009

SUMÁRIO

- QUINTA CONGREGAÇÃO GERAL (QUARTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2009 - PARTE DA MANHÃ) - CONTINUAÇÃO
- SEXTA CONGREGAÇÃO GERAL (QUINTA-FEIRA, 8 DE OUTUBRO DE 2009 - PARTA DA MANHÃ)
- AVISOS

QUINTA CONGREGAÇÃO GERAL (QUARTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2009 - PARTE DA MANHÃ) - CONTINUAÇÃO

CORREÇÃO AO ELENCO DOS MODERADORES DOS CÍRCULOS MENORES


O Moderador do Círculo Menor “Gallicus E” é S. E. R. Dom Marcel Honorat Léon AGBOTON, Arcebispo de Cotonou, Vice-Presidente da Conferência Episcopal (BENIN).

SEXTA CONGREGAÇÃO GERAL (QUINTA-FEIRA, 8 DE OUTUBRO DE 2009 - PARTE DA MANHÃ)

- VOTAÇÃO PARA A COMISSÃO PARA A MENSAGEM (II)
- INTERVENÇÕES NA SALA (CONTINUAÇÃO)
- CARTA DOS PRESIDENTES DELEGADOS E DO SECRETÁRIO GERAL AO ARCEBISPO DE BUKAVU

Às 09h00 de hoje, quinta-feira, 8 de Outubro de 2009, com o canto da Hora Terça, teve lugar a Sexta Congregação Geral, para a segunda Votação para a Comissão para a Mensagem e para a continuação das intervenções dos Padres sinodais na Sala sobre o tema sinodal: A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz “Vós sois o sal da terra ... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13.14).

Presidente Delegado de turno S.Em. Card. Francis ARINZE, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CIDADE DO VATICANO).

A esta Congregação Geral, que se concluiu às 12h30 horas com a oração do Angelus Domini, estavam presentes 227 Padres.

VOTAÇÃO PARA A COMISSÃO PARA A MENSAGEM (II)

Na abertura da Congregação Geral teve lugar a segunda votação para a eleição dos membros da Comissão para a Mensagem, presidida por nomeação pontifícia por S. E. R. Dom John Olorunfemi ONAIYEKAN, Arcbispo de Abuja (NIGERIA) e Vice-Presidente S. E. R. Dom Youssef Ibrahim SARRAF, Bispo do Cairo dos Caldeus (EGITO). A votação foi realizada de forma eletrónica.

INTERVENÇÕES NA SALA (CONTINUAÇÃO)

Nesta Congregação Geral intervieram os seguintes Padres:

- S. Em. R. Card.
Ennio ANTONELLI, Presidente do Pontifício Conselho para a Família (CIDADE DO VATICANO)
- S. Em. R. Card. Péter ERDŐ, Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (C.C.E.E.) (HUNGRIA)
- Rev. Pe. Kieran O'REILLY, S.M.A., Superior-Geral da Sociedade das Missôes Africanas (UNIÃO DOS SUPERIORES GERAIS)
- S. E. R. Dom Marcel UTEMBI TAPA, Arcebispo de Kisangani (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)
- S. E. R. Dom Alfred Adewale MARTINS, Bispo de Abeokuta (NIGÉRIA)
- S. E. R. Dom Louis Ncamiso NDLOVU, O.S.M., Bispo de Manzini (SUAZILÂNDIA)
- S. E. R. Dom Paul R. RUZOKA, Arcebispo de Tabora (TANZÂNIA)
- Rev. Pe. Emmanuel TYPAMM, C.M., Secretário Geral da "Confederaçáo das Conferências dos Superiores Maiores da África e Madagascar" (CAMARÕES)
- S. E. R. Dom Martin Albert HAPPE, M. Afr., Bispo de Nouakchott (MAURITÂNIA)
- S. E. R. Dom Vincent COULIBALY, Arcebispo de Conakry, Presidente da Conferência Episcopal (GUINÉ)
- S. E. R. Dom Nicolas DJOMO LOLA, Bispo de Tshumbe, Presidente da Conferência Episcopal (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)
- S. E. R. Dom Jorge FERREIRA DA COSTA ORTIGA, Arcebispo de Braga, Presidente da Conferência Episcopal (PORTUGAL)
- S. E. R. Dom Angelo AMATO, S.D.B., Arcebispo titular de Sila, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (CIDADE DO VATICANO)
- S. E. R. Dom Peter Martin MUSIKUWA, Bispo de Chikwawa (MALÁUI)
- S. E. R. Dom Barry Alexander Anthony WOOD, O.M.I., Bispo titular de Babra, Bispo auxiliar de Durban (ÁFRICA DO SUL)
- S. E. R. Dom Buti Joseph TLHAGALE, O.M.I., Arcebispo de Joanesburgo, Presidente da Conferência Episcopal (ÁFRICA DO SUL)
- S. E. R. Dom Valentin MASENGO NKINDA, Bispo de Kabinda (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)
- S. E. R. Dom John Olorunfemi ONAIYEKAN, Arcebispo de Abuja (NIGÉRIA)
- S. Em. R. Card. Paul Josef CORDES, Presidente do Pontifício Conselho "Cor Unum" (CIDADE DO VATICANO)
- S. E. R. Dom Cornelius Fontem ESUA, Arcebispo de Bamenda (CAMARÕES)
- S. E. R. Dom Philippe OUÉDRAOGO, Arcebispo de Ouagadougou (BURKINA FASO)
- Rev. Pe. Damian WEBER, C.M.M., Superior-Geral dos Missionários de Mariannhill

Publicamos a seguir os resumos das intervenções:


- S. Em. R. Card.
Ennio ANTONELLI, Presidente do Pontifício Conselho para a Família (CIDADE DO VATICANO)

Com uma expressão muito incisiva, na Homilia da Missa de Inauguração, na Basílica de São Pedro, o Santo Padre assinalou que o primeiro mundo “está exportando resíduos espiritual tóxicos” para a África e para outras regiões em via de desenvolvimento. Um desses resíduos tóxicos é a chamada “teoria do género”, que bem camuflada, começa a infiltrar-se nas associações, nos governos e até mesmo em alguns ambientes eclesiais do continente africano, como assinala o Pontifício Conselho para a Família.
Agentes de várias instituições e organizações internacionais começam mencionando problemas reais aos quais é necessário remediar, como as injustiças e violências sofridas pelas mulheres, a mortalidade infantil, a desnutrição e a fome, além dos problemas de moradia e de trabalho. Sugerem perspectivas de solução baseadas nos valores da igualdade, da saúde, da liberdade: palavras sacrossantas, mas que, carregadas pelos novos significados antropológicos, tornaram- se ambíguas: por exemplo, igualdade das pessoas são significa apenas iguais dignidade e titularidade dos direitos fundamentais homem, mas também a irrelevância da diferença natural entre os homens e as mulheres, a uniformidade de todos os indivíduos como se fossem sexualmente indistintos, e portanto, a equivalência de todas as orientações e comportamentos sexuais: heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, polimorfo. Cada indivíduo tem o direito de realizar livremente (ou de mudar) as suas escolhas, segundo as suas pulsões, seus desejos e suas preferências.
A ideologia é difundida através de postos de saúde reprodutiva, de encontros locais de formação, de programas televisivos internacionais de formação. É solicitada a colaboração dos governos africanos e das associações locais, inclusive eclesiais, que normalmente não compreendem as suas implicações antropológicas, eticamente inaceitáveis.
O meu pronunciamento quer ser um convite à vigilância, uma exortação a oferecer instruções minuciosas aos sacerdotes, aos seminaristas e aos religiosos e às religiosas, à Caritas e aos outros agentes pastorais leigos.

[00069-06.07] [IN041] [Texto original: italiano]

- S. Em. R. Card. Péter ERDŐ, Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (C.C.E.E.) (HUNGRIA)

Ouvimos com atenção o pronunciamento do Cardeal Polycarp Pengo, presidente do SCEAM (SECAM). Emerge claramente que os nossos irmãos bispos africanos estão a pedir ajuda para reforçar a comunhão interna e a organização continental. Proponho iniciar os acordos com o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) sobre a possibilidade de reforçar a colaboração entre os bispos africanos também através das acções conjuntas com o CCEE.
Entre as instituições da Igreja, constam as Comissões Justiça e Paz, citadas nos pontos 123-126 do Instrumentum Laboris. Acrescentamos que é preciso compreender melhor a missão de tais comissões.
Após o Concílio Vaticano II, notamos na Igreja uma verdadeira riqueza: o surgimento de uma variedade de organizações com o fim de realizar a missão e a actividade dos cristãos no mundo, em diferentes campos de acção. Nos últimos anos, esclarecemos ulteriormente a natureza das organizações eclesiais: especificamos a natureza das associações de fiéis, distinguimos as pessoas jurídicas privadas das pessoas jurídicas públicas na Igreja. Ressaltamos que somente essas últimas podem agir em nome da Igreja, além das estruturas políticas de organização hierárquica da própria Igreja.
Para evitar que algumas Comissões Justiça e Paz, provavelmente constituídas, só segundo o direito estatal ou como associações privadas, sejam instrumentalizadas por políticos, é útil destacar que a Comissão nacional Justiça e Paz é um organismo da própria Conferência Episcopal. Desta forma, podemos garantir que as actividades destas comissões expressem autenticamente a missão da Igreja no mundo.

[00078-06.03] [IN050] [Texto original: francês]

- Rev. Pe. Kieran O'REILLY, S.M.A., Superior-Geral da Sociedade das Missôes Africanas (UNIÃO DOS SUPERIORES GERAIS)

Uma importante dimensão do crescimento da Igreja no continente africano é o número dos homens e mulheres africanos directamente envolvidos neste momento na missão ad gentes da Igreja, quer como membros de congregações missionárias locais de recente instituição, quer como membros de institutos internacionais de fundação mais antiga.
Inspiradas pelo seu empenho de fé e instruídas pela doutrina social da Igreja, muitas congregações missionárias e religiosas constituíram redes a fim de enfrentar o desafio. Refiro-me em particular ao trabalho da rede Africa Faith and Justice Network. Essas redes preocupam-se de modo especial em enfrentar as questões da injustiça estrutural radicada nas políticas europeias e estado-unidenses que têm um impacto negativo sobre a África.
Como «família de Deus», a Igreja é chamada a testemunhar e a promover a universalidade do amor de Deus pelas pessoas e pela unidade futura da humanidade. Infelizmente, divisões étnicas, tribais e regionais continuam a afligir muitas partes do continente africano, impedindo seriamente o desenvolvimento das suas populações. O testemunho das comunidades missionárias e religiosas internacionais é tão importante quanto urgente. Essas comunidades recebem um amplo espectro de diferenças culturais e étnicas no seio da sua «família» enquanto vivem e trabalham em conjunto ao serviço do Evangelho. A sua presença proclama a verdade evangélica que Deus não tem preferências, que todos somos seus filhos e o nosso destino comum é ser n’Ele, uma única família.
A África é tratada de maneira inadequada pelos meios de comunicação de massa, que se interessam quase exclusivamente pelas más notícias, criando assim a imagem largamente aceita de um continente num constante estado de crise. Também a «indústria das ajudas» alimenta-se vendendo estereótipos negativos e superados dos africanos como vítimas indefesas de guerras infinitas e de penúrias constantes. Os povos da África devem assumir um lugar mais central na narrativa sobre o continente difundida no estrangeiro. E as congregações e os institutos missionários internacionais encontram-se numa posição ideal para ajudar neste processo.

[00079-06.03] [IN051] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Marcel UTEMBI TAPA, Arcebispo de Kisangani (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

A dimensão política da paz convida a Igreja que está na África a inventar novos métodos de apresentação do seu ensinamento social, fundado sobre os valores evangélicos capazes de favorecer a paz e o entendimento entre os povos. Ao concordar que a paz antes de tudo é dom de Deus, propomos que a Igreja na África se empenhe cada vez mais.
A classe política africana deve estar verdadeiramente ao serviço do bem comum. Para esta finalidade a Igreja deverá cuidar e reforçar o acompanhamento e a formação dos políticos à luz do ensinamento social da Igreja.
Ela deveria realizar um programa transversal e ecuménico para a educação cívica das populações a fim de promover a consciência cívica e a participação responsável das populações locais na gestão do património dos respectivos países.
Deveria organizar as populações e as comunidades em vista desta participação dos cidadãos.
A experiência da organização dos Comités locais de governo participativo, que são quadros apolíticos, permitiriam às comunidades locais assumir-se a si mesmas desde a base e participar no desenvolvimento do próprio ambiente através do diálogo com as pessoas eleitas localmente e com os governantes. Isto poderia levar ao surgimento de uniões parlamentares como estruturas permanentes de peroração junto dos órgãos deliberantes encarregados de emanar leis e controlar o executivo a todos os níveis.
Aproveitando o mesmo impulso, seria oportuno criar um Observatório sub-regional para as políticas nacionais como um laboratório de análise social e de perspectiva, capaz de dar o alarme relativo às grandes tendências das políticas postas em acto e à sua conformidade com as finalidades da comunidade política, que é o serviço do bem comum.
É preciso trabalhar para que se surja uma classe política responsável e escrupulosa.

[00080-06.03] [IN052] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom Alfred Adewale MARTINS, Bispo de Abeokuta (NIGÉRIA)

Os grupos néopentecostais, ao relacionarem-se com a Igreja Católica, são quase sempre muito agressivos e proselitistas. Aparentemente, têm como objectivo reduzir a influência e o número de fiéis da Igreja Católica. Esta intenção se expressa no modo em que alguns deles se referem à Igreja Católica: como uma Igreja morta. Eles esperam cativar as mentes e os corações da juventude, são capazes de seduzir os jovens até desligá-los da Igreja, na tentativa de gerar uma migração em massa da Igreja.
Para não ajudá-los na realização deste intento, a Igreja na África deve encontrar os meios para assegurar que o todo o rebanho das paróquias mão seja perdido de vista. Devemos assegurar que ninguém se sinta anónimo nas paróquias e que os mais vulneráveis, como os que procuram trabalho, assim como os que estão em situação de carência material ou espiritual sejam ajudados, quando possível. É preciso criar um ministério encarregado das preocupações e das necessidades dos jovens executivos e profissionais de nossas paróquias. São eles o objetivo dos grupos néopentecostais.

[00081-06.05] [IN053] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Louis Ncamiso NDLOVU, O.S.M., Bispo de Manzini (SUAZILÂNDIA)

A Igreja Católica na Suazilândia é ainda jovem, tendo chegado em 1914. Hoje, conta 55 mil fiéis, dentre um milhão de habitantes, o que significa que somente cinco por cento dos cidadãos são católicos. Apesar de ser minoria, é a maior Igreja cristã no país. Desde a sua chegada, a Igreja participa de actividades sociais em muitas regiões do país. Meus predecessores, quase todos de origem europeia, também mantiveram boas relações com as autoridades tradicionais.
Nos últimos anos, a relação entre a Igreja e os líderes tradicionais e os políticos tornou-se ambivalente. A Igreja continua a receber o apreço do governo por sua actuação nos campos da educação, da saúde e dos programas de desenvolvimento. Como Igreja, continuamos a questionar o sistema de governo, pois acreditamos que contribua para o elevado índice de pobreza no país. O governo critica a Igreja porque se manifesta a respeito do governo; afirma que as funções da Igreja devem limitar-se à liturgia e ao culto, não devendo estar presente na vida social e política do povo. Isto fez com que recebêssemos o apoio de alguns membros da sociedade civil, como sindicatos, partidos políticos e movimentos proibidos. Como Igreja, encontramo-nos em meio a duas forças opostas. Esta situação oferece à Igreja uma oportunidade única, pois pode servir o governo e os membros da sociedade civil.
O tema deste sínodo nos desafia a conduzir uma vida autenticamente cristã. Neste sentido, a Igreja deve ser um exemplo para os não-crentes e para os outros cristãos. Temos o dever de contribuir para o bem estar da sociedade e de ser um sinal de esperança, diante dos desafios e dificuldades. O povo da Suazilândia forma um grupo homogéneo; temos a mesma cultura e a mesma língua. Podemos, portanto, ser comparados a uma grande família. Logo, somos novamente chamados a viver como uma família. Todas família, mais cedo ou mais tarde, enfrenta problemas e desacordos. Temos que enfrentá-los sincera e honestamente, mas principalmente, num espírito de caridade.

[00082-06.04] [IN054] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Paul R. RUZOKA, Arcebispo de Tabora (TANZÂNIA)

Se considerarmos os tristes eventos como as guerras civis que afligem o continente, a identidade da Igreja está em jogo. Com frequência falamos de família amorosa, que partilha e está unida nas actividades quotidianas e na vida comum. Com mais frequência ainda, em vez de construir pontes entre as partes contrastantes sobre os interesses legítimos, também os filhos e as filhas da Igreja vêem-se envolvidos nos conflitos. A Igreja é instrumental para a missão saneadora de Cristo; e todos os cristãos deveriam empenhar-se em sê-lo.
Os agentes de evangelização (bispos, sacerdotes, religiosos) devem brandir, juntamente com os leigos, as armas da fé e procurar uma conversão mais profunda na busca da santidade através da escuta da Palavra de Deus e a frequência dos sacramentos, respondendo às perguntas formuladas pelas pessoas com as quais vivemos e partilhamos e servindo-as como nossos próximos.
A África está submersa por tantos problemas, causados principalmente por uma má liderança, por líderes que não temem a Deus, mas que, ao contrário, estão empenhados em enriquecer saqueando o próprio país até precipitar o seu povo na anarquia. Obviamente, houve líderes competentes que realizaram as aspirações do povo, que os estimava muito. Pensemos em pessoas como Julius Nyerere na Tanzânia, cuja herança é uma nação unificada.
A Igreja deve ajudar os jovens pondo ênfase novamente na formação humana, espiritual e intelectual nas nossa escolas até ao nível universitário.
A fé deve ter a precedência no nosso trabalho de formação. Além disso, é preciso formar comités de reconciliação a fim de que colaborem com a Comissão «justiça e paz» das nossos dioceses, enfrentando questões relativas ao conflito social e propondo uma educação cívica.

[00083-06.03] [IN055] [Texto original: inglês]

- Rev. Pe. Emmanuel TYPAMM, C.M., Secretário Geral da "Confederaçáo das Conferências dos Superiores Maiores da África e Madagascar" (CAMARÕES)

As pessoas consagradas da África e de Madagáscar estão a conscientizar-se e desejam que outros agentes pastorais (leigos, sacerdotes e bispos) se conscientizem que a reconciliação, a justiça e a paz, ou noutras palavras, a justiça e a paz que conduzem à reconciliação, exigem a morte, a perda da vida pela verdade, segundo o Evangelho.
O tema do Sínodo convida os consagrados a promoverem a paz dentro dos institutos, mantendo relacionamentos positivos entre etnias e nacionalidades diversas, nas comunidades. Isto supõe:

a cultura que defende “os mesmos direitos para todos”;
a cultura da rotatividade do poder, e consequentemente, do despego em relação aos cargos, nos institutos;
a cultura da missão realizada por amor;
a cultura do uso dos bens do instituto sem se apropriar deles;

Sugerimo-vos unir-se e colaborar conosco sobre um aspecto muito importante, que pode nos impedir de falar de reconciliação, de justiça e de paz aos povos indigentes do continente:
1. Melhorar a saúde materna, para reduzir o número de mortes de parto e consequentemente, da mortalidade infantil.
2. Reforçar os meios de prevenção e a assistência aos doentes de paludismo, aidas, enfermidades mentais, epilepsia, etc.
3. Encorajar os farmacêuticos, os médicos e os curandeiros a organizar estruturas modernas de cura com plantas; encorajar a criação de planos de saúde.

[00084-06.05] [IN056] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom Martin Albert HAPPE, M. Afr., Bispo de Nouakchott (MAURITÂNIA)

Uma das particularidades da Diocese de Nouakchott é que ela cobre todo o território da República Islâmica da Mauritânia. Pelo facto dos habitantes deste país serem todos muçulmanos, e isto há séculos, resulta que todos os cristãos católicos, quer os fieis quer os pastores, que vivem no país não são originários da Mauritânia. Para continuar a dar um quadro da situação, posso acrescentar que o primeiro padre que foi para este país e que não tinha um estatuto de capelão militar, celebrou lá a sua primeira missa no Natal de 1957.
Já o primeiro bispo, Dom Michel BERNARD, não se contentou de ser o pastor dos poucos milhares de cristãos que viviam no país, mas insistiu para que os padres e os religiosos se voltassem para a população autóctone para serem para eles testemunhas do Deus Amor revelado pela e na pessoa de Jesus Cristo.
Um dos instrumentos que nós criámos para realizar este programa é a Caritas Mauritânia. Fundada em 1970, actualmente dá trabalho a cerca de 120 pessoas. Entre elas há pelo menos 110 homens e mulheres de nacionalidade mauritana, quer dizer, muçulmanos. Todos estes colaboradores devem conhecer as nossas motivações profundas e subscrevê-las. Eles devem saber que para nós cristãos todos os seres humanos são iguais quanto à dignidade, sem distinção de sexo, nível social ou pertença étnica. Eles devem saber que nós não estamos ali para ajudar os nossos irmãos de raça, as nossas famílias, as pessoas da nossa religião, mas sim todas as pessoas que estão necessitadas: nós devemos comprometer-nos para que eles reencontrem a dignidade que o Criador quis para eles.
[00085-06.03] [IN057] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom Vincent COULIBALY, Arcebispo de Conakry, Presidente da Conferência Episcopal (GUINÉ)

O interesse da Igreja-Família de Deus que se encontra na Guiné pelas questões da reconciliação, da justiça e da paz, emergiu frequentemente das intervenções de seus pastores. Recordamos a coragem e a determinação dos nossos predecessores que denunciaram as maliciosas armadilhas criadas pelos poderes para tomar como refém o que existe de mais nobre no homem: a liberdade.
Temos numerosas figuras carismáticas que lançaram no coração do nosso povo as sementes da reconciliação, da justiça e da paz. Pensamos, antes de tudo, nos missionários expulsos em 1967 por causa da sua visão profética sobre o que seria o futuro do nosso povo. As intervenções dos nossos dois predecessores, Dom Raymond-Marie Tchidimbo e Dom Robert Sarah, sobre o tema da reconciliação, da justiça e da paz, continuam a ser ainda hoje pertinentes para os habitantes da Guiné.
Seguindo suas pegadas, o episcopado continua hoje a chamar a atenção dos dirigentes sobre a questão da reconciliação, da justiça e da paz. Continua a desempenhar o seu papel de sentinela às portas da cidade. Em numerosas declarações, o episcopado convidou os habitantes da Guiné ao diálogo. A última declaração foi publicada no dia 25 de Setembro de 2009.
Infelizmente o seu apelo de 25 de Setembro não foi acolhido porque fala o demónio-dinheiro, os seus numerosos adeptos alegram-se e nada impede eles de agir. Nem mesmo a morte é um obstáculo para eles. Assim, no dia 28 de Setembro de 2009, o povo estava novamente de luto pela trágica morte de dezenas ou de centenas de pessoas após uma manifestação reprimida pelos militares, no sangue.
Esta acção do episcopado não pode existir sem a contribuição de um laicado organizado e comprometido através, por exemplo, da Organização Católica para a Promoção Humana (OCPH) e da Comissão Justiça e Paz. Todavia, estamos ainda distantes de ter um laicado santo que o primeiro Sínodo auspiciava. O apelo do Papa, na sua primeira encíclica “Deus Caritas est”, que diferencia a ordem justa e o homem justo, nos motivou ainda mais para a formação dos nossos leigos.
Por sua vez, acreditamos ser essencial promover o diálogo inter-religioso a três, entre cristianismo, religião tradicional africana e islamismo para construir a paz e para colocar à luz o espírito da fraternidade e da solidariedade do gênio cultural africano.
Enfim, fazemos os nossos mais sentidos agradecimentos ao Santo Padre pelo seu apoio ao nosso país durante o Angelus do último domingo.

[00086-06.05N058] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom Nicolas DJOMO LOLA, Bispo de Tshumbe, Presidente da Conferência Episcopal (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

Ao fazer uma análise sobre as consequências das guerras e das violências sofridas pela República Democrática do Congo, sentimo-nos compelidos a condenar as mentiras e os subterfúgios utilizados pelos predadores e mandantes destas guerras violentas. O tribalismo evocado incessantemente para justificar essas guerras na República Democrática do Congo não é senão um pretexto. A diversidade étnica é instrumentalizada a fim de se criar uma oportunidade para saquear os recursos naturais.Deploramos que a comunidade internacional não actue suficientemente para pôr fim a estas guerras e violências e que não se interessem pelas suas verdadeiras causas: o saque dos recursos naturais. Ela limita-se a preocupar-se com as consequências das guerras em vez de enfrentar as suas causas de modo determinado e convicto. Ao mesmo tempo, deploramos que os sofrimentos e as vidas humanas ceifadas pelas guerras na República Democrática do Congo não suscitaram a mesma indignação e condenação que provocam quando acontecem sob outros céus. Como explicar então o ressurgimento e a virulência das violências que continuam a ser condenadas com palavras sem que se prevejam acções eficazes para pôr fim de uma vez por todas às suas causas?
Porventura, não partilhamos a mesma humanidade?
Num mundo em que se torna cada vez mais evidente que constituímos uma aldeia global, seriam necessárias acções concertadas e globais para pôr fim às violências perpetradas contra a África através do saque dos seus recursos, a fim de que se permita a esse continente, no início do terceiro milénio, viver também na paz e desenvolver-se na solidariedade com os outros.
Para este fim, sugerimos que este sínodo exorte antes de tudo os cristãos, em nome da nossa fé em Jesus Cristo, que com o seu sacrifício supremo na cruz nos doou a verdadeira medida da dignidade de cada pessoa humana, e depois os homens e mulheres de boa vontade, em nome da nossa comum humanidade, a condenar e denunciar publicamente os mandantes das guerras e das violências na África. Caso contrário, seremos cúmplices do mal causado ao nosso irmão.

[00087-06.03] [IN059] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom Jorge FERREIRA DA COSTA ORTIGA, Arcebispo de Braga, Presidente da Conferência Episcopal (PORTUGAL)

Portugal e a Europa devem reinterpretar a aventura missionária assumindo atitudes novas e comprometidas com a vida dos povos que evangelizaram.
No passado, com maior ou menor fidelidade, deram a conhecer Jesus Cristo e a Sua doutrina. Hoje devem continuar a partir para ver Cristo nas necessidades reais e concretas, fazendo o que devem fazer a Cristo (Inst.Lab.n.35).
O ir ao encontro de Cristo nos necessitados através duma dedicação total deve ter uma dimensão universal que não premite acepção de pessoas mesmo por motivos religiosos.
Partir é sinónimo de coragem e nunca admite cansaços. Só assim a civilização do amor se irá concretizando.
Se a Europa deve partir ao encontro das necessidades, as comunidades locais devem organizar-se eleminando demasiadas burocracias e chegando, particularmente, a quem não tem voz para exigir.
Dar é importante, dar-se num voluntariado com preparação permite que os povos consigam construir a sua felicidade.
Pode ter chegada a hora duma autentica geminação das comunidades ou dioceses através da partilha de bens materiais e de pessoas que se disponibilizam para servir na escola, saúde, etc.
A Europa deve regressar á Africa não só para levar o conhecimento de Cristo mas se encontar com Ele em todos os povos e na lógica das Bem- aventuranças e da descrição do Juízo Final.
"Tive fome e deste-me de comer.... Todas as vezes que o deixastes de fazer a um destes pequeninos foi a Mim que o deixastes de fazer" (Mt. 25,35 e 45)

[00088-06.07] [IN060] [Texto original: português]

- S. E. R. Dom Angelo AMATO, S.D.B., Arcebispo titular de Sila, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (CIDADE DO VATICANO)

Desde o início do Cristianismo a África foi uma terra de santos, do grande doutor Agostinho até passando pelos mártires ugandenses Carlo Lwanga, Mattia Maulumba Kalemba e companheiros até a extraordinária figura da sudanesa Santa Josefina Bakhita, canonizada no ano 2000. Hoje, são 22 as nações com 44 processos de beatificação e canonização, que se referem a 13 Beatos, 4 Veneráveis e 27 Servos de Deus. Estão representadas todas as categorias de fiéis: o Servo de Deus Alfredo Simão Diban Ki-Zerbo, de Burquina Faso, é um catequista pai de família; a Serva de Deus Eulália Maria Gabriel Mokhosi, do Lesoto, é uma mãe de família; o Servo de Deus Julius Kambarage Nyerere, da Tanzânia, é leigo, conhecido em todo o mundo como grande intelectual e político; a Beata Clementina Anouarite Nengapeta, Congo, é uma religiosa mártir; o Servo de Deus Simone Mpeke (Baba Simon), dos Camarões, é um sacerdote; o Beato Cipriano (Michael Iwene Tansi), da Nigéria, é um Cisterciense. Está em andamento no Congo a investigação diocesana sobre o presumível martírio do Servo de Deus Emílio Biayenda, Cardeal da Santa Romana Igreja, Arcebispo de Brazzaville.
Mas são muitos na África os testemunhos heróicos da fé. É tarefa dos Bispos promover a santificação dos sacerdotes e dos fiéis, mas também o discernimento e a valorização do exercício heróico das virtudes cristãs dos baptizados das suas dioceses. Os santos são o verdadeiro tesouro de uma Igreja local. De facto, eles desempenham uma tríplice tarefa: de evangelização, porque mostram a beleza e a possibilidade existencial do Evangelho de Jesus; de inculturação, porque demonstram não com teorias de laboratório, mas com a sua existência que o Evangelho pode colocar raízes em todas as culturas e transformá-las para melhor; de reconciliação, porque como testemunhas heróicas da caridade de Cristo, trazem perdão, paz e justiça à comunidade.

[00091-06.04] [IN061] [Texto original: italiano]

- S. E. R. Dom Peter Martin MUSIKUWA, Bispo de Chikwawa (MALÁUI)

O artigo número 14 do Instrumentum Laboris diz: “Os Pastores da África em união com o Bispo de Roma, que preside à comunhão universal da caridade, pensaram que um aprofundamento dos problemas já mencionados na precedente Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, e retomados na Exortação Apóstolica Pós-sinodal Ecclesia in Africa mereciam uma maior atenção.” A Conferência Episcopal de Maláui pensa que o setor que faz parte desta contínua dinâmica seja a família. A tal propósito, o artigo 20 do Instrumentum Laboris ressalta que “sente-se uma necessidade de criatividade para responder às necessidades espirituais e morais da família”.
Enquanto “igrejas domésticas”, lugares de perdão, reconciliação e paz, a maior parte das famílias africanas não usufruem de uma total harmonia. Enfrentam muitos desafios, entre eles o HIV/SIDA e os problemas que esta síndrome comporta, a globalização multicultural (Instrumentum Laboris, 72), a deterioração do valor cultural do matrimónio, a influência política e a falta de modelos para seguir. Faltam amor verdadeiro e reconciliação. É necessário prosseguir com uma assistência pastoral qualificada, uma catequese contínua sobre o matrimónio e a vida familiar.
Isso pode ser feito em vários níveis: Conferência Episcopal, diocese e paróquia. Além disso, os movimentos/associações cristãos, como os Family Movements (movimentos da família) e o Christian Marriage Encounter podem ser muito úteis. Estes movimentos/associações ajudam realmente os casais a compreenderem melhor a natureza e a essência da vocação ao matrimónio. São também de ajuda para intensificar o amor e a fidelidade conjugal na família. Infundem esperança e coragem sobretudo às famílias que passam dificuldades.

[00092-06.05] [IN062] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Barry Alexander Anthony WOOD, O.M.I., Bispo titular de Babra, Bispo auxiliar de Durban (ÁFRICA DO SUL)

Eu disse que seria beneficial para minhas irmãs e irmãos no Sínodo concetrarem-se em alguma iniciativa da Conferência dos Bispos Católicos da África do Sul (SACBC), qual nós tomamos após nossa primeira eleição democrática em 1994. Foi a criação de um Escritório Católico Parlamentar Intermediário (CPLO).O objectivo desse Escritório é fazer precisamente o que o título diz e que está em intermediar com o Parlamento. Embora na África do Sul exista somente 9% de Católicos, dos 440 membros do Parlamento, 22% são Católicos. Entretanto, e isto é um ponto importante, o Escritório intermedia com, faz pesquisas para e informa TODOS Parlamentares independente de sua religião ou direcionamento político.
Temos um número de pesquisadores que trabalham a todo período que fazem profundas pesquisas sobre todos os aspectos da legislação que vem antes do Parlamento. Fazemos isto a partir de um sistema de valores baseado no Evangelho, baseado profundamente da Doutrina Social Católica. Os Parlamentares não possuem nem o tempo nem os recursos para fazerem suas próprias pesquisas de fundo sobre nenhum tema.
Nós também apresentamos verbalmente ou por escrito as posições Católicas sobre legislações que estão surgindo nos âmbitos de Selectos Comitês Parlamentares. Esses papéis são disponibilizados a uma grande parte do público como são entendimentos e comentários sobre novas leis. Isso cria uma percepção nacional e, às vezes, internacional entre uma comunidade muito grande sobre os temas políticos e a Responsabilidade da Igreja Católica.
O impacto do CPLO teve uma enorme influência no Parlamento nos últimos doze anos e esta influência continua a crescer. O contato social informal com os Parlamentares é outro importante aspecto do trabalho. Os Parlamentares são geralmente convidados a trabalhos sociais organizados pela Igreja simplesmente para conhecer sua presença e agradecê-los.
O Escritório Católico Parlamentar Intermediário, com uma base regular, organiza discussões sobre temas chave de interesse público, como a situação no Zimbábue hoje ou a nova legislação pertinente ao direito das Crianças. Conferencistas experientes são convidados a partir do espectro político e dos círculos da Igreja e este público debate para grandes audiências.
O Escritório, duas vezes ao ano, organiza treinamento para pessoas de outros países identificados e enviados para sua respectiva Conferência Episcopal. Para citar o Zimbábue, a Etiópia, a República Democrática do Congo e Serra Leoa - mas muitos têm se beneficiado desses programas de treinamento.
A Conferência dos Bispos Católicos da África do Sul gostaria de apoiar a sugestão do Arcebispo Berhaneyesus SOURAPHIEL (Adis Abeba) que uma representação católica permanente deva ser apontada para a União Africana, com mais do que um status de simples observador.

[00093-06.03] [IN063] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Buti Joseph TLHAGALE, O.M.I., Arcebispo de Joanesburgo, Presidente da Conferência Episcopal (ÁFRICA DO SUL)

No Instrumentum laboris, a questão da inculturação é pouco tratada. E ainda na Ecclesia in Africa categoricamente estabelece que a inculturação é um sine qua non no trabalho de evangelização. Sem inculturação, não há nem genuína evangelização nem genuína reconciliação. Antes de mais nada, “o evangelho é plantado no terreno humano da cultura” (I.L. 73)
Os valores morais embutidos nas diversas culturas africanas, lado a lado aos valores do Evangelho, são ameaçados pela nova ética global que agressivamente busca persuadir os governos africanos e comunidades a aceitarem novos e diferentes significados dos conceitos de família, casamento e sexualidade humana. (Isto foi apontado na apresentação do Cardeal Turkson). As culturas da África estão sob forte tensão do liberalismo, secularismo e de lobistas que sorrateiam na União Africana. A África encara uma segunda onda de colonização sutil e brutal ao mesmo tempo.
O desafio mais crítico a encarar a Igreja na África não é a falta de análises, a falta de um entendimento de temas e suas interligações. O desafio é a falta do colectivo (político) desejo de implementar as resoluções tomadas; encontrar soluções trabalháveis para os desafios que nossa sociedade afronta, se levantar ao desagradável desafio da liderança. Uma premente questão precisa ser feita. Para quem conta nossas associações regionais e continentais? O que são as propostas dessas plataformas além de expressar compaixão, solidariedade e colegialidade? Os membros falam da boca pra fora para as conferências regionais e continentais. Dívidas não são pagas. Como então existem resoluções a serem implementadas quando nós mesmos sabotamos nossas próprias organizações, trabalhadores frustrados e membros eleitos do conselho desmoralizados ao invés de guiar, ajudar e colectivamente estabelecer e revisar os objectivos. Se as resoluções do Sínodo estão sendo implementadas em nossas conferências nacionais, regionais ou continentais exige responsabilidade.
Em segundo lugar, nós, como uma hierarquia, parecemos trabalhar sozinhos nesses temas que cruzam o continente. Os leigos, pela virtude do baptismo, têm um significante papel a realizar. Espera-se deles o testemunho em praças públicas, em suas famílias e locais de trabalho. Sua voz cristã em face dos muitos desafios na África, é fraca, abafada ou simplesmente silenciosa. A hierarquia está sem parceiros fiéis no trabalho de transformação da África. Aos leigos católicos precisa ser dado voz em ordem de se levantar e serem contados por sua fé católica. A hierarquia não pode fazer isso sozinha.

[00094-06.04] [IN064] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Valentin MASENGO NKINDA, Bispo de Kabinda (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

A Igreja católica na África inspira admiração e respeito mesmo junto das pessoas que não partilham o seu ensinamento graças ao tipo e à estabilidade das suas estruturas, que refletem a sua natureza de comunhão. O espírito de comunhão já está lá presente desde o início da acção missionária e continua apesar de algumas tendências e forças destruidoras a extirpar.
Se certos índices de divisão provêm da desordem da cidade mas também se encontram no templo, é por causa de uma má compreensão e da instrumentalização das estruturas da Igreja na África por parte de certas pessoas.
Para extirpar essas coisas, nós propomos a esta Assembleia de:
- Relembrar o respeito do espírito e das normas constitutivas das estruturas da Igreja a todos os níveis;
- Recomendar de evitar, na criação de circunscrições eclesiásticas, das mais elementares às mais complexas (CEV, paróquias, dioceses, regiões eclesiásticas, etc.), fazer corresponder tais circunscrições a limites territoriais ou linguísticos tribais ou étnicos, para que seja evidente a essência da Igreja como família de Deus aberta a todos;
- Insistir para minimizar as tendências tribalistas e étnicas, cuidando da formação dos fieis católicos, dos agentes pastorais, dos padres e dos religiosos, para que eles se formem no espírito fundamental das estruturas de diálogo e de participação da Igreja;
- Sublinhar de forma especial a formação sócio-política dos dirigentes leigos segundo as linhas da doutrina social da Igreja, para fortalecer a sua fé católica e para que ajam na política e no mundo como artesãos da comunhão e da unidade;
- Dar uma importância especial à escolha dos formadores nas casas de formação sacerdotal, religiosa, dos Institutos Superiores de Ciências Religiosas, das Universidades Católicas e eclesiásticas para conseguir transmitir o espírito de comunhão para lá de todas as divisões étnicas e tribais;
- Reafirmar que nas provisões canónicas a todos os níveis se devem nomear as pessoas sem se deixar condicionar pela sua pertença tribal e étnica;
- Nas escolas católicas e nos Movimentos de acção católica, recrutar professores e educadores imbuídos de espírito eclesial com o objectivo de garantir aos jovens uma visão saudável e comunitária da Igreja como família dos filhos de Deus.

[00095-06.03] [IN065] [Texto original: francês]

- S. E. R. Dom John Olorunfemi ONAIYEKAN, Arcebispo de Abuja (NIGÉRIA)

A santa missa da Solene inauguração desta Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos para a África, o Santo Padre, Bento XVI deu maior atenção ao “profundo sentido de Deus” nas populações africanas, e declarou que a “África representa uma enorme pulmão espiritual para a humanidade”. Esta é a linha do ensinamento do Servo de Deus, Papa João Paulo II em “Ecclesia in Africa” (cf. Nos. 7,57, e 67).
Este solo tem sido fértil para a mensagem do Evangelho, mas também tem sido para o Islã. Assim, o nosso continente tornou-se uma casa para ambos de fé monoteísta, um fato que nós devemos todos admitir e viver em vista de um futuro previsível.
“Ecclesia in Africa” chama a um diálogo sistemático com o Islã. Apesar de muitas dificuldades em vários lugares, o caminho do diálogo tem sido o melhor caminho. Nós aprendemos algumas lições nestes últimos quinze anos. Fizemos vários progressos na construção de um senso comum entre muçulmanos e cristãos na África que, tem se verificado também nas famílias, nas comunidades e nações.
Nós aprendemos a falar sobre os desafios comuns que geralmente causam divisão dos valores espirituais e morais, e descobrimos esta alegre surpresa, quando abrimos os nossos corações e nos preocupamos uns pelos outros.
Meu argumento e forte proposta são que este sínodo é um desafio para toda a Igreja na África, chamada a dialogar com toda a comunidade islâmica na África, das bases até o nível continental.
Isto não acontecerá por acaso. Precisa ser planejado e estruturado, como os conselhos inter-religiosos, ter um espaço para eles. A boa notícia é que já muito tem sido feito neste sentido e deve ser apoiado e expandido. Nós não podemos lutar a batalha da reconciliação, da justiça e da paz na África somente como Igreja Católica. Devemos juntar outras forças espirituais de nosso continente, para libertar o nosso povo e nossa escravidão auto-imposta, para a glória de nosso Poderoso e Misericordioso Deus e Pai de todos.

[00096-06.04] [IN066] [Texto original: inglês]

- S. Em. R. Card. Paul Josef CORDES, Presidente do Pontifício Conselho "Cor Unum" (CIDADE DO VATICANO)

Muitos cristãos hoje em dia empenham-se para combater a miséria dos africanos. Dizia há pouco tempo atrás uma conhecida representante política alemã, que não pertence a um partido cristão: metade do que se realiza a favor desse continente resulta do empenho da Igreja. E assim, os cristãos favorecem também a paz, muitas vezes destruída por causa da miséria material.
A segunda ideia deste Sínodo é a “justiça”. Para actuá-la, a Igreja não deixa de fazer ouvir a sua voz. A recente Encíclica Caritas in veritate afirma: “a justiça é a primeira via da caridade” (6). A justiça tem, portanto, uma dimensão terrestre. Mas não é simplesmente fruto do empenho humano nem, muito menos, das subtilezas políticas. O relator geral, o Card. Turkson, explicou-nos muito bem: vista com os olhos da fé, a justiça é a rectidão perante Deus - tarefa do empenho humano e, ao mesmo tempo, dom gratuito de Cristo Salvador.
É aqui que a justiça se encontra com a terceira ideia sugerida pelas actuais reflexões, a “reconciliação”. Ela também começa no coração humano. Então, é no coração que se devem focar as nossas consultas.
Por isso, as ordens missionárias consolidam-se na acção apostólica. Também os novos movimentos, cujo empenho na África no nosso Dicastério Cor Unum sempre admiramos e acompanhamos.
Estes grupos unem a ajuda material contra a miséria ao anúncio do Evangelho. E a sua antropologia não divide no ser humano as necessidades corporais das espirituais, às quais pode parecer que se deve responder de forma diferente. Cor unum dá uma resposta única para que não se dêem falsos modelos ao homo africanus e para que na colaboração se encontre novamente uma saudável visão unitária do ser humano, prevista pela natureza e pela revelação.

[00097-06.03] [IN067] [Texto original: italiano]

- S. E. R. Dom Cornelius Fontem ESUA, Arcebispo de Bamenda (CAMARÕES)

Em muitos de nossos países regozijamos ao ver que nossa população cristã está crescendo. A liturgia é celebrada com gozo e há uma ativa participação. Por outro lado estamos tristes pelo fato de existirem tensões e conflitos não somente na sociedade em geral mas também entre nossas comunidades cristãs. Não é raro que os autores de atos de injustiça social, suborno e corrupção sejam cristãos. Existem preconceitos em grandes famílias e tribos que são geralmente causa de conflitos, deixados de uma geração para outra, sem nenhuma intenção de mútuo perdão ou reconciliação. Já muitas dessas pessoas podem ser consideradas como fervorosos e praticantes cristãos que fazem um honesto trabalho para serem bons. A reconciliação, a justiça e a paz são trabalhos da graça de Deus que vem a nós através da Palavra de Deus e dos Sacramentos, especialmente os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Duas coisas são, portanto, necessárias: 1) A celebração mais regular dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, que são sacramentos de cura, comunhão e serviço; 2) Uma proclamação mais profética da Palavra de Deus, oportuna e inoportunamente.
Há uma diminuição no número dos cristãos, especialmente os jovens, que frequentam o Sacramento da Penitência e quando eles fazem, isso não os toca profundamente. É mais um ato ritual, no modo dos ritos tradicionais de reconciliação e purificação; Aqueles que participam neles, embora externamente reconciliados continuam abrigando sentimentos de ódio e rancor quando podem levar à vingança a qualquer momento que tiverem a oportunidade.
Uma mais frequente e comunitária celebração do Sacramento da Penitência de acordo com o novo rito publicado há alguns anos atrás, que faz um profuso uso da Palavra de Deus, mostraria mais a dimensão do pecado e seus efeitos, e sublinharia o fato de que a reconciliação não é somente uma relação privada com Deus mas também implica a reconciliação com o outro; ela restabelece a paz e a harmonia na comunidade e clama pelo cumprimento das obrigações sociais e da prática da justiça. Esse tipo de celebração convida toda comunidade a regozijar como indicado pela Parábola do Filho Pródigo.
Precisamos de sacerdotes que fazem-se mais disponíveis para o Sacramento da Penitência como o exemplo do Cura d’Ars, e que administrem-no de forma significativa, com um toque pessoal acompanhado pelo aconselhamento baseado na Palavra de Deus.

[00098-06.03] [IN068] [Texto original: inglês]

- S. E. R. Dom Philippe OUÉDRAOGO, Arcebispo de Ouagadougou (BURKINA FASO)

O pensamento liberal e neo-liberal, forte do poder económico e do poder dos mídia, quer convencer-nos de que as comunidades humanas ou religiosas nada têm a dizer sobre o comportamento das pessoas, em nome de uma libertinagem e do relativismo moral.
As nossas comunidades humanas e religiosas africanas, em geral, rejeitam as práticas legalmente codificadas na maioria dos países do Ocidente outrora cristãos, tais como o aborto, a homossexualidade, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a eutanásia... Elas promovem os valores da família e da vida.
Os meios de comunicação fazem do mundo uma única aldeia. Cada vez mais, certas rádios e televisões, páginas da internet, controladas pelo poder e pelos interesses económicos, difundem deliberadamente programas que evidentemente tentam impor o pensamento único do Ocidente. Um exemplo patético disso foi a cobertura mediática organizada pela ocasião da viagem do Santo Padre aos Camarões e a Angola no passado mês de Março. Alguns programas destinados a espectadores francófonos quer europeus quer africanos davam a entender que padres, religiosas e religiosos africanos, estudantes ou em missão em Roma ou noutros lugares da Europa, vivem da esmola e da prostituição, abandonados pelo Vaticano e pelas congregações religiosas. Tinham necessidade disso para mostrar o seu desacordo com o Santo Padre? Evidentemente, uma coligação tentava alcançar um objectivo claro mas inconfessável, isto é, distrair os africanos para os impedir de escutar as palavras do Santo Padre sobre as questões da injustiça, da violência e das suas causas.
Os africanos não saberiam usar a violência para combater este imperialismo e a tirania do pensamento único. Todavia pedimos um pouco de moderação, de circunspecção, de respeito e de tolerância, e sobretudo de honestidade intelectual na expressão de suas ideias que não servem para a dignidade humana e que poderiam causar sofrimentos intoleráveis e comportamentos de hostilidade e até de ódio entre os povos.

[00099-06.03] [IN069] [Texto original: francês]

- Rev. Pe. Damian WEBER, C.M.M., Superior-Geral dos Missionários de Mariannhill

Como membro de um Instituto de Vida Consagrada, uma pessoa aceita se consagrar a Jesus Cristo, abraçando a Sua missão e a Sua visão. Ambas são expressas nas bonitas palavras do Evangelho de São Lucas, 4, 18-21. Se a elas acrescentamos João 20, 21, quando Jesus disse: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”, podemos afirmar que uma pessoa consagrada continua a missão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Hoje, na África, isso poderia significar ir curar as feridas do mundo, sem se distrair e sem se refugiar na comodidade do consumo ou do poder. Neste contexto evangélico os conselhos poderiam ser um estilo de vida cujo significado é a voluntária solidariedade para com as vítimas da injustiça e da repressão, a identificação com aqueles que vivem no sofrimento material e social; poderia significar solidariedade com as pessoas que sofrem discriminação e exploração sexual, solidariedade com aqueles que vivem sufocados social e politicamente, e não podem decidir o próprio destino.
Sabemos que uma das necessidades fundamentais de cada pessoa é aprender e experimentar o fato que Deus o respeita e o aceita por aquilo que é. Mas como Deus não fala directamente com cada um, a pessoa deve poder ouvir este conceito dos outros e neste sentido parece-me que a vida de comunidade tenha uma função importante. Isso requer a experiência da reconciliação antes de rezar por isto e antes que possamos levá-lo ao mundo e às pessoas ao nosso redor que parecem ter razão.
É necessário que as comunidades de vida consagrada e a Igreja incentivem esta reconciliação com Deus e entre as pessoas, é necessário viver primeiro em casa a salvação que Deus nos oferece e a justiça do compromisso incondicional de Deus em relação a cada pessoa.
A Igreja e suas comunidades serão testemunhas vivas e instrumentos frutuosos para Jesus Cristo e para a reconciliação, a justiça e a paz, que são substancialmente dons de Seu espírito.

[00100-06.02] [IN070] [Texto original: inglês]

CARTA DOS PRESIDENTES DELEGADOS E DO SECRETÁRIO GERAL AO ARCEBISPO DE BUKAVU

A Carta dos Presidentes Delegatos e do Secretário Geral do Sínodo dos Bispos a S.E.R. Dom François Xavier MAROY RUSENGO, Arcebispo de Bukavu (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO), lida e consignada no encerramento da Sexta Congregação Geral, será publicada no próximo Boletim Nº 11.


AVISOS

- CALENDÁRIO
- COLETIVAS DE IMPRENSA
- “BRIEFING”
- “POOL”
- BOLETIM SYNODUS EPISCOPORUM
- COBERTURA TV AO VIVO- NOTICIÁRIO TELEFÓNICO
- HORÁRIO DE ABERTURA DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ

CALENDÁRIO

Sexta-feira, 9 de Outubro, às 16h30, na abertura da Nona Congregação Geral fará uma intervenção o Convidado Especial, Sr. Rudolphe Adada, Ex-Representante Especial Adjunto do Secretário Geral das Nações Unidas e Presidente da Comissão da União Africana para o Darfur (Sudão), para falar sobre os esforços de paz na região do Darfur, que diz respeito a vários Países africanos.

COLETIVAS DE IMPRENSA

A segunda Coletiva de Imprensa sobre os trabalhos sinodais (com a tradução simultânea em italiano, inglês, francês e português) realizar-se-à quarta-feira 14 de outubro 2009 (após a Relatio post disceptationem), por volta das 12h45, na Sala João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Os nomes dos participantes serão comunicados quando for possível.

Os fotógrafos e operadores audiovisuais (cinegrafistas e técnicos) para obter a permissão de acesso devem se dirigir ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

As sucessivas Coletivas de Imprensa serão realizadas:
- Sexta-feira, 23 de outubro 2009 (após o
Nuntius)
- Sábado, 24 de outubro 2009 (após o Elenchus finalis propositionum)

“BRIEFING”

Il Quarto“Briefing” para os grupos linguísticos será realizado (nos lugares e com os Assessores de Imprensa indicados no Boletim N. 2) amanhã, Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009, por volta das 13h10.

Os Assessores de Imprensa serão acompanhados por um Padre Sinodal, como indicado a seguir:

Língua italiana
- S. E. R. Dom Giovanni Innocenzo MARTINELLI, O.F.M., Bispo titular de Tabuda, Vigário Apóstolico de Tripoli (LÍBIA)

Língua francesa
- S. E. R. Dom Fulgence MUTEBA MUGALU, Bispo de Kilwa-Kasenga (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)

Língua inglesa
- S. E. R. Dom Gabriel Charles PALMER-BUCKLE, Arcebispo de Acra (GANA)
Língua portuguesa
- S. E. R. Dom Francisco João SILOTA, M. Afr., Bispo de Chimoio, Primeiro Vice-Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (S.C.E.A.M.) (MOÇAMBIQUE)

Recorda-se que os fotógrafos e operadores audiovisuais (cinegrafistas e técnicos) para obter a permissão de acesso (muito limitado) devem se dirigir ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

Os próximos “Briefing” terão lugar, geralmente às 13h10:
- Sábado 10 de Outubro de 2009
- Segunda-feira 12 de Outubro de 2009
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009
- Quinta-feira 15 de Outubro de 2009
- Sábado 17 de Outubro de 2009
- Terça-feira 20 de Outubro de 2009

“POOL”

São previstos “Pools” de jornalistas credenciados para entrar na Sala do Sínodo, possivelmente, para a oração de abertura das Congregações Gerais no início da manhã, nos seguintes dias:
- Sexta-feira 9 de Outubro de 2009
- Sábado 10 de Outubro de 2009
- Segunda-feira 12 de Outubro de 2009
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009
- Quinta-feira 15 de Outubro de 2009
- Sábado 17 de Outubro de 2009
- Terça-feira 20 de Outubro de 2009
- Sexta-feira 23 de Outubro de 2009
- Sábado 24 de Outubro de 2009

No Escritório de Informação e Credenciamento da Sala de Imprensa da Santa Sé (na entrada, à direita) serão colocadas à disposição dos jornalistas listas de inscrição aos “Pools”.

Para os “Pools” os fotógrafos e os operadores TV devem se dirigir ao Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.

Os participantes nos “Pools” devem estar às 08h30 no Setor Imprensa, montado diante da entrada da Sala Paulo VI, de onde serão acompanhados por um membro da Sala de Imprensa da Santa Sé (para os jornalistas) e por um membro do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (para os fotógrafos e operadores TV). É solicitado um traje apropriado à circunstância.

BOLETIM SYNODUS EPISCOPORUM

O décimo-primeiro número do Boletim será publicado na abertura da Sala de Imprensa da Santa Sé, sexta-feira, 9 de outubro de 2009, com o resumo das intervenções pronunciados na Sala dos Padres sinodais na Sétima Congregação Geral.

COBERTURA DE TV AO VIVO

Serão transmitidas, ao vivo, através de monitores na Sala das Telecomunicações, na Sala dos jornalistas na Sala João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé:
- Sábado 10 de Outubro de 2009 (18h): Oração do Terço com os Universitários dos Ateneus Romanos (Sala Paulo VI)
- Domingo 11 de Outubro de 2009 (10h): Solene Concelebração Eucarística com Canonização dos Bem-aventurados Zygmunt Szsezęsny Feliński, Francisco Coll y Guitart, Jozef Damiaan de Veuster, Rafael Arnáiz Barón e Marie de la Croix (Jeanne) Jugan (Praça São Pedro)
- Terça-feira 13 de Outubro de 2009 (16h30): Parte da Congregação Geral durante a qual será apresentada a Relatio post disceptationem
- Domingo 25 de Outubro de 2009 (09h30): Solene Concelebração da Santa Missa de encerramento do Sínodo (Basílica de São Pedro)

Eventuais variações serão publicadas quando for possível

NOTICIÁRIO TELEFÓNICO

Durante o período sinodal estará em função um noticiário telefónico:
- +39-06-698.19 com o Boletim ordinário da Sala de Imprensa da Santa Sé;
- +39-06-698.84051 com o Boletim do Sínodo dos Bispos, parte da manhã;
- +39-06-698.84877com o Boletim do Sínodo dos Bispos, parte da tarde.

HORÁRIO DE ABERTURA DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ

A Sala de Imprensa da Santa Sé, por ocasião da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos permanecerá aberta conforme o seguinte horário, de 2 a 25 de outubro de 2009:
- Até Sexta-feira 9 de Outubro: 09h – 16h
- Sábado 10 de Outubro: 09h -19h
- Domingo 11 de Outubro: 09h – 13h
- Segunda-feira 12 de Outubro: 09h – 16h
- Terça-feira 13 de Outubro: 09h – 20h
- De quarta-feira 14 de Outubro a sábado 17 de Outubro: 09h – 16h
- Domingo 18 de Outubro: 11h – 13h
- De segunda-feira 19 de Outubro a sábado 24 de Outubro: 09h – 16h
- Domingo 25 de Outubro: 09h – 13h

Os funcionários do Escritório de informação e credenciamento estarão à disposição (na entrada a direita):
- Segunda a sexta-feira: 09h – 15h
- Sábado: 09h – 14h

Eventuais mudanças serão comunicadas, quando for possível, através de anúncios no quadro de avisos da Sala dos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Boletim da Comissão para a informação da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos e na área Comunicações de serviço do site de Internet da Santa Sé.

 

 

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- Índice Boletim Synodus Episcoporum - Assembleia Especial para a África - 2009
 
[Espanhol, Francês, Inglês, Italiano,
Plurilingüe, Português]

- Índice Sala de Imprensa da Santa Sé
 
[Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Português]

 

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