99
Evangelho, são sujeitos colectivos activos, agen-
tes da evangelização. Assim é, porque cada povo
é o criador da sua cultura e o protagonista da
sua história. A cultura é algo de dinâmico, que
um povo recria constantemente, e cada geração
transmite à seguinte um conjunto de atitudes re-
lativas às diversas situações existenciais, que esta
nova geração deve reelaborar face aos próprios
desafios. O ser humano «é simultaneamente filho
e pai da cultura onde está inserido».
97
Quando o
Evangelho se inculturou num povo, no seu pro-
cesso de transmissão cultural também transmite
a fé de maneira sempre nova; daà a importância
da evangelização entendida como inculturação.
Cada porção do povo de Deus, ao traduzir na
vida o dom de Deus segundo a sua Ãndole pró-
pria, dá testemunho da fé recebida e enriquece-a
com novas expressões que falam por si. Pode di-
zer-se que «o povo se evangeliza continuamente
a si mesmo».
98
Aqui ganha importância a piedade
popular, verdadeira expressão da actividade mis-
sionária espontânea do povo de Deus. Trata-se
de uma realidade em permanente desenvolvi-
mento, cujo protagonista é o EspÃrito Santo.
99
97
âJ
oão
P
aulo
II, Carta enc.
Fides et ratio
(14 de Setembro
de 1998), 71:
AAS
91 (1999), 60.
98
âIII C
onferência
G
eral
do
E
piscopado
L
atino
-
-
americano
e
do
C
aribe
,
Documento de Puebla
(23 de Março de
1979), 450; cf. V C
onferência
G
eral
do
E
piscopado
L
atino
-
-
americano e do
C
aribe
,
Documento de Aparecida
(29 de Junho de
2007),
264.
99
âCf. J
oão
P
aulo
II, Exort. ap. pós-sinodal
Ecclesia in
Asia
(6 de Novembro de 1999), 21:
AAS
92 (2000), 482-484.