CARTA AUTÓGRAFA DO PAPA JOÃO PAULO II
AO CARDEAL MAXIMILIANO DE FURSTENBERG
Ao nosso Venerável Irmão
Maximiliano de Furstenberg
Venerável Irmão, vais celebrar o quinquagésimo aniversário do dia em que, confiante no auxílio do Divino Salvador, foste elevado ao sacerdócio; não podemos deixar de, nesta oportunidade, nos congratular sinceramente contigo por tão longo tempo aplicado em exercer o múnus sagrado. Pois todos vêem que se deve considerar a sagrada ordem do presbiterado entre os principais dons que Deus concede aos homens.
Sabemos com quanta diligência exerceste no decurso da vida o sacerdócio, que foi elevado à plenitude e honrado com a dignidade do cardinalato: pois foste ilustrado e perito mestre no colégio de Antuérpia e no Seminário Maior de Violinos, e desempenhaste o cargo de activo e dedicado Reitor do Pontifício Instituto Belga em Roma; sabemos em particular com que destreza e zelo da fé serviste esta Sé Apostólica, primeiro como Núncio do Sumo Pontífice no Japão, na Austrália e em Portugal, e depois como Prefeito da Sagrada Congregação para as Igrejas Orientais, cada um desses cargos, que desempenhaste com bom êxito no longo decurso da tua actividade, ilustra magnificamente a grandeza da tua piedade, do teu ardor e do teu cuidado assíduo. Na verdade, o nosso Salvador, glória dos sacerdotes, foi a tua fortaleza e sobre ti "lançou abundantemente a Sua luz e a Sua virtude" (cf. Sl 42, 1-2).
Agora, como Grão-Mestre da Ordem equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, continuas a dedicar a tua actividade e as tuas forças àqueles que a Igreja mãe te confiou, para os dirigires com o teu conselho e prudência.
Aceita, portanto, esta prova do nosso conceito sobre o teu presbiterado, que este mês celebraremos especialmente; e aceita também a fraterna exortação a que, por tantos benefícios da divina providência para contigo, constituas exemplo de dar os convenientes agradecimentos Àquele, de quem recebeste as qualidades naturais, as defesas e todos os impulsos.
Louvor seja a Deus omnipotente: para ti consolação vinda da consciência do bom proceder, a qual desejamos aumentar -te enviando-te esta carta.
Da caridade, que a ti nos liga, como dos celestiais dons, que te desejamos neste singular acontecimento da tua vida, seja penhor, seja auspício, a Bênção Apostólica, que de boa vontade concedemos a ti, Venerável Irmão, a todos os que amas e aos que te amam a ti.
Do Palácio do Vaticano, no dia 8º do mês de Agosto, no ano de 1981, terceiro do nosso Pontificado.
JOÃO PAULO PP. II
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