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acende, numa casa humilde, para pedir ajuda a
Maria, ou nos olhares de profundo amor a Cris-
to crucificado. Quem ama o povo fiel de Deus,
não pode ver estas acções unicamente como uma
busca natural da divindade; são a manifestação
duma vida teologal animada pela acção do Es-
pÃrito Santo, que foi derramado em nossos cora-
ções (cf.
Rm
5, 5).
126.âNa piedade popular, por ser fruto do
Evangelho inculturado, subjaz uma força acti-
vamente evangelizadora que não podemos su-
bestimar: seria ignorar a obra do EspÃrito Santo.
Ao contrário, somos chamados a encorajá-la e
fortalecê-la para aprofundar o processo de in-
culturação, que é uma realidade nunca acabada.
As expressões da piedade popular têm muito que
nos ensinar e, para quem as sabe ler, são um
lugar
teológico
a que devemos prestar atenção particular-
mente na hora de pensar a nova evangelização.
De pessoa a pessoa
127.âHoje que a Igreja deseja viver uma pro-
funda renovação missionária, há uma forma de
pregação que nos compete a todos como tarefa
diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas
com quem se encontra, tanto aos mais Ãntimos
como aos desconhecidos. à a pregação informal
que se pode realizar durante uma conversa, e é
também a que realiza um missionário quando vi-
sita um lar. Ser discÃpulo significa ter a disposição